EEM Santa Tereza, em Altaneira, tem alunos premiados com base nos resultados do ENEM e SPAECE 2013


Alunos da EEM Santa Tereza, em Altaneira, são premiados através do ENEM e SPAECE 2013.
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc – Ce) divulgou nesta terça-feira, 30, em seu sítio, a relação dos alunos do Ensino Médio a serem premiados em fase de terem tido bons resultados em duas avaliações externas referente ao ano de 2013, a saber, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece), em conformidade com as Leis nºs 15.572, de 07 de abril de 2014, e 15.702, de 20 de novembro de 2014.

A Escola de Ensino Médio Santa Tereza, única desse nível de ensino no município de Altaneira, com inscrição nº 23155817, entra nessa relação com vários alunos. Cita-se aqui André Alexandre Neto, do terceiro ano (SPAECE), André Victtor Silva Paiva, Yanne Karoline Morato Gomes, Eduardo Gonçalves Amorim (ENEM), dentre outros.



EEEP Wellington Belém de Figueiredo prorroga prazo de pré-matrícula para as turmas de 2015


A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, situado no município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, abriu desde o dia 22 de dezembro as inscrições para a pré-matricula visando compor o corpo discente das quatro turmas dos cursos técnicos oferecidos, a saber, Agronegócio, Edificações, Finanças e Edificações.

Os alunos que cursaram o nono ano do ensino fundamental e que estivessem interessados em fazer parte do ensino médio integrado a educação profissional deviam procurar a instituição supracitada e acompanhado dos responsáveis realizar a pré-matrícula em um dos quatro cursos até as 17h00 desta terça-feira.

São ofertados 180 vagas distribuídas entre os municípios de Altaneira, Nova Olinda e Santana do Cariri, de forma proporcional. Desse número há vagas para alunos da rede particular de ensino e duas para o sítio de Aratama, pertencente ao município de Assaré.

O núcleo gestor da instituição de ensino mencionada prorrogou o prazo de inscrição para a pré-matrícula até o dia 06 de janeiro de 2015. As inscrições serão realizadas na sede da escola, localizada no sítio Jurema, KM 02, em Nova Olinda entre os dias 02, 05 e 06 de janeiro no horário das 07h30 às 17h00. 

“Regular a midia familiar”: Desafio do Ministro das Comunicações



O novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, assume o cargo em 1º de janeiro com uma missão clara: avançar na regulação do setor de mídia no Brasil, enfrentando distorções históricas como a super concentração e a propriedade cruzada no setor.


Em razão desses dois fatores, além dos incentivos oficiais, ao longo do tempo, concedidos para a consolidação desse modelo, o Brasil produziu alguns clãs de poderosos bilionários. Os três irmãos Marinho, com quase US$ 10 bilhões cada um, segundo o último ranking da revista Forbes, são a ponta mais vistosa, na platinada TV Globo.

Mesmo em declínio, os irmãos Civita, da Editora Abril, também frequentam o clube dos bilionários em dólar. Com grande poder de influência, à frente dos jornais Folha e Estado, os Frias e os Mesquista igualmente possuem vasta fortuna e nem querem ouvir falar em regulação.

Mas este será o discurso de Berzoini. Assumindo-o, o ex-sindicalista que se tornou um dos deputados mais atuantes do parlamento, estará carregando uma antiga bandeira do PT. À medida em que, durante o governo Dilma Rousseff, foi ficando mais claro o posicionamento político de oposição desses clãs, mais o debate cresceu. Contribui para ele as recentes mudanças na legislação da Argentina, que bateu de frente contra o cartel do Clarín – e venceu a parada –, e toda a nova situação criada com o advento da internet e suas consequências como as redes sociais, os blogs, os sites e os portais. A comunicação mudou.

Depois de obter a confiança da presidente em um ano como ministro das Relações Institucionais, Berzoini mostrou sua importância na campanha ao enfrentar a revista Veja, que foi pródiga em proteger o adversário petista Aécio Neves e tentar, até o último instante, comprometer Dilma e sua campanha com denúncias de ocasião.

– Esta revista se presta a ser um instrumento não declarado da luta política, disse Berzoini em entrevista recente ao 247.

– O problema é que faz isso sem assumir essa condição diante dos leitores, completou.

Com este tipo de clareza, Berzoini chega ao ministério com, sem dúvida, uma missão complexa, mas talvez ele seja mesmo o quadro mais adequado que o PT tem para resolvê-la. Mesmo sendo um crítico, ele nunca foi um radical.

