Pedro Borges, editor-chefe do Alma Preta. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Combinaram de acabar com a gente, mas nós combinamos de continuar reagindo a eles
Fim do artigo 19 põe em risco liberdade de expressão na internet’, diz Carlos Affonso de Souza
Carlos Affonso Souza é advogado especialista em crimes digitais. (FOTO/ Felipe Monteiro/ Gshow). |
Douglas Belchior: Na lógica racista, vale mais divulgar quando um negro faz algo errado do que quando centenas de negros lutam por um mundo justo
Douglas Bechior. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Hélio Santos: Fundação Palmares sitiada
Além da cota: historiador defende educação antirracista como ação afirmativa
O historiador Juarez Silva afirma que os resultados práticos das cotas raciais são muito evidentes. (FOTO/ Antonio Lima/ A Crítica). |
"Não nos verás caídas ao chão", pois "temos compromisso com nossa ancestralidade", diz ativista Eliana
Escalada autoritária do governo: confira as reações à declaração de Guedes sobre AI-5
Bolsonaro não quis comentar o tema e disse querer falar do seu novo partido, que terá o número 38: "Eu falo de AI-38. Quer falar de AI-38?" / Mauro Pimentel/AFP. |
Amamentação prolongada: até quando amamentar seu filho?
Valéria amamentando. (FOTO/Nicolau Neto). |
Bumba Meu Boi pode receber título de Patrimônio Cultural da Unesco
Conheça as novas colunistas do Blog Negro Nicolau
A cultura humilhada e relegada ao Ministério do Turismo
Protesto, em março de 2016, contra a extinção do Ministério da Cultura durante ocupação do Palácio Capanema, no centro do Rio. (FOTO/ Tânia Rêgo/ El País). |
Quatro jovens negros caririenses que você precisa conhecer
Quatro jovens negros caririenses que você precisa conhecer. (Da esq. para a dir. Korolyne, Márcio, Júlia e Alan). (Montagem/Blog Negro Nicolau). |
Entenda o que é CONSCIÊNCIA RACIAL
Ninguém mais vai calar o grito por liberdade
Manifesto da Mídia Negra no Brasil. (FOTO/ Reprodução). |
Os negros são maioria no ensino superior público! Não é bem assim
Revolta da Chibata: 109 anos de um levante contra o racismo nas Forças Armadas
Pesquisadores afirmam que a maior parte da marinha brasileira era composta de homens negros. (FOTO/ Divulgação). |
Conheça o filme “Vista Minha Pele” que trabalha as relações raciais nas escolas
Vista Minha Pele. (FOTO/ Reprodução/ YouTube). |
Força ancestral: dos 87 quilombos do Ceará, 35 são liderados por mulheres
Força ancestral: dos 87 quilombos do Ceará, 35 são liderados por mulheres. (FOTO/ Reprodução/ Diário do Nordeste). |
Professor Nicolau Neto conversa sobre políticas públicas e relações étnico-raciais na educação com altaneirenses
Professor Nicolau em conversa com altaneirenses sobre políticas públicas e relações étnico-raciais na educação. (FOTO/ João Alves). |
Minibiografia de Nicolau Neto
Nicolau Neto durante manifestação em Nova Olinda em 2016. (FOTO | Acervo pessoal). |
Por Valéria Rodrigues
O professor e ativista dos
direitos civis e humanos das populações negras, José Nicolau da Silva Neto, é um dos mais importantes sujeitos
políticos e atuantes contra
o processo de discriminação na região do cariri cearense
e se tornou referência regional
e nacional na defesa da educação para as relações
étnico raciais. Nascido em 14 de março de 1986, na cidade de Assaré, no
sul do Estado do Ceará, é filho dos
agricultores João Nicolau da Silva e Neusa Lourenço da Silva, hoje aposentados.
A família composta por 10
filhos saiu de Assaré com destino a Altaneira,
também no sul do Ceará em 06 de maio de 1990 e durante anos viveu de aluguel. Pouco tempo depois, o falecimento
de um dos filhos, Edson, abalou a
família. Com o pai trabalhando na roça e a mãe tendo que deixar de ajudar o companheiro na agricultura
para trabalhar na vizinha cidade de Crato
visando adquirir renda extra, o sustento e a educação dos filhos foi
garantida. Com muito trabalho conseguiram moradia própria.
