Edson Gomes é um dos responsáveis pela disseminação do reggae no Brasil. (Foto: Reprodução/Hypeness).
Demorou,
mas o reggae entrou na lista de Patrimônio Imaterial da Unesco. O ritmo
imortalizado pelo grande Bob Marley a partir da década 1960, foi descrito pela
organização como um gênero musical criado em um espaço cultural de grupos
marginalizados de Kingston, na Jamaica e imprescindível para o debate de
questões como a injustiça, a resistência, amor e humanidade.
O
reggae possui influências marcantes da música africana, caribenha e o blues
norte-americano. O estilo está associado ao desenvolvimento progressivo do ska
e do rocksteady na Jamaica da década de 1960.
A
ascensão do reggae se deu, sobretudo, pelo sucesso do The Wailers, grupo
formado por Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer. O conjunto montado em 1963 é
conhecido por abarcar os três estágios da evolução do gênero. O repertório
apresenta hits do ska, como Simmer Down, uma pegada rocksteady, para desaguar no
reggae.
É
preciso lembrar também as contribuições de Alpha Blondy, Jimmy Cliff, Judy
Mowatt, entre outros. Claro que Bob Marley é a grande estrela e o principal
embaixador do reggae. Na década de 1970, o jamaicano chamou o protagonismo pra
si.
Bob
cruzou os quatro cantos do planeta disseminando mensagens de paz, incentivando
o orgulho negro, ao mesmo tempo em que propunha um levante social contra os
sistemas de opressão.
Em
tempo, a crítica social é o grande diferencial do reggae. Ao cantar contra a
desigualdade, fome, racismo e outros problemas sociais, inspira o
desenvolvimento de cabeças pensantes. Nesse sentido, o estilo se assemelha
muito com o rap.
"Emancipem-se
da escravidão mental
Ninguém
além de nós mesmos pode libertar nossa mente
Não
tenha medo da energia atômica
Porque
nenhum deles pode parar o tempo
Por
quanto tempo vão matar nossos profetas
Enquanto
ficamos parados olhando? uh!
É,
alguns dizem que é só uma parte disso
Temos
que completar o livro”.
-
Bob Marley em Redemption Song
Movimento Rastafári
A
estética é outro elemento do reggae. Ela está presente nas cores verde, amarelo
e vermelho e também nos dreadlocks. No caso do cabelo, a opção vai além do
estilo. Os locks são símbolo de resistência. Os dreads possuem ligação direta
com África e a luta de negras e negros pela afirmação de sua cultura.
As
madeixas de foram adotadas por seguidores do Movimento Rastafári.O rastafarianismo é uma expressão religiosa
nascida na África na década de 30 do século 20. Os seguidores adoram Haile
Selassie, primeiro imperador negro a governar um país africano. Seu reino se
deu na Etiópia entre 1930 e 1974 e ele é considerado a manifestação ressurrecta
de Yahshya (Jesus), sendo, portanto, a reencarnação de Jah (Jeovah ou Deus).
Os
dreads desembarcaram nas Américas a partir da Jamaica. Em agosto de 1834, após
o fim da escravidão, eles se popularizaram. O estilo foi adotado por
ex-escravizados como forma de afirmar sua cultura diante da sociedade.
Vem me regar, mãe!
O
reggae é super popular no Brasil, especialmente nos estados nordestinos do
Maranhão e Bahia. São Luís se tornou a capital do reggae na década de 1980.
AJamaica Brasileira nasceu com a
chegada de marinheiros ao porto da capital maranhense com discos trazidos da
Jamaica. Pelo menos é o que reza a lenda.
Ao
G1, o antropólogo e professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA),
Carlos Benedito Rodrigues da Silva, aponta um caminho diferente. O docente
explica que as pessoas que foram trazidas escravizadas para o Maranhão e para a
Jamaica pertenciam aos mesmos grupos, daí o gosto pelo reggae.
“Tem
algumas semelhanças dos quilombolas jamaicanos com os encontrados no Maranhão,
e também nos ritmos jamaicanos com os ritmos do tambor de crioula.
Possivelmente essas pessoas foram trazidas do mesmo lugar”, pontua.
Na
Bahia, o movimento tem como referência o cantor Edson Gomes, autor de sucessos
como Árvore e Camelô. O gênero se faz presente nas ruas de Salvador, tocando
nas caixinhas de som de vendedores ambulantes e animando festas na praia. Tudo
a ver com o sol dominante e o céu azul da boa terra.
Gilberto
Gil chegou a gravar um disco homenageando a carreira de Bob Marley. O baiano
produziu o álbum em Kingston, na Jamaica, ao lado de nomes como Rita Marley,
Judy Mowatt e Marcia Griffiths, as I Threes. (Com informações do Hypeness).
Multirão na Bahia. (Foto Públicas/Reprodução/CartaCapital).
Três
décadas depois da sua criação, o Sistema Único de Saúde entra na fase mais
crucial da sua história. Embora repleto de problemas, principalmente nos
grandes centros urbanos, e historicamente subfinanciado, o SUS está entre os
modelos mais abrangentes de atendimento no planeta. Cerca de 70% da população
brasileira depende exclusivamente do serviço público e muitos tratamentos de
alta complexidade só são oferecidos pela rede estatal.
