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Nicolau Neto com o exemplar do livro Do Contrato Social. |
Jean-Jacques
Rousseau é considerado um dos principais pensadores da modernidade e suas
ideias influenciam as sociedades (com maior ou menor intensidade),
principalmente em termos políticos até hoje.
Nascido
em Genebra, na Suiça, em 1712, Rousseau foi compositor, teórico político, escritor
e filósofo, tendo sido um dos mais importantes pensadores do Iluminismo e
precursor do movimento romancista, além de ter influenciado a Revolução
Francesa de 1789. De sua vasta biografia, destaco como principais suas obras e
destas, uma que para mim tem um significado bem peculiar. Eu explico:
A
obra que falo e que faz parte desta nova série do Blog é Do Contrato Social, também chamado simplesmente de O Contrato Social que em francês
significa “Du Contrat Social ou Principes
du droit politique”, que traduzindo ficaria "Do contrato social ou princípios
do direito político”.
Vou direto ao ponto:
Durante as viagens de Altaneira para Crato em 2009 para a Universidade Regional
do Cariri (URCA) folheava o livro “A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo”, do pensador alemão Max Weber - que tinha comprado recentemente -,
e Elaide Vieira que também cursava História (mas estava dois semestres em minha
frente) pediu para trocarmos os livros. E foi assim que o livro de Rousseau
veio parar em minhas mãos.
Em Do Contrato Social, Rousseau se notabilizou
mais ainda ao destacar o que seria esse “contrato social”, com quem era feita e
qual a necessidade da sociedade fazê-lo, o que lhe afasta das ideias dos
filósofos ingleses John Locke e Thomas Hobbes. Neste contexto, o suíço apregoou
que a sociedade é a grande responsável pela indecorosidade e, ou, desonestidade
do homem, visto que ele (homem) nasce “bom”. É essa mesma sociedade que é
regulada pela política.
As
ideias de Rousseau iriam, pois, causar indigestão na sociedade de seu tempo,
marcada politicamente por governantes monárquicos e defensores do poder divino
destes. No livro, o filósofo apresenta o que seria, para o período (século
XVIII) as bases do pensamento político alicerçado nas ideias de “igualdade de direitos” e de “ povo soberano” - embora isso ainda seja
em pleno século XXI algo a se conquistar, principalmente no Brasil dos quatro
últimos anos.
Rousseau
destaca que contrato social é um pacto entre homens com a finalidade de se
formar uma sociedade e, posteriormente um Estado. Note-se que o acordo a ser
estabelecido não deve ser entendido como submissão. Assim ele defende que a
soberania está no poder de decisão que não pode ser “delegado”.
258
anos se passaram desde sua publicação, mas seu pensamento continua atual e imprescindível
de ser acessado para todos/as aqueles se nutrem de temas tão caros, como
política, economia, injustiça social, corrupção e atrelado a esta a
desonestidade e incompetência política.
O
livro que disponho faz parte da coleção “A Obra-Prima de Cada Autor”, um
projeto que reúne mais de 300 volumes de autores/as brasileiros/as e de outras
nacionalidades, da editora Martin Claret e foi traduzido por Pietro Nassetti.
Não encontrei essa versão para disponível para download, mas deixo abaixo o link
na versão para eBook.
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