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Vereador Flávio Correia (PCdoB) |
O
plenário da Câmara de Altaneira aprovou por unanimidade nesta terça-feira, 26,
o Projeto de Lei nº 007/2013 que diz respeito a reorganização da estrutura
administrativa oriundo do poder executivo.
Pela
redação da matéria há a criação de alguns cargos comissionados, assim como
altera e, ou, reajusta o valor salarial dos servidores efetivos e que exercem funções
comissionados. De acordo com o Art. 63
do PL essa classe efetiva terá uma redução nas suas gratificações
correspondente a metade do valor: “ao servidor efetivo, nomeado para o exercício
de cargo em comissão ou função gratificada, fará jus a 50% da gratificação do
respectivo cargo”. Ainda em consideração
a redação do projeto, há um reajuste salarial nos Assistentes de Secretaria e no Tesoureiro. O primeiro passará a receber R$ 340,00 e o segundo um montante
equivalente a R$ 2.000,00.
O
assunto ganhou relevância social e tão logo a sessão foi encerrada o projeto
caiu na boca de alguns servidores presentes na Câmara questionando a atitude
dos vereadores ao aprovarem o texto do executivo. As redes sociais também foi cenário
de discussão e mostraram as angústias dos servidores em vários comentários.
Embora
a aprovação tenha sido por unanimidade, o vereador comunista Flávio Correia foi
o foco dos disparos dos internautas/servidores. Suas justificativas na hora de
votar favorável a aprovação matéria referida causou um verdadeiro mal-estar nas
redes. O edil chegou a afirmar que é
justa esse corte nas gratificações, uma vez que os funcionários estavam se sentindo
muito orgulhosos e, que isso iria permitir que o município quitasse outras
despesas. Toda via, o que mais chamou a atenção nos comentários do edil foi
quando ele frisou que não defendia os servidores efetivos em cargos de comissão,
uma vez que os mesmos nunca o defendeu, causando um alvoroço nas ruas e nas
redes sociais.
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Acompanhemos alguns comentários dos
internautas/servidores:
Cassia Alves descontente com a atitude do parlamentar levantou a questão salarial dos “representantes do povo”: “Injustiça vereador Flávio Correia, são vocês ganharem horrores, para estarem um dia da semana em discursões que muitas vezes não levam a nada, me desculpem os demais parlamentares sei que muitos tem serviços prestados para com a comunidade, inclusive o vereador citado, mas não poderia me calar diante do comentário infeliz do parlamentar Flávio Correia”.
O
Secretário de Administração e Finanças, Ariovaldo Soares justificou que “o
Governo Municipal, aposta na possibilidade de pagar salário mínimo aos
servidores, dai pq a necessidade de contemplar a todos”.
A
filha do parlamentar mencionado, Ana Flávia ao tentar defende-lo argumentou: “A
falha do vereador Flávio, acredito eu, foi ter usado de motivos pessoais e se
deixado levar pela emoção para justificar o seu parecer favorável ao projeto, o
que faz com que eu discorde de parte do seu comentário. Porém, me parece que
alguns estão deixando de notar, que ele não poderia aprovar o projeto sozinho,
e como já diz na matéria o projeto foi aprovado por unanimidade, ou seja
nenhum, eu disse NENHUM parlamentar tomou defesa do grupo em questão. De modo
geral, isso significa que toda a casa concorda com o que foi imposto pelo projeto,
sendo que o vereador Flávio foi apenas infeliz em sua justificativa”.
O
caso ganhou também a classe de professores. José Evantuil em tom de deboche
indagou: “Foi pressão, ou o vereador Flávio(PC do---- (carinha de riso
representada por símbolo) foi infeliz na defesa de salário de 373 reais para
pais de família sobreviver em Altaneira?
Para
Reginaldo Venâncio “é vergonhoso o discurso de alguns parlamentares que já
passaram ou que estão na corda bamba da pressão política, pois agridem quem não
merece e acabam perdendo o respeito e admiração que ainda lhe restavam”.
O
jurista Raimundo Soares Filho afirmou que “não é momento para procurar
culpados, ainda tem tempo de corrigir esta injustiça, pois principalmente os
profissionais de frente da educação temem abandonar as funções e prejudicar os
índices e outros ficam por covardia mesmo. Uma coisa o Secretario disse certo
só aceita quem quer”.
Outros,
inclusive, chegaram a taxar o vereador Flávio Correia como o “vereador do
Prefeito”, caso do servidor Edycler.
O
vereador citado foi não conseguiu a sua reeleição em outubro passado e está
exercendo essa função em virtude da saída do seu colega de agremiação, Deza
Soares ter assumido a pasta da Secretaria de Educação.
É
importante destacar que todo político-partidário deve ter como princípio
norteador de suas ações os anseios e interesses do povo e, independentemente de
ter recebido ou não voto de eleitores, no momento de exercer seu cargo
político, todos eles fazem parte desse “povo”.