O
embate com Cuba no caso do programa Mais Médicos e a escolha do deputado Luiz
Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde indicam, porém, um propósito de
desmonte do SUS a partir de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro recebe a
faixa presidencial de Michel Temer.
Apesar
de ter prometido respeitar a Constituição, Bolsonaro não mede as consequências
de suas diatribes ideológicas. O caso do Mais Médicos é sintomático. A partida
dos cerca de 8 mil profissionais cubanos vai deixar, ao menos temporariamente, 2,8
mil municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas sem atenção básica
de saúde, um dever do Estado, estabelece a Carta Magna.
O
futuro ministro da Saúde, ortopedista e deputado federal pelo DEM do Mato
Grosso do Sul (não reeleito para o próximo quadriênio), não parece preocupado.
Uma de suas primeiras declarações após o anúncio de sua indicação, na
terça-feira (20), teve um alto teor político.
“Esse
era um dos riscos de se fazer um convênio terceirizando uma mão de obra tão
essencial. Os critérios, à época, me parecem que eram muito mais um convênio
entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa
bilateral. Mas sim uma ruptura”, disse Mandetta.
A
indicação do deputado para o segundo ministério com maior orçamento em 2019,
128 bilhões de reais, contou com o apoio da Frente Parlamentar da Saúde, de
entidades da área médica e dos hospitais filantrópicos, como as Santas Casas –
após o atentado à faca, Bolsonaro foi operado emergencialmente na unidade de
Juiz de Fora (MG), que acaba de receber o repasse de 2 milhões de reais via
emenda parlamentar do ainda deputado e presidente eleito.
Em
reunião com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), nesta terça-feira (27),
integrantes da bancada evangélica indicaram o nome do deputado Marco Feliciano
(Podemos/SP) para comandar o Ministério da Cidadania. A informação é da
jornalista Daniela Lima, da coluna Painel, na edição desta quarta-feira (28) da
Folha de S.Paulo.
A
pasta, que deve ser criada por Bolsonaro, abrange Direitos Humanos, Cultura,
Esportes e Desenvolvimento Social.
Pastor
da Catedral do Avivamento, uma igreja neopentecostal ligada à Assembleia de
Deus, Feliciano já foi acusado de estupro pela jornalista Patrícia Lelis, que
frequentava a mesma igreja do deputado. O chefe de gabinete do deputado
federal, Talma Bauer, chegou a ser preso por sequestrar a jovem e forçá-la a
gravar vídeos defendendo o deputado, para desmentir a denúncia.
Feliciano
é também conhecido por declarações racistas, homofóbicas e misóginas. Ele
chegou a ser processado pelo cantor Caetano Veloso por injúria e difamação por
conta de postagens ofensivas que publicou nas redes sociais.
Na
semana passada, os evangélicos vetaram o nome de Mozart Neves Ramos para o
Ministério da Educação. A bancada disse a aliados de Jair Bolsonaro que o
diretor do Instituto Ayrton Senna era contra o Escola sem Partido, plataforma
defendida pelo presidente eleito e pelos religiosos.
Encontro com a bancada
A
bancada evangélica e a delegação de Bolsonaro se encontraram na tarde desta
terça-feira (27), por aproximadamente uma hora, no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o governo de transição. O presidente
eleito pediu à bancada evangélica no Congresso para indicar o titular do futuro
Ministério da Cidadania e deu apenas um aviso: o indicado não pode responder a
acusações criminais. “Não queremos réu”, afirmou.
Um
dos programas mais cobiçados do novo ministério é o Bolsa Família, criado pelo
governo Lula e que beneficia mais de 13,5 milhões de famílias. Fiel a um hábito
recentemente iniciado pelo senador Magno Malta (PR-ES), também evangélico, a
reunião no CCBB também contou com um momento de oração, com a palavra do
deputado reeleito Pastor Eurico (Patriota-PE), um dos principais líderes da
frente evangélica.
Além
de Feliciano, o nome do deputado federal Gilberto Nascimento (PSC-SP), que por
ser delegado da Polícia Civil, integra também a bancada da bala. (Com
informações da Revista Fórum).
Movimento por uma infância sem racismo em Beberibe - CE / Imagem: Reprodução - Facebook - Circo Multicor.
Iniciado
no ano de 2015, o movimento, desenvolvido no município de Beberibe no estado do
Ceará traz a marca da relação entre o sonho e a realidade, num processo de
construção coletiva, repleto de aprendizados e desafios. O trabalho partiu de
um projeto de leitura que em 2010 desenvolvi numa escola pública local,
enquanto professora de ensino fundamental, no desenvolvimento do trabalho de
intervenção literária afrobrasileira para discutir questões relacionadas a
identidade e analisar as relações étnico-raciaisna escola e comunidade por meio da literatura
afro-brasileira, quando me deparei com uma cena de racismo que me fez refletir
sobre a educação étnico-racial oferecida às nossas crianças e adolescentes.
