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(FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
-Rezei só o básico e fui dormir.
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Bodega do Museu Sítio Minguinho, localizado no município de Palmeira, PR . (FOTO | Acervo do autor). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Na bodega ao lado tem de tudo: farinha, prego, cimento, ração, fio, banana, carne, caderno, remédio. Abre todos os dias, inclusive nos feriados e dias santos. Dia santo no Brasil é data para quem é católico, mas todo mundo se dá bem.
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Alexandre Lucas, Colunista. (FOTO | Acervo pessoal). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Faz silêncio entre os barulhos. Abre a boca como quem quer abocanhar o mundo — é só um bocejo de quem não dorme. Põe João Bosco pra cantar às três da manhã. Um homem cruza a praça a caminho do mercado, vai descarregar caminhões de frutas. O gato deixa marcas no cimento fresco — gato fresco. O Cristo de braços abertos continua iluminado na praça onde os pombos dormem.
(FOTO | Reprodução | WhatsApp).
Por Alexandre Lucas, Colunista
A periferia não é para ser espaço de orgulho. Ela surge como consequência desastrosa e perversa do modelo capitalista. É fruto das relações de exploração e opressão. A distribuição desigual da economia estratifica socioespacialmente. De um lado, os excluídos e, do outro, os incluídos; de um lado, os que podem comprar os direitos e, do outro, os que têm os direitos negados.
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Alexandre Lucas. (FOTO | Acervo pessoal). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Buscava respostas para as preocupações como se a madrugada respondesse alguma coisa. Os cachorros latiam para cada mexido de gente. O velho por trás da porta segurava as suas incertezas e tentava colher alguma novidade, um simples bom dia para conforta a sua solidão.
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Sítio Urbano do Gesso. (FOTO | WhatsApp). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
O Sítio Urbano do Gesso é tratado pela Prefeitura Municipal do Crato como um projeto particular de uma organização, embora tenha sido reconhecido pela Lei Municipal nº 3.612/2019. O Sítio demanda da gestão municipal cuidados, orientação e fomento para o desenvolvimento dessa área verde urbana, localizada às margens da linha férrea. A lei, proposta pelo Coletivo Camaradas, prevê que essa experiência seja replicada em outras áreas da cidade.
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Alexandre Lucas. (FOTO| Acervo Pessoal). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
A política de editais no campo da cultura tem sido uma das principais formas de viabilizar o acesso a recursos públicos para o fomento cultural no país. Entretanto, tais recursos ainda estão distantes de atender às demandas sociais. A relação entre o que é ofertado pelo Estado e o que é demandado pela sociedade apresenta um contraste que evidencia nossa distância de um "SUS da Cultura" — objetivo que não deve ser descartado, mas, ao contrário, reforçado. Estamos em um processo político e jurídico para fazer a engrenagem do Sistema Nacional de Cultura funcionar, com a responsabilização da União, dos estados e dos municípios. A Lei Aldir Blanc I, a Lei Paulo Gustavo e a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) são exemplos desse processo em curso, alinhadas à regulamentação do Sistema Nacional de Cultura e ao marco regulatório do fomento à cultura.
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(FOTO | Reprodução | WhatsApp). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
O Clube de Leitura Soldadinho do Araripe surge como parte integrante do projeto "Mãe D'Água: A Escola como Lugar de Encontro com a Natureza", desenvolvido pela professora Tânia Santana com as turmas do Infantil IV e V do Centro de Educação Infantil - CEI José de Souza Brito, no Crato. A iniciativa busca criar pontes entre a literatura infantil e a educação ambiental, proporcionando experiências significativas de aprendizagem.
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(FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Atuação territorial como elo de mediação/conflito entre organizações da sociedade civil e o poder público, comumente chamado de articulação em rede, é uma alternativa da luta política nos territórios. Organizações da sociedade civil se reinventam nos seus processos de construção política, reorientando suas metodologias de organização e mobilização social, isso é uma necessidade trivial de adaptação a realidade.