Terceiro na lista dos mais
jovens, Nicolau Neto sempre estudou em escola
pública. Iniciou a vida estudantil aos 4 anos na Escola Municipal de Educação Infantil Disneylandia, hoje denominada
de Escola Municipal de Educação Infantil Professora Fausta Venâncio. O Ensino fundamental foi feito nas Escolas Joaquim
Rufino de Oliveira
(antes um anexo da Escola 18 de Dezembro)
e nesta própria. Concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Santa Tereza em 2006. Ainda neste ano
prestou vestibular na Universidade Regional
do Cariri (URCA), campus do pimenta, em Crato, vindo
a figurar entre
os 10 primeiros colocados para o curso de História.
No período da universidade,
Nicolau teve a oportunidade de ter uma ampla
formação educacional influenciada pelos valores de sua própria cultura e
da cultura europeia. Com isso, o
futuro professor e ativista político e social
conseguiu diferenciar como o pensamento colonial se impôs no meio educacional, influenciando de forma decisiva
o ambiente educacional, vindo a dizer quais os lugares que pretos e
indígenas podiam e deviam ocupar. Foi também
no ambiente universitário que Nicolau teve a oportunidade de se inserir nas lutas e nos movimentos sociais
que lutavam e ainda lutam contra as desigualdades sociais e contra a discriminação racial.
Seu ativismo veio junto com a
função de professor, onde prestou seleção pública
da Secretaria da Educação do Estado Ceará (Seduc) em 2012, vindo a lecionar História e Filosofia na
Escola Estadual Santa Tereza, em Altaneira.
Em 2013 deixa à docência para exercer a função de Assistente Técnico
junto a Secretaria Municipal de
Educação de Altaneira. Mas a paixão pela sala de aula falou mais alto e mais uma vez presta
seleção pública e em abril de 2014 vai lecionar
na recém-criada Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda,
que atende além de alunos
desta, os de Altaneira e Santana do Cariri em regime de consórcio. Nesta instituição de ensino, Nicolau exerceu
também a função de Diretor de Turma no Curso Técnico em Redes de Computadores. Seu trabalho voltado
principalmente para atender uma educação para a cidadania, politização e para as relações
étnico raciais levou a escola
a ter reconhecimento nacional a partir do projeto “Cultura
Afro-brasileira e Indígena”.
Em 2016, seu trabalho como professor foi mais uma vez interrompido, tendo que deixar a escola em março em virtude de ter logrado êxito em dois concursos públicos, em Nova Olinda e Altaneira. O namoro com a professora Valéria Rodrigues, hoje sua esposa e que conhecera naquela escola, o fez optar por Altaneira, pois esta também tinha passado neste mesmo concurso.
Casado com Valéria, bacharel e licenciada em Biologia, Nicolau tem uma filha, Beatriz. Antes de conhecer sua esposa, ele teve um filho, Saullo.
O ambiente escolar e as universidades sempre são os locais mais frequentados por Nicolau. Em 2012 resolveu fazer pós-graduação em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Católica do Cariri (FCC), em Crato. Ao concluir o curso, Nicolau passou a fazer com constância palestras em escolas e em universidades, tendo como temáticas principais a educação, desigualdades sociais e raciais, preconceitos, discriminação, políticas afirmativas (como cotas raciais) e as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que versam sobre a obrigatoriedade da história e cultura africana e afro-brasileira e história e cultura indígena no ensino básico.
No dia 25 de junho de 2016, em um encontro em Crato, Nicolau resolveu integrar sua luta e defesa da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil junto ao Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec). Naquela oportunidade, ele chamou a atenção para a volta de pautas que colocavam em riscos o direito da juventude pobre e preta deste país, como, por exemplo, a Proposta de Emenda à Constituição que faz menção a Redução da Maioridade Penal (PEC 171/93), assim como aquela que tinha como objetivo colocar a margem e censurar as manifestações artísticas e sociais do Estado do Ceará através de um projeto de lei apresentado pela Deputada Silvana Oliveira com mandato pelo PMDB que disciplina, no âmbito do estado do Ceará, manifestações sociais, culturais e/ou de gênero e dá outras providências.