Esse cenário sinalizava seguir adiante. Após trabalhos de pesquisa nas escolas
públicas, junto a profissionais sobre as situações de racismo na escola, foram
observados dois aspectos fundamentais: que as crianças negras são vítimas de
chacota e imagens depreciativas que prejudicam sua auto-estima, afastando-as da
convivência em grupo.
Outro aspecto referia-se a situação da escola que apesar
da implantação da Lei 10.639/03 que estabeleceu as Diretrizes da educação das
relações étnico-raciais e posterioriromente alterada pela Lei 11.645/08
(BRASIL, p. 17-29), ainda limitava-se a ações pontuais. O racismo, na maioria
das vezes, é naturalizado por ela, e não efetivadas as denúncias. Osprofessores em sua maioria, não conseguem
fazer um debate mais aprofundado da temática, principalmente no Ensino
Fundamental I, a literatura afro-brasileira sequer era conhecida. O que ocorre
são esforços individuais sobre o assunto “Pesquisa Direta – Lima1, 2011”.
Em
2014 a gestão municipal aprovou expandir a experiência para nove escolas da
rede municipal e na linha da política de proteção envolvendo grupos de Serviços
de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Centros de Referência da
Assistência Social (CRAS) do município. Por outro lado, buscou-se impulsionar
os profissionais para o desenvolvimento de práticas pedagógicas de elogio à
diversidade e de superação do preconceito racial, propondo uma infância livre
do racismo, incluindo assim questões como identidade e raça. Sendo um trabalho
contínuo e anual, inserido nos planejamentos de atividades dos espaços
educacionais e de convivência, envolvendo ações de atendimento direto,
destacando elementos literários afro-brasileiros e demais linguagens, como
poesia, teatro, dança e música, para que crianças e adolescentes tenham contato
com temas variados e que expressem respeito às diferenças sociais, étnicas e
culturais do povo brasileiro, bem como ações itinerantes e envolvimento com
entidades da Sociedade Civil, famílias e comunidade.
O
que era um objetivo tornou-se o projeto: Beberibe Multicor – Um movimento por
uma infância sem racismo. Apoiado pelo Conselho Municipal de Defesa dos
Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA), o qual o indicou a concorrer ao
Edital de Apoio aos fundos desse Conselho formalizado pela Fundação Itaú
Social, sendo aprovada a parceria através de recursos para o ano de 2015.
Uma
das ações executadas pela gestão municipal em parceria com a Sociedade
Assistencial de Beberibe (SABE) - Organização da Sociedade Civil, sem fins
lucrativos com 34 anos de história em Beberibe, foi a publicação de 06 obras
literárias infanto-juvenil de autores regionais e locais, acerca da temática,
totalizando a distribuição de 4.000 livros no território local e outros
estados.
No
ano de 2018 a SABE assume a execução do Projeto, trazendo uma das ações
itinerantes do movimento para tornar-se O Circo Multicor – Arte e Educação por
uma Infância sem Racismo, como espaço de referência na valorização do
patrimônio histórico e cultural dos afrodescendentes, no atendimento a 1.400
crianças e adolescentes das 34 escolas da Rede Municipal de Ensino e 04
comunidades tradicionais do município de Beberibe, na perspectiva de combater o
racismo na infância por meio de vivências, intervenções artísticas e
literárias, incluindo ações de mobilização dos atores sociais que compõem o
SGD.
Agradecemos
a oportunidade de contar a nossa história com a possibilidade de que ela chegue
a outros muitos terreiros desse nosso chão chamado Brasil.
Léopold Sédar Senghor, filósofo e Presidente do Senegal / Foto: Divulgação - Reprodução - Revista Galileu.
Embora
seja pouco estudada em outros países, a filosofia praticada nos países da
África é bastante rica e remonta à Antiguidade.
A
filosofia e cultura africanas recebem menos atenção do que merecem, mas têm
grande influência no pensamento ocidental. Ao longo da história, pensadores de
diferentes regiões da África contribuíram de maneira decisiva para a filosofia
grega, principalmente por meio do egípcio Plotino, um dos maiores responsáveis
por perpetuar a tradição acadêmica de Platão. Na filosofia cristã, o algeriano
Augustine de Hippo estabeleceu a noção do pecado original.
Segundo
o nigeriano K.C. Anyanwu, a filosofia africana é “aquela que se preocupa com a
forma como o povo africano do passado e do presente compreende o seu próprio
destino e o do mundo no qual vive”. Conheça alguns dos principais pensadores da
modernidade:
Léopold Sédar Senghor (Senegal)
Nascido
em 1906, Senghor estudou na Sorbonne, de Paris, e foi a primeira pessoa do
continente a completar uma licenciatura na universidade parisiense. Foi um dos
responsáveis por desenvolver o conceito de negritude e um movimento literário
que exaltava a identidade negra, lamentando o impacto que a cultura europeia
teve nas tradições do continente. Em 1960, o Senegal foi proclamado
independente muito graças ao apelo que Senghor dirigiu ao então presidente
francês, Charles de Gaulle. Ele foi então eleito presidente da nova república,
cargo que ocupou até 1980. Senghor morreu em 20 de dezembro de 2001, aos 95
anos, na França.