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(FOTO | Reprodução). |
Por
Alexandre Lucas, Colunista
Crato, 1º de maio de 2025
– Neste Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, as ruas
do Crato serão palco de um grande ato em defesa dos direitos
históricos da classe trabalhadora e contra as ameaças à
democracia. Com o tema “Trabalhador na rua, a luta continua!”, o
movimento reunirá centrais sindicais, movimentos sociais e partidos
políticos em um ato unificado na Praça Siqueira Campos, a partir
das , 16h.
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Alexandre Lucas. (FOTO | Acervo pessoal). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Em um mundo marcado por crises socioambientais, desigualdades estruturais e discursos negacionistas, a relação entre ciência e movimentos sociais nunca foi tão urgente. A ciência, longe de ser um instrumento neutro ou distante da realidade, deve servir como ferramenta pedagógica e política para qualificar as lutas sociais, garantindo que as demandas populares estejam ancoradas em análises concretas e não em ilusões idealistas ou no senso comum.
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(FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
As lagartixas não fazem democracia, mas há quem pense que a democracia seja um conjunto de lagartixas. É possível obter as mesmas respostas para perguntas diversas quando se conversa com lagartixas em cima do muro. A democracia não é um jogo de cartas previsíveis, e engana-se quem crê que ela se resume a diálogo e consenso.
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Oficina de Tranças na Comunidade do Gesso visa afirmar identidade e gerar renda. (FOTO | Reprodução | WhatsApp). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
O Ponto de Cultura Nova Vida, na Comunidade do Gesso (Crato/CE), realizará durante o mês de abril, no período da tarde, a Oficina de Tranças. A iniciativa tem como objetivos contribuir para a complementação de renda familiar e promover a afirmação identitária por meio da cultura afro-brasileira.
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Sítio Urbano do Gesso. (FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Num mundo onde as cidades se expandem de forma caótica, sufocadas pelo concreto e pela desigualdade, o Sítio Urbano do Gesso emerge como um farol de esperança. Localizado em Crato, no Ceará, essa experiência comunitária transformou uma área antes abandonada às margens da linha férrea - entre a Estação Crato do Metrô e a Escola Maria Violeta Arraes - em um vibrante espaço de cultivo, convivência e resistência. Mais do que um simples jardim urbano, o Sítio representa uma poderosa resposta às crises ambientais e sociais que assolam nossos centros urbanos, materializando na prática os princípios do direito à cidade.
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Alexandre Lucas. (FOTO |Acervo Pessoal). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
A escola militar, concebida ainda no período colonial brasileiro, consolidou-se em 1889 com a criação do Imperial Colégio Militar (atual Colégio Militar do Rio de Janeiro), no contexto da Proclamação da República. Questiona-se: em que contexto histórico e com quais objetivos essas escolas foram criadas? Esses questionamentos são fundamentais para compreender sua inadequação no cenário educacional contemporâneo.
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Irmãos Aniceto. (FOTO | Allan Bastos). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
O planejamento da política pública para a cultura, resultante dos fóruns, conferências e outros mecanismos de consulta que culminam nos Planos de Cultura previstos nos sistemas de cultura (municipal, estadual e federal), são prerrogativas políticas com dimensão jurídica. Esses planos podem servir como estratégia para redimensionar e colocar no campo da macropolítica a escala da acessibilidade da diversidade e pluralidade cultural para a classe trabalhadora.
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Alexandre Lucas, do Coletivo Camaradas, em ação. (FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
A ideia de que o Ponto de Cultura é a afirmação da trajetória e da permanência da continuidade tem como referência o fato de que não se trata de produzir um novo produto para ofertar ao Estado, uma lógica semelhante à do mercado. Pelo contrário, o Estado deve garantir que experiências de base comunitária e territorial consigam se afirmar economicamente e politicamente, colocando o processo como parte fundamental de um Ponto de Cultura. Essa é a concepção basilar e de ruptura com as políticas culturais dominantes, que deram origem ao Cultura Viva no país.
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Alexandre Lucas, do Coletivo Camaradas, em ação. (FOTO | Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Para colocar a cultura no centro do desenvolvimento do Crato, a nova gestão municipal precisa ir além da boa vontade política. Exige ações concretas, investimentos estratégicos e uma mudança de paradigma que reconheça a cultura como pilar fundamental da cidade.