Associados da ABA decidem adiar eleição da nova diretoria para domingo (04)


Estava previsto para ocorrer no último dia vinte e oito (28) do corrente mês em assembleia dos sócios e sócias da ABA – Associação Beneficente de Altaneira, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM, o processo eleitoral que tinha como finalidade formar a nova composição da diretoria executiva, assim como também o conselho fiscal.

Sede da ABA situada à Rua Padre Agamenon Coelho, 346.
A maioria dos sócios compareceram a assembleia e em consenso decidiram adiar a eleição para o próximo domingo, 04 de janeiro de 2015. Todos tiveram como justificativa o fato de se estender o prazo para a formação de mais uma chapa. Até aquela oportunidade apenas uma havia sido constituida. Esta recebeu o nome de “Um Jeito Jovem de Fazer Rádio” e é composta por Givanildo Gonçalves (presidente), Francisco Gutemberg Estevão (vice-presidente), Elenice Pereira (Secretária Geral), Flávia Regina (Secretária de Finanças) e este signatário, José Nicolau (Secretário de Atividades Sociais – Diretor de Programação).

Ficou acordado que durante esta semana a atual Secretária de Finanças estará recebendo dos sócios e sócias inadimplentes a contribuição para a ABA. Acordou-se ainda que este mesmo prazo será para a formação e registro de chapas junto ao presidente da Comissão Eleitoral exercida por Cláudio Gonçalves.

Na oportunidade será apresentado um balanço das prestações de contas da entidade referente ao período de 2013 e 2014 e um demonstrativo do orçamento para o exercício de 2015. A assembleia está prevista para ocorrer a partir das 09h00 em sua sede situada  a Rua Padre Agamenon Coelho, 346.


Mudanças no SISU: Novo Edital confirma apenas uma chamada



A aprovação de uma única chamada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi confirmada pelo Ministério da Educação, segundo a Pró-Reitoria da Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC). A medida atende uma solicitação do Colégio de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Federais e deve garantir maior celeridade ao processo de seleção.

O Pró-Reitor de Graduação da UFC, Custódio Almeida, explica que a segunda chamada nunca foi efetiva, com preenchimento de vagas em torno de 15% a 18%. “Preenchemos muitas vagas na primeira chamada e depois na lista de espera. Com o fim dessa chamada, o tempo gasto deixa de existir e as matrículas avançam com maior rapidez”, resume.

As universidades tinham dificuldades em começar as aulas na primeira semana de fevereiro, pois o calendário era atrelado ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Com a retirada, o calendário é ajustado a partir de 2016, pois neste ano houve atraso no início das provas. “O ganho de tempo da segunda chamada foi perdido por causa das duas semanas de atraso do Enem, mas estimamos um ganho de 15 dias nos anos seguintes”, completa Custódio.

As inscrições para o Sisu devem ser abertas entre 19 e 24 de janeiro, com resultado nos dias 2 e 5 de janeiro de 2015. A divulgação da segunda chamada, que fica por conta das Universidades, está prevista para o dia 13 de fevereiro. “Depois que for publicado o edital do Sisu a UFC publicará o novo calendário”, informa o Pró-Reitor de Graduação.

Novo processo

Com a alteração, o aluno deve declarar interesse para concorrer a uma vaga no site do SISU/INEP. Depois, será possível o acompanhamento das chamadas no site da Instituição que escolheu. A segunda e as demais chamadas do aluno vão valer para a primeira opção do aluno, que só concorre à sua segunda opção na primeira chamada.

Ciclistas altaneirenses que participaram do I Campeonato de MTB são premiados em confraternização



Ciclistas, apoiadores e admiradores da modalidade no Recanto Bom Gosto. Foto: Profª. Valéria Rodrigues.
O Restaurante Recanto Bom Gosto foi palco na tarde deste sábado, 27 de dezembro, de um almoço de confraternização visando reconhecer os eforços dos ciclistas altaneirenses que participaram do I Campeonato Municipal de Ciclismo iniciado em 13 de julho através de entrega de medalhas.

Antes do almoço cerca de 20 (vinte) pessoas entre ciclistas, apoiadores e convidados perceberam um painel impresso digitalmente em lona contendo o nome, foto, marca da bicicleta e colocação de cada ciclista no torneio, além das logomarcas dos patrocinadores dessa primeira edição.

Na oportunidade, foi feito um balanço do campeonato de ciclismo, análise da participação dos atletas em diversas competições na região do Cariri e Centro Sul e no vizinho Estado do Pernambuco, bem como de agradecimento ao apoio recebido pela equipe ao longo do ano.

Para o jurista Raimundo Soares Filho, do Blog de Altaneira, Lindevaldo foi o ciclista que mais subiu em pódios em 2014, mas no próximo ano entrará para a categoria mais competitiva do MTB, a sub23, do campeão Juan Jacinto.