Henry Odera Oruka (Quênia)
Oruka
viveu entre 1944 e 1995 no Quênia e foi o principal responsável por distinguir
a filosofia africana em quatro grupos principais. A etnofilosofia, a abordagem
que trata a filosofia africana como um conjunto de crenças, valores e
pressupostos implícitos na linguagem, práticas e crenças da cultura africana. A
sagacidade filosófica, espécie de visão individualista da etnofilosofia,
consiste no registro das crenças dos sábios das comunidades africanas. A
filosofia ideológica nacionalista, uma forma de filosofia política. E a
filosofia profissional, que seria uma forma mais europeia de pensar, refletir e
raciocinar. Ele era do grupo que defendia a sagacidade filosófica, e nos anos
1970 iniciou um projeto para preservar o conhecimento dos sábios de comunidades
africanas tradicionais.
O filósofo Henry Oruka / Foto: Divulgação.
Cheikh Anta Diop (Senegal)
O
antropólogo e historiador senegalês que estudou as origens dos humanos e a cultura
da África pré-colonial é tido como um dos maiores pensadores africanos do
século 20. Foi um dos responsáveis por contestar a ideia de que a cultura
africana é baseada mais na emoção do que na lógica, mostrando que o Antigo
Egito estava inserido na cultura africana e deu grandes contribuições para a
ciência, arquitetura e filosofia. Ele viveu entre 1923 e 1986.
Cheick Anta Diop / Foto: Divulgação.
Ebiegberi Alagoa (Nigéria)
Entre
as teorias do professor da Universidade de Port Harcourt, nascido em 1933, é a
de que existe toda uma filosofiabaseada
em provérbios tradicionais do Delta do Níger. O provérbio “o que um velho vê
sentado, o jovem não vê em pé”, por exemplo, serviria para mostrar como na
filosofia e cultura africana a idade é um fator crucial para a sabedoria.
Wole Soyinka (Nigéria)
Vencedor
do Nobel de Literatura de 1986, foi considerado um dos dramaturgos
contemporâneos mais refinados, com textos classificados como cheios de vida e
sentido de urgência. Suas obras costumam retratar a Nigéria contemporânea.
Soyinka nasceu em 1934 em uma tradicional cidade iorubá, uma das maiores etnias
do país.
Embora
sua família tenha se convertido ao cristianismo, ele se manteve fiel à visão de
mundo iorubá. Soyinka é um forte crítico de governos autoritários, que
incluíram o regime de Robert Mugabe no Zimbábue e, mais recentemente, e eleição
de Donald Trump nos Estados Unidos (ele possuía um visto permanente
norte-americano, mas o rejeitou após a eleição de Trump e voltou para a
Nigéria). Ele chegou a ser preso em 1967 durante a guerra civil nigeriana e
ficou em confinamento solitário por dois anos. (Com informações Revista Galileu).
Os 10 primeiros colocados na etapa final do municipal MTB de Altaneira. (Foto: Raimundo Soares).
Com
participação de apenas 13 ciclistas das cidades de Altaneira, Crato, Farias
Brito, Juazeiro e Nova Olinda realizou-se na tarde de ontem (24/11) no circuito
da Trilha Sítio Poças a última etapa da quinta edição do Campeonato Municipal
MTB de Altaneira.
O
altaneirense Higor Gomes já havia conquistado, por antecipação, o título de
Campeão de 2018, tornando-se o primeiro bicampeão do certame. Higor foi Campeão
da primeira edição em 2014.
Apenas
os dois primeiros colocados completaram as seis voltas no circuito de 4,7 Km. O
estreante William Soares não completou a primeira volta, abandonou com pneu
furado.
Na
disputa da etapa os ciclistas do sexo masculino são divididos em cinco
categorias, divididos por faixa etária e os cinco primeiros formam a Elite
Geral, independente de sexo e idade.
A
décima etapa do Municipal MTB de Altaneira terminou assim:
Elite
Geral:
1)
Higor Gomes;
2)
Francisco Serafim;
3)
Leonardo Pereira;
4)
José dos Santos;
5)
Evandro Alves.
Elite Feminino:
1)
Raquel Guedes
2)
Arlineide Nunes.
Não
houve participação de ciclista na categoria Júnior, já nas categorias Sub
30,Veterano A e Veterano C contou com apenas um ciclistas cada, Lucas de Brito,
Bruno Roberto e Raimundo Soares, respectivamente.
Nas
etapas os ciclistas disputam medalhas e ao longo do campeonato concorrem ainda
a 5 (cinco) camisas nas seguintes cores:
1)
Camisa Amarela: Campeão Geral - Higor Gomes;
2)
Camisa Rosa: Campeão Visitante - Lucas de Brito;
5)
Camisa Branca com bolinhas azul: Campeão Local - Bruno Roberto.
