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(Capa/ Reprodução). |
“Superando
o Racismo na Escola” é uma obra imprescindível de leitura por vários
motivos. Seja porque o Brasil é descaradamente um dos países que mais nega a
existência do racismo, seja porque necessitamos falar sobre as consequências do racismo, que gerou e tem gerado violência, desigualdades, mortes e silenciamento –
principalmente nos espaços de poder -, onde escolas e universidades são vistas
como exemplo.
Refletir
sobre as diversas formas de violências oriundas do racismo e propor mudanças
urgentes é, sem dúvida, uma tarefa de todos e todas, a começar pelas instituições
oficiais de ensino. Propor alternativas de ensino-aprendizagem que redesenhe as
contribuições negras na formação do Brasil de forma que a positive é um caminho
que ainda não é trilhado na sua plenitude. Muitas são as iniciativas, mas
muitas também e em maior proporção são as resistências. As práticas
eurocêntricas ainda são bastante sentidas no meio escolar.
O
livro discute isso e apresenta soluções, propõe práticas que visam desconstruir
ideologias europeizantes que nega o lugar de fala do negro e da negra e cria estereótipos
racistas que ainda hoje são sentidos.
"Superando o Racismo na Escola" é
uma obra coletiva. É organizada e apresentada pelo antropólogo e professor
brasileiro-congolês Kabengele Munanga, e a reedição (2005) surge dentre de um
contexto promissor a partir da Lei no 10.639/2003, que alterou a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Esta tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileiras
nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, oficiais e particulares.
Editada
pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e diversidade
(SECAD)/Ministério da Educação (MEC) e conta com textos de onze docentes e com
especialidades na área da educação, a saber: Ana Célia da silva, Antônio
olímpio de Sant’Ana, Gloria Moura, Helena Theodoro, Heloisa Pires Lima,
Inaldete Pinheiro de Andrade, Maria José Lopes da Silva, Nilma Lino Gomes,
Petronilha Beatriz Gonçalves, Rafael Sanzio Araújo dos Anjos e Véra Neusa
Lopes.
É,
portanto, um convite e ao mesmo tempo uma maneira de incentivar professoras e
professores a construírem novas formas de relacionarem-se com uma gama de
possibilidades que o povo negro criou e que contribuiu para a formação do
Brasil.
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