No dia 21 de julho de 2018 a Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe elegeu Nicolau como seu mais novo integrante para ocupar a cadeira de número 33. Ele percebeu a Academia como mais um espaço para buscar um reconhecimento pelo que cotidianamente luta e que externa também em forma de textos, se referindo as relações étnico-raciais e os efeitos dela resultantes, como as desigualdades e o racismo. Sua posse ocorreu em 12 de outubro de 2019 em Araripe, tendo como patrono João Zuba, o mestre da banda cabaçal de Altaneira.
Em 2018, Nicolau prestou
concurso público para professor junto à Secretaria da Educação do Estado Ceará (Seduc), vindo a figurar na lista dos aprovados. Com a homologação ocorrida em 27 de
dezembro de 2019, ele integrou em agosto de 2021 o quadro
de professores efetivos
da rede estadual
de ensino.
Além de professor, ativista
dos direitos civis e humanos das
populações negras, membro
da Academia de Letras, Nicolau também
é blogueiro. Ele atua na blogosfera desde de abril de 2011.
Nunca usou o espaço para práticas de sensacionalismo
e de elitismo para conseguir mais acessos. O único objetivo do blog é estar sempre A SERVIÇO DA CIDADANIA, EMPODERAMENTO e DIVERSIDADE e, para tanto, sempre buscou oportunizar os menos favorecidos, os que por algum motivo não
tem voz através da comunicação. O
Blog, inclusive, se tornou uma importante ferramenta pedagógica e coletiva visto que abriu espaço para escritores e escritoras. Atualmente conta com seis colunistas.
Onde é feriado no dia 20 de novembro? Confira a lista
Brasil tem mais de 300 células nazistas em funcionamento
Brasil tem mais de 300 células nazistas em funcionamento. (FOTO/Wikimedia Commons). |
O problema do tratamento das questões raciais e de gênero como pautas identitárias
(FOTO/ Coletivo Di Campana). |
A um público de mais de 200 mil pessoas, Lula exaltou o povo nordestino. "Nordeste é exportador de dignidade"
Mais de 200 mil pessoas cantaram pela democracia com mais de 40 artistas por mais de 8 horas de shows. (FOTO/ Ricardo Stuckert). |
O ‘novembrismo’ da mídia
Ciclistas do cariri cearense pedem volta do altaneirense Higor Gomes as competições
Higor Gomes comemorando seu primeiro título no Municipal MTB de Altaneira em 2014. (FOTO/ Reprodução/ Instagram). |
Em programa de rádio, professor Nicolau diz não querer concorrer a nenhum cargo político em Altaneira
Em programa de rádio, professor Nicolau diz não querer concorrer a nenhum cargo político em Altaneira. (FOTO/ Flávia Regina). |
Taxa de jovens negros no ensino superior avança, mas ainda é metade da taxa dos brancos
Taxas de jovens negros no ensino superior avança, mas ainda é metade da taxa dos brancos. (FOTO/Reprodução/Blog Gonzaga Patriota). |
População negra em Altaneira é maioria
População negra em Altaneira é maioria. Na imagem, o prof. Nicolau em diálogo com estudantes da ETI 18 de Dezembro, em Altaneira. (FOTO/Cláudio Gonçalves). |
Avanço da população negra no ensino superior é fruto da luta do movimento negro, avaliam educadores
Dados do IBGE revelam que, pela primeira vez, negros são maioria nas universidade públicas. (FOTO/Mídia Ninja). |
Ler mulheres negras o ano inteiro, por Stephanie Borges
Mulheres negras são poderosas e perigosas — Audre Lorde fotografada por Robert Alexander/Getty Images. |
Equipe do Site CEERT recomenda Blog Negro Nicolau como referência
Equipe do Site CEERT recomenda Blog Negro Nicolau como referência. (FOTO/Reprodução/Instagram). |