O
Campeão Higor Gomes, fez a Melhor Volta da etapa com tempo de 15min57seg., o
que lhe rendeu R$ 100,00 de premiação. O patrocínio da Melhor Volta foi da
Construtora Cariri.
Em
virtude realização da etapa regional dos jogos abertos na cidade a décima etapa
contou com uma pequena participação de público e não foi prestigiada nenhuma
autoridade local.
A
mesa de cronometragem foi coordenada pelo professor Pedro Rafael, auxiliado por
Esmeraldo Gomes e Francisco Filho. Os ciclistas altaneirenses fizeram uma
homenagem ao professor Pedro Rafael colocando-o no lugar mais alto do Pódio.
O
Campeonato Municipal MTB de Altaneira é patrocinado pelo grupo MegaSom e a
empresa DellMaq. (Com informações do Blog de Altaneira).
Com Bolsonaro, nada de novo. (Foto: Rogério Melo/PR).
Depois
de quatro anos fazendo campanha e vendendo a ideia de que mudaria "tudo
que está aí", Bolsonaro foi eleito e já indicou metade dos seus ministros.
Sempre que perguntado se tinha nomes em mente, o então candidato era vago,
fazia questão de assegurar que seriam nomes exclusivamente
"técnicos". Nada de "negociatas políticas" ou
"escolhas ideológicas". Ao ler o nome dos indicados, notamos o
completo oposto.
Um
dos poucos nomes garantidos em ministério durante as eleições foi Paulo Guedes.
O "guru" econômico de Bolsonaro tem atuado como um verdadeiro
primeiro-ministro do Brasil. Sondou Sérgio Moro antes mesmo do segundo turno.
Depois das eleições, atacou parlamentares e está montando sua equipe econômica
como se tivesse sido ele próprio o candidato mais votado.
Guedes
é fundador do banco BTG Pactual. Escolheu para presidir o BNDES Joaquim Levy,
do Bradesco e ministro do desastroso ajuste de Dilma em 2015. Para o Banco
Central indicou Roberto Campos Neto, do Santander. Para a Petrobras, nomeou seu
amigo da Escola de Chicago, Roberto Castello Branco, que defendeu publicamente
neste ano privatizar a empresa. Dois privatistas também foram nomeados para a
presidência da Caixa e do Banco do Brasil.
Seguindo
o discurso de Bolsonaro, parte da mídia trata esses nomes como
"economistas" técnicos. Nada mais falso. Os porta-vozes dos
principais órgãos públicos da nossa economia são umbilicalmente ligados ao
mercado financeiro, numa escandalosa porta giratória com visível conflito de
interesses. Com lucros recordes sucessivos, tanto no período de crescimento
quanto de recessão econômica, os bancos já vinham ditando os rumos da economia
do País nas últimas décadas. É inédito, porém, o nível de controle que terão
sobre a política econômica no próximo período, aparentemente sem qualquer
contrapeso.
De
noite, montam sua plataforma de governo jantando com grandes acionistas e nomes
ligados ao capital estrangeiro, interessados na compra de ativos públicos e de
riquezas nacionais. De dia, utilizam a crise econômica para justificar
privatizações, reformas que retiram direitos e a venda da soberania nacional a
preço de banana. Não por acaso o New York Times definiu Bolsonaro como "descaradamente
pró-americano".
Na
política, Bolsonaro nomeou Onyx Lorenzoni como ministro da Casa Civil. O
deputado é filiado ao DEM há 21 anos, quando ainda chamava-se PFL e tinha como
comandante Antônio Carlos Magalhães. Foi, na hipocrisia própria aos udenistas,
um dos principais parlamentares a levantar a bandeira das dez medidas contra a
corrupção, articuladas pelo Ministério Público Federal. Uma das medidas é a
criminalização direta de quem receba recursos eleitorais via caixa 2.
Lorenzoni
poderia ser seu próprio promotor: admitiu ter recebido 100 mil reais da JBS não
declarados à Justiça Eleitoral para sua campanha de 2014. Declarou-se, porém,
"arrependido" e foi perdoado pelo Deus Moro.
Outra
indicação, também do DEM, é a nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Líder da bancada ruralista, foi uma das principais articuladoras do avanço do
projeto que quer flexibilizar ainda mais o uso dos agrotóxicos no Brasil. Por
conta disso, ganhou o apelido de "Musa do Veneno". Durante período na
gestão estadual do Mato Grosso do Sul, deu incentivos fiscais à JBS, fechou
parcerias pessoalmente com Joesley Batista e recebeu doações eleitorais da
empresa no mesmo ano. Não é exatamente um nome técnico.
Nada mais absurdo que a nomeação do até então
desconhecido dos brasileiros Ernesto Araújo como chanceler. Diplomata que atua
nos Estados Unidos, fã incondicional de Trump, disse que o presidente
norte-americano é a salvação do Ocidente. Em blog pessoal, fez campanha aberta
para Bolsonaro e atacou partidos de esquerda.
Araújo
vive em uma verdadeira realidade paralela, onde o "marxismo cultural"
pilota o movimento "globalista", a China segue um país maoísta e o
aquecimento global é um dogma esquerdista. Seus impropérios e disparates
sucessivos fazem corar só de lembrar que será essa a voz do Brasil para o
mundo.
Sigamos.
O novo ministro da Saúde será Luiz Henrique Mandetta, terceiro nome do DEM.
Está sendo investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2
na implementação de um sistema de prontuário eletrônico quando era secretário
municipal de saúde.
O
médico já presidiu a Unimed e desde o início foi contra o Programa Mais
Médicos. Difícil crer que alguém com ligação direta ao sistema privado de saúde
terá algum compromisso com o SUS. As indicações da última semana foram fechadas
com chave de ouro com Ricardo Vélez Rodríguez na Educação. É uma tragédia
anunciada. O defensor feroz da dita escola "sem partido" é
visceralmente antiesquerda, exalta o golpe militar de 1964 e rasga elogios à
monarquia. Um fundamentalista que parece desconhecer a Revolução Francesa. Não
é a Marx que questiona, mas a Voltaire e o Iluminismo. Trevas à vista.
Um
superministro banqueiro e com a agenda mais antipopular do período democrático.
Um político que assumiu ser corrupto na Casa Civil. Uma ruralista que quer
liberar geral o veneno na comida na Agricultura. Um trumpista em cruzada contra
o marxismo e o ambientalismo na diplomacia. Um deputado investigado e contrário
ao Mais Médicos na Saúde. Um inquisidor da Idade Média na Educação. Esse é
parte do time de quem prometeu "varrer" o que havia de pior na
política brasileira e montar uma equipe "técnica", não
"ideológica". O ministério de Bolsonaro é um verdadeiro show de
horrores. (Por Guilherme Boulos, na CartaCapital).
Leonardo Boff criticou a influência do “filósofo autodidata” Olavo de Carvalho na formação da equipe ministerial do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). (Foto: Reprodução/Revista Fórum).
Professor
emérito de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, o teólogo Leonardo Boff criticou a influência do “filósofo autodidata” Olavo de Carvalho
na formação da equipe ministerial do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
“Podemos medir a cabeça do novo presidente
pelas nomeações que fez a pedido de Olavo de Carvalho: o ministro das relações
exteriores e o da educação. Olavo é a cabeça mais insana já produzida nesse
país. Não possui formação séria nenhuma. Diz os piores palavrões como o c. de
sua mãe”, tuitou Boff, sobre as indicações de Ernesto Araújo, para Relações
Exteriores, e do colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, para Educação, feitas pelo
guru intelectual da família Bolsonaro.
Em
entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Olavo disse que não tem mais nenhum
ministro “no bolso” para indicar. O
pseudo filósofo também já afirmou que o único cargo que aceitaria seria o de
embaixador nos Estados Unidos – apesar de, segundo ele, Bolsonaro já ter
oferecido os ministérios da Cultura e da Educação.
Eduardo
Bolsonaro, deputado reeleito pelo PSL, disse, após as eleições, que quer levar
os parlamentares do PSL para os Estados Unidos para terem aulas com Olavo. “É nossa base filosófica”, disse o filho
do presidente eleito. (Com informações da Revista Fórum).
Zuleide Queiroz, do Grupo de Valorização Negra do Cariri, afirma que a trajetória de Dandara dos Palmares impulsiona identificação / Foto: Natinho Rodrigues - (Reprodução - Diário do Nordeste).
Figura
emblemática na luta pela liberdade junto a Zumbi e Ganga Zumba, Dandara faz
parte da história de outras mulheres e movimentos negros no Ceará.
Quantas
histórias adormecem sob o jugo da cegueira social? De quantos personagens e
fatos não falamos simplesmente porque nunca foram apresentados a nós? Mais
especificamente, quantas mulheres nossa memória negligencia quando a pauta do
dia é resistência, bravura, luta? Sobrevivência.
Elas
são inúmeras, filhas de várias partes do Brasil e do mundo. Personagens
concretas de realidades opressoras, com força capaz de transgredir o decurso do
tempo e inspirar uma fortuna de atividades. Não à toa, neste Dia da Consciência
Negra - data criada em 2003 e instituída, por lei, em 2011 - o Verso dá
destaque à figura de Dandara dos Palmares, símbolo-mor de coragem, protagonista
quase apagada do registro oficial do Brasil Colonial. Não nestas linhas.
Nesse
movimento, a travessia que propomos é de imersão no ofício de mulheres cujo
sangue transborda energia e cuja melanina é pigmento de obstinação.
Influenciadas pela irrefreável figura de Dandara, revitalizam trabalhos e
conferem fôlego novo a expressões diversas. São ícones a levantar bandeiras que
partilham semelhante apelo: desafiar lacunas antigas e promover reconhecimento
ao lugar do negro, ao lugar da negra. Avante à luta!