Higor Gomes, o campeão, continuará na categoria Junior por mais um ano e o veterano Luciano Ferreira, terceiro lugar nessa edição, segue na Master B com a possibilidade dos primeiros pódios.

Ainda segundo a análise de Soares, idelaizador do MTB no município, “os professores Francisco Adeilton e Paulo Robson também têm chances reais de subirem em pódios em 2015. Ambos também esperam ficar entre os seis primeiros no Municipal do próximo ano”. 

Valéria Rodrigues, Raimundo Soares e Higor Gomes durante realização do sorteio da bicicleta.
Tâo logo se deu essa retrospectiva e as perspectivas para 2015 os ciclistas receberam das mãos do estudante Pedro Rafael, presidente da Comissão Organizadora e deste signatário as medalhas personalizadas com o nome e a classificação dos ciclistas que recebeu o patrocínio dos vereadores Genival Ponciano, Professor Adeilton e Zuleide Oliveira.

No encontro ainda foi realizado o sorteio da rifa de uma bicicleta. Os recursos arrecadados foram usados para quitar a bicicleta de Luciano Ferreira. Higor Gomes foi o contemplado no Sorteio com o número 131, contando inclusive com a participação da professora Valéria Rodrigues.

Após a entrega das medalhas e do sorteio foi servido um almoço, regado a cerveja gelada e refrigerantes.

Em 2015, a II edição do Municipal MTB de Altaneira está previsto para ser iniciado no final de fevereiro e contará cm 10 etapas.

A cobertura fotográfica do Evento foi realizada pelo servidor público João Alves, conhecido popularmente por Garoto Beleza.  Confira mais fotos:




















Dança africana: Os sentidos estéticos




Por que muitas das danças africanas são realizadas em círculos? Por que na música tradicional os tambores se alternam e se repetem? O que significa o bater contínuo de palmas? Na África, mais do que expressões artísticas, as danças são um poderoso meio de comunicação, que traduzem e refletem suas sociedades. Os sinais cognitivos na coreografia, costumes, instrumentos musicais e a até mesmo disposição dos corpos expressam profundos aspectos culturais. As danças, em todas as suas dimensões, carregam mensagens centrais para o funcionamento e dinamismo de uma sociedade.

Dança africana e os sentidos estéticos.
Se hoje, a mídia é a formadora de opiniões do mundo contemporâneo, as danças outrora foram encarregadas desse papel, e ainda o são muitas vezes. Elas podem se constituir em uma forma de autocrítica, sendo uma grande ferramenta para dirigir mudanças de comportamento, tendo a vantagem de se comunicar sem esforços, através da edudiversão, explica o historiador zimbabuano Pathisa Nyathi. Nesse conjunto, elas se tornaram uma peça chave na cultura local e seus simbolismos não apenas são contextuais, como representam a visão do mundo e ideologia dos povos que a performam.

Não apenas os tons e as rimas, mas também os trajes, posturas corporais, cores, arranjos, formas e desenhos dos instrumentos musicais compartilham um aspecto em comum: os sentidos da estética africana, expressando a inter-relação entre a humanidade e o meio ambiente. Pathisa explica que são oito os sentidos estéticos da dança, denominados por sentidos Welsh-Asante’s: polirritmia, repetição, qualidade de conversação, policentrismo, sentido curvilíneo, dimensionalidade, memória épica e sentido holístico.

No contexto mais prático, polirritmia refere-se aos ritmos diversos por diferentes instrumentos musicais; repetição é a reiteração de uma nota, frase, sequência, cor, forma, movimento, bater de palmas ou pés, ou mesmo uma dança ou música inteira; e policentrismo é o senso estético que tem a ver com multiplicação de um movimento e/ou som, textura e cor dentro do produto artístico. Já os outros cinco conceitos são mais complexos, tratando-se de perspectivas culturais.

Qualidade de conversação é o sentido que reitera a importância da conversa durante uma performance, podendo significar a simples troca de palavras durante a música cantada até a conversa entre instrumentos como os tambores, que são tocados alternadamente para reproduzir tal efeito. Outro importante aspecto é o sentido curvilíneo, que representado com a forma, figura ou estrutura curva nos produtos artísticos e na posição dos corpos, é diretamente relacionado com os conceitos-guia das sociedades africanas de continuidade e fertilidade.

