Epicuro |
Epicuro
nascido na ilha de Samos na Grécia em (341 a.c) não era ateu no sentido mais
amplo da palavra, mas foi com certeza um dos primeiros a rejeitar a idéia de um
deus pessoal. Através da revisão do átomo ele destrói o conceito de alma e de
Deus. Ele parte da lógica que a alma não é percebida já que ela não tem emoção,
não é palpável e nem perceptível então ela não existe.
Segundo ele se fossemos dividindo a matéria de nosso corpo em pedaços cada vez menores chegaria ao átomo e este ultimo também era constituído de matéria. Logo a alma era apenas um conceito criado, assim como Deus. Deus era a projeção das qualidades humanas e por isso todos os deuses teriam qualidades humanas. Também diz que a existência seria incompatível com o sofrimento do mundo.
Epicuro é conhecido ainda pelo dilema criado a partir do paradoxo e, ou, o problema do mal que coloca em xeque a existência divina. Conceitos como onipotente e onisciente caem por terra:
Enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.
Enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.
Enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.
Carnéades de Cirene(214-129 a.c) foi o primeiro a manifestar publicamente que os Deuses não existiam. Declarou isso no senado romano onde estava de representante de Atenas. Ele tinha influências epicuristas.
Segundo ele se fossemos dividindo a matéria de nosso corpo em pedaços cada vez menores chegaria ao átomo e este ultimo também era constituído de matéria. Logo a alma era apenas um conceito criado, assim como Deus. Deus era a projeção das qualidades humanas e por isso todos os deuses teriam qualidades humanas. Também diz que a existência seria incompatível com o sofrimento do mundo.
Epicuro é conhecido ainda pelo dilema criado a partir do paradoxo e, ou, o problema do mal que coloca em xeque a existência divina. Conceitos como onipotente e onisciente caem por terra:
Enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.
Enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.
Enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.
Carnéades de Cirene |
Carnéades de Cirene(214-129 a.c) foi o primeiro a manifestar publicamente que os Deuses não existiam. Declarou isso no senado romano onde estava de representante de Atenas. Ele tinha influências epicuristas.
Diderot |
O
filosofo Denis Diderot (1713 – 1784) ele é autor do livro A Religiosa. Onde
denuncia vários abusos da igreja Católica a qual dominava a população européia
como todo. Ficou conhecido com a famosa frase: “O homem só será livre quando o
ultimo déspota for estrangulado com as entranhas do ultimo padre.”
Feuerbach |
No séc
XIX o número de filósofos ateus aumentou consideravelmente. Ma foi alemão Ludwig
Feuerbach (1804 – 1872) o mais notável que influenciou o mais conhecido
pensador ateu: Karl Marx. Para ele Deus era uma projeção do homem em imaginação
de sua própria evolução. Em sua obra A Essência Do Cristianismo, ele diz que “o
homem cria deus a sua imagem e semelhança”.
Ainda na mesma obra Feuebarch afirma que a criatura inventou o criador e, portanto, é ela verdadeiramente o criador. Deus é um reflexo do próprio homem, uma projeção, uma inversão dos desejos humanos, um produto no qual o homem finito precário e dependente projeta seus desejos e possibilidades de perfeição, onipotência. A religião consiste no sentimento mais puro e absoluto do homem. O homem deseja para si o que nele mesmo não encontra, como por exemplo: o ideal de justiça, bondade e virtude. Deus é um homem genérico que idealizamos e que não conseguimos realizar por nós mesmos (NOGARE, I990).
Ainda na mesma obra Feuebarch afirma que a criatura inventou o criador e, portanto, é ela verdadeiramente o criador. Deus é um reflexo do próprio homem, uma projeção, uma inversão dos desejos humanos, um produto no qual o homem finito precário e dependente projeta seus desejos e possibilidades de perfeição, onipotência. A religião consiste no sentimento mais puro e absoluto do homem. O homem deseja para si o que nele mesmo não encontra, como por exemplo: o ideal de justiça, bondade e virtude. Deus é um homem genérico que idealizamos e que não conseguimos realizar por nós mesmos (NOGARE, I990).
Karl Marx |
Karl
Marx (1818-1883) contemporâneo de Feuerbach e influenciado por este Marx não
deixou duvida de seu ateísmo. Fez uma releitura de Hegel e criticou o idealismo
dialético colocando a idéia como produto da realidade. Para ele não era o
Estado em si que movia a história e sim o conflito das classes, esses conflitos
moviam a história para uma evolução com um auge comunista se aproximando dessa
forma da idéia de Kant, que acreditava em um fim moral. Diz que o ateísmo é uma
consciência individual e necessária.
Ao estudar a teoria marxista, Faddem discorre que o que deve ficar bem claro, é que para o filósofo - historiador o medo criou a divindade. Deus nada mais é que o reflexo do próprio homem. Foi o homem quem criou a divindade e não o contrário. A religião com os seus ritos são apenas manifestações de um homem desesperado e indefeso diante da fúria da natureza. “A religião nasceu com o método supersticioso para mitigar os horrorosos efeitos das forças naturais” (FADDEM, 1963, p. 150).
Ao estudar a teoria marxista, Faddem discorre que o que deve ficar bem claro, é que para o filósofo - historiador o medo criou a divindade. Deus nada mais é que o reflexo do próprio homem. Foi o homem quem criou a divindade e não o contrário. A religião com os seus ritos são apenas manifestações de um homem desesperado e indefeso diante da fúria da natureza. “A religião nasceu com o método supersticioso para mitigar os horrorosos efeitos das forças naturais” (FADDEM, 1963, p. 150).
Nietzsche |
Nietzsche
(1844-1900) foi um filósofo póstumo e conhecido como o assassino de Deus. Em
sua obra O Anticristo afirma que só ouve um cristão e morreu na cruz, fala que
o cristo verdadeiro é desconhecido e o que as pessoas seguem é a distorção de
Paulo de Tarso. Colocou o cristianismo como negação da vida. Disse que o homem
que mata Deus, também se torna um Deus.
Sartre |
No
séc.XX um dos mais famosos filósofos ateus é Sartre (1904-1980) Suas obras
foram incluídas como livro proibido pelo vaticano. Em seu existencialismo a
moral é colocada como valor existente sem necessidade de divindades. Para ele a
moral é uma consciência de responsabilidade e não o medo de ser punido.
Sam Harris |
Dos
filósofos ateus contemporâneos mais ilustres é Sam Harris (1967). Graduado em
filosofia e doutor em neurociência. O pensamento de Harris é ideológico e
também físico para demonstrar a “farsa das religiões” ele diz que: “A religião
está perdendo argumentos perante a ciência”. Harris utiliza imagens de
ressonância magnética neurológica para entender a crença, descrenças e
incertezas. Harris escreveu dois livros: A Morte Da Fé (2004) e Carta A Uma
Nação Crista (2006).
Aprofunde seus conhecimentos lendo as obras abaixo:
FADDEN,
J. Mc. Filosofia do comunismo. 2. ed. Lisboa: União gráfica, 1963. (Galáxia,
vol. I).
NOGARE,
Pedro Dalle. Humanismos e anti-humanismos: introdução à antropologia
filosófica. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1990.
Olá Nicolau, este post demonstra o grande professor que é, e também a sua descrença nas religiões. Partilho, em parte, da sua opinião. A percepção de algo maior (chamemos-lhe Deus ou outra coisa qualquer) é o que nos distingue dos animais, mas também o que nos dá esperança e nos permite uma consciência do certo e do errado.
ResponderExcluirUm abraço, uma excelente semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
http://bercodomundo.blogspot.pt/
P.S. N início do 9º parágrafo, vc quer dizer "No século XIX" e não "no século IX"
Gostei mas acho que devia ser mais completo ba diversidade de pensadores. Teríamos ainda Freud e muitos outros contemporâneos como Hitchens e por que não acrescentar outros idealizadores científicos...
ResponderExcluiroopa só DEUS para nos dar tanto entendimento e liberdade para chegarmos a tal ponto.
ResponderExcluirem breve veremos o resultado.
paz a todos
O ateísmo é fascinante, o ateísmo é cativante, o ateísmo é inspirador, o ateísmo é intelectualmente estimulante. Eu tenho orgulho de ser ateu, mas não sou um ateu comum. Sou um entusiasta do ateísmo, se o ateísmo é o meu nome, o ceticismo é meu sobrenome. Dá mesma forma que existem os fundamentalistas cristãos ou fundamentalistas islâmicos, eu sou um fundamentalista ateu. Um dos principais indícios de um alto QI, de uma inteligência acima da média, é o ateísmo precoce. Eu sou ateu militante (não niilista) desde os 12 ou 13 anos de idade. Não me satisfaço em apenas ser ateu, eu quero "converter" as pessoas ao meu ateísmo. Metaforicamente falando, se eu puder salvar (hahaha) apenas uma pessoa, já terá valido a pena. Eu quero infectar as pessoas, contaminá-las com meu ateísmo. Meu ateísmo é seco, meu ateísmo é contundente, meu ateísmo é ácido. E eu nunca estive dentro do armário.
ResponderExcluirEstive analisando o comentário do destinto Sr Altran e não pude deixar de ver o quanto sua crença em si próprio e em seu ateísmo é tão pobre, a ponto de sentir necessidade de impor suas opiniões a ponto de "converter ou "salvar " pessoas a sua "crença " ou "fé ", não seria isso um paradoxo ?
ResponderExcluir