No sangue, na memória
Se
de geração em geração herdam-se traços, Dandara é mãe da resistência. No dia em
que Zumbi teve a cabeça degolada num golpe, um ano e nove meses já teriam
passado desde a morte da força feminina do Quilombo dos Palmares. A história da
figura apontada como mulher do herói palmarino permanece cercada de incertezas
e poucos registros, mas justifica e empodera o confronto das mulheres negras
com tudo que as subjugam até hoje.
Relatos
afirmam que Dandara teria se jogado de uma pedreira ao abismo, em fevereiro de
1694. A decisão extrema transparece a recusa da mulher de se entregar às forças
militares que cercaram o famoso quilombo, onde viviam cerca de 30 mil pessoas
distribuídas em aldeias. Não há registros do local onde a matriarca nasceu, nem
da sua ascendência africana. Estudos levam a crer, contudo, que sua origem é
brasileira e que ela se estabeleceu no Quilombo dos Palmares ainda quando
criança. Além dos serviços domésticos, ela defendia como podia o seu povo e os
três filhos que teve com Zumbi.
Líder
das falanges femininas do exército negro palmarino, Dandara é descrita como uma
verdadeira heroína. Ela dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de
homens e mulheres em inúmeras batalhas e consequentes ataques à sua comunidade
quilombola, situada na Serra da Barriga, atual região de Alagoas. De acordo com
Zuleide Queiroz, professora da Universidade Regional do Cariri (Urca) e
integrante do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), a personagem é
referência, homenageada por grupos feministas pelo instinto de coragem e
maternidade.
A história da figura apontada como mulher do herói palmarino permanece cercada de incertezas e poucos registros, mas justifica e empodera o confronto das mulheres negras com tudo que as subjugam até hoje. (Reprodução/Diário do Nordeste).
"A decisão dela foi marcar a história. Foi
uma atitude claramente pensada, não em função da força, do medo ou da
violência, características facilmente atreladas ao machismo. Foi no sentido de
educar as próximas gerações. Tudo ou nada!", partilha, emocionada.
A
trajetória de Dandara dos Palmares também impulsiona identificação. Com
divergências do ativismo relacionado às mulheres brancas, o feminismo negro
levanta pautas específicas. Enquanto as mulheres brancas buscavam equiparar
direitos civis com os homens brancos, mulheres negras carregavam nas costas o
peso da escravatura, ainda relegadas à posição de subordinadas; isso, porém,
não se limitava apenas à figura masculina, pois a mulher negra também estava em
posição servil perante a mulher branca.
Segundo
Zuleide, a partir dessa percepção, o exemplo da líder de Palmares, assim como o
de outras heroínas com pele de cor forte, é a base para a autonomia feminina
negra. "Se antes víamos a luta das mulheres brancas pelos direitos, hoje
nos reconhecemos na reconstituição da história de Dandara. É a nossa
ancestralidade".
É
com o intuito de resgatar e reverberar essa posição de luta que o Grupo de
Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), entidade sem fins lucrativos, promove no
interior do Estado a busca pela igualdade étnica/racial e a autoestima da
população de cor negra na região caririense, onde foram encontradas,
atualmente, 26 comunidades quilombolas, a maioria lideradas por mulheres.
Zuleide afirma que Dandara está presente, sim, no coração e no sangue, de toda
mulher negra, filhas das mulheres que se jogaram no precipício no decorrer da
história.
Batuque para Dandara
Em
2016, durante cortejo no carnaval de rua, o Maracatu Nação Fortaleza homenageou
Dandara dos Palmares ao levar a bravura histórica da guerreira para os olhos e
ouvidos do público. Com loa reverenciando a personagem, os brincantes entoaram
em alta voz: “Ê Ê Ê Dandara/ O tambor já tocou, Calunga mandou chamar/ Vai ter
gira no terreiro, iaiá/ Batuque para Dandara/ Luz que alumiou a força dessa
nação”.
Ao
conferir destaque à mulher, o grupo buscou acrescentar novos elementos ao
desfile carnavalesco por meio de uma contribuição cultural e artística focada
no respeito à luta feminina, trazendo à tona a trajetória de um ícone ausente
nos livros de História e consolidando um ponto de referência para todas aquelas
identificadas com a estrada de resistência de Dandara.
Conforme
registrado no site oficial do bloco, “‘Salve a Guerreira Dandara’ nos remete a
um Brasil do período colonial e da resistência do Quilombo dos Palmares, enriquecendo
a proposta do Maracatu Nação Fortaleza ao trazer as cores vivas da cultura
afro-brasileira para as vestimentas e adereços; o toque ancestral dos tambores
saudando uma rainha negra e sua luta pela liberdade; a presença do simbolismo
incorporado na Calunga; e os elementos do universo Brasil-África como
referência na montagem do desfile”.
Coletivos de mulheres negras no Ceará
refletem força revolucionária de Dandara dos Palmares
Feminista,
anti-racista e anticapitalista: assim é definido o Instituto Negra do Ceará -
Inegra por Margarida Marques, uma das integrantes do projeto. A organização
não-governamental tem como projeto político a luta contra o preconceito e a
discriminação racial, sexista e de classe. Munida desse objetivo, a empreitada
busca fortalecer a construção afirmativa da identidade feminina negra e propor
políticas públicas que contribuam para a promoção da igualdade de gênero, raça
e classe.
Zuleide Queiroz: "Reconstituir a história de mulheres negras é entender de onde vem a nossa força interior para diante de todas as diversidades". (Reprodução/ Diário do Nordeste).
Os
negros e negras vivem em condições de exclusão social como consequência do
processo de escravização e de uma abolição que nunca se concretizou. Assim,
eles são aqueles que vivem em piores condições de vida, ganham menores salários
e são as maiores vítimas da violência”, situa Margarida.
Ela
conta que o Inegra atua no Estado desde 2003 como desdobramento de um coletivo
de 13 mulheres negras. Hoje, integra o Fórum Cearense de Mulheres (FCM), a
Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e a Articulação de Mulheres
Brasileiras (AMB). Entre suas principais realizações, está a Jornada pela Saúde
da População Negra; o projeto Fulô do Mandacaru; e atuação no tema do
encarceramento feminino, com apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos.
De
acordo com Margarida, “superar uma realidade de opressão significa entender um
outro projeto social e econômico, de inclusão, tolerância, justiça e reparação
social e histórica dos que construíram a riqueza desse país através da mão de
obra escravizada e foram deixados às margens do direito e da cidadania”.
Em
semelhante engajamento, o Movimento Negro Unificado (MNU) atua no País há mais
tempo, gestado em plena ditadura militar, em junho de 1978. Porém, foi apenas
em 7 de julho do mesmo ano que a organização foi lançada publicamente, num ato
realizado nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, lançando as bases
para a luta em todo o Brasil, inclusive no Ceará.
Dentro
desse recorte, o destaque recai também sobre o Grupo de Valorização Negra do
Cariri (Grunec), entidade sem fins lucrativos que conta com a participação de
Zuleide Queiroz. O projeto foi formado em 2001 com o objetivo de promover a
autoestima da população negra na região caririense, propagando também a
consciência sobre afrodescendência ao valorizar a história e cultura do povo.
Encontro
Nesse
sentido, em tempos onde a união é cada vez mais necessária para mudar panoramas
de opressão, é que vai ser realizado, nos dias 23 e 24 deste mês, o I Encontro
de Mulheres Negras do Ceará, no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). A reunião
tem caráter duplo: tanto comemora os 30 anos do primeiro Encontro Nacional das
Mulheres Negras, realizado em Valença, no Rio de Janeiro, quanto prepara o
terreno para a edição nacional de 2018, marcado para acontecer em Goiânia, de 6
a 9 de dezembro.
A
inscrição para a etapa local pode ser feita online a partir de link
disponibilizado no facebook, na página do evento. A participação custa um valor
simbólico de R$ 5 e deve reservar aos interessados um encorpado debate sobre a
atual conjuntura cearense no que toca ao movimento negro, imprimindo força e
maior alcance aos projetos no segmento.
“Tanto Dandara como todas as mulheres negras
de ontem e hoje que lutam e resistem contra o racismo,as injustiças sociais e o machismo, nos
inspiram e nos fortalecem. Resgatar as memórias delas e tornar conhecida suas
lutas é importante em especial às novas gerações, pois é uma maneira de
recontar nossa história, escrita de maneira a invisibilizar a luta do povo
negro”, reitera Margarida Marques.
Anunciado
como nome à frente do Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro,
Ricardo Vélez Rodríguez, já defendeu o golpe de 1964 em um dos textos
publicados em seu blog em abril 2017. Intitulado de "31 de março de 1964: é patriótico e necessário recordar essa data",
o texto destaca que "esta é uma data
para lembrar e comemorar. A esquerda pretende negá-la. Mas não pode".
Em
outro trecho, o futuro ministro escreveu: "64,
vale sim afirmá-lo, nos livrou do comunismo. Nos poupou os rios de sangue
causados pelas guerrilhas totalitárias que, na Colômbia, por exemplo, no
conflito que ora se encerra, ceifou mais de 300 mil vidas e obrigou a sair do
país a mais de 5 milhões de colombianos, no longo período que vai de 1948 até
os dias atuais. Não tivessem os militares brasileiros agido com força para
desmantelar a "República do Araguaia", teríamos tido o nosso
"Caguán" (o território "livre" do tamanho do Estado do Rio
de Janeiro, situado no coração da Colômbia e a partir do qual as Farc chegaram
quase a balcanizar o país vizinho)".
E
completou: “Nos treze anos de desgoverno
lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os
meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles
instaurado em 64 (...) Felizmente a opinião pública, incluindo as Forças
Armadas, reagiu em tempo e os petralhas não conseguiram implantar esse embuste
marxista, que tinha como única finalidade fortalecer o PT de forma a que se
tornasse o "novo príncipe" hegemônico apregoado por Gramsci, a fim de
garantir a definitiva instalação de Lula e a sua caterva no poder. Sabemos hoje
que a "revolução" pretendida pelo PT consistia em roubar sem nenhuma
oposição". (Com informações do portal Gauchazh).