O sexto conceito é a dimensionalidade, que tem a ver com a impressão e emoção que um participante sente, ouve ou vê através de um produto artístico. Trata-se de uma experiência extrassensorial. É uma dimensão percebida. Já a memória épica tem em si uma grandeza metafísica, tratando-se das memórias e lembranças que são proporcionadas durante uma dança, em que sentimentos, experiências, ethos e pathos são recuperados. Por fim, o sentido holístico, que é o efeito de todo o conjunto da dança. Sons, cores, movimentos: tudo consumido ao mesmo tempo como um todo, formando uma unidade artística.

Na análise da Woso, dança da chuva no Zimbábue, por exemplo, de diversas maneiras os sentidos estéticos são reproduzidos. O batuque simboliza trovões, os chocalhos amarrados nas pernas dos dançarinos criam a ambientação das gotas de chuvas, as roupas são em branco e preto simbolizando as cores das nuvens, os trajes são confeccionados com penas de avestruz também em preto e branco, representando novamente as cores das nuvens, mas também as cores dos pássaros migratórios, símbolos de chuva na cultura local. E a chuva, ou seja, o conjunto simboliza a fertilidade da terra, que em termos culturais, significa a continuidade da espécie humana.

Pathisa explica que não é possível falar da fertilidade do homem sem falar da fertilidade da terra. Só com a chuva, a terra é fértil e só com a terra fértil, o homem subsiste. Nesse contexto, a preocupação no caso da Woso é a ideia de continuidade e preservação da espécie. A dança se torna assim um santuário para a fertilidade. O historiador observa ainda que nas sociedades africanas, a arte tem um propósito, uma função e que a dança, associada tanto a eventos sagrados quanto profanos, desempenha um papel crucial na educação, entretenimento, política e religião. E assim conclui: “A dança é uma explosão da experiência emocional. A dança é um microcosmo de uma sociedade em particular. É a sociedade em movimento. E é lindo”.



UNE promove IX Bienal. Participe e inscreva seu trabalho


As inscrições de trabalhos para as mostras selecionadas da 9a Bienal da UNE já estão abertas para todos os estudantes do Brasil. O prazo máximo para inscrição é até o dia 07 de janeiro. A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet por meio do portal da UNE ou no hotsite da 9ª Bienal a partir do dia 14 de janeiro.

As inscrições de trabalho são feitas por um formulário online. Ao clicar no link, você deve escolher a área em que deseja inscrever o seu trabalho, preencher seus dados e pronto! Não será cobrada uma taxa para ser efetuada a inscrição. Não deixe de ler o Regulamento da 9a Bienal antes de inscrever um trabalho.


O estudante que não tiver seu trabalho selecionado precisará realizar também a sua inscrição de participante e o pagamento da taxa para poder participar das atividades da 9a Bienal e ter acesso ao alojamento.

Como enviar o arquivo do seu trabalho pela internet

Nesta edição, os trabalhos inscritos, seja qual for a categoria, serão recebidos online, no momento do preenchimento do formulário.

Para os que inscreverem nas categorias Música, Audiovisual, Artes Visuais e Artes Cênicas, os trabalhos devem, obrigatoriamente, estar hospedados em algum canal da internet de sua escolha, como Youtube e Vimeo para vídeos, SoundCloud para áudio, Flickr ou Instagram para fotos ou Issuu para outros tipos de imagens.  No momento da inscrição, você deverá colar o ‘permalink’ do seu trabalho no campo requisitado para a avaliação dos coordenadores da 9a Bienal.

Os que inscreverem em Literatura deverão postar o texto diretamente no formulário online. Já aqueles que se inscrevem nas áreas Ciência e Tecnologia e Projetos de Extensão deverão anexar um arquivo em ‘pdf’ ou ‘doc’ ou ‘docx’,  conforme a orientação do Regulamento da 9a Bienal.

Quem pode inscrever trabalhos?

Para inscrever um trabalho é necessário que o estudante esteja matriculado na universidade no ano de 2014. A comprovação deve ser feita através de declaração fornecida pela instituição de ensino, boleto de mensalidade ou cópia da carteira da UNE, UBES ou ANPG. Cada autor poderá inscrever, no máximo, 3 (três) trabalhos de sua autoria em cada categoria.

Os trabalhos coletivos devem conter pelo menos 50% (cinquenta por cento) de estudantes em suas equipes. Os coletivos poderão ser formados por estudantes de instituições de ensino diferentes. Havendo menores de idade no grupo é indispensável a declaração do responsável autorizando a participação no evento.

Ao inscrever meu trabalho, a que eu tenho direito?

O estudante que tiver seu trabalho selecionado para a mostra estará isento do pagamento da taxa de inscrição de participante. A coordenação da 9a Bienal entrará em contato com os selecionados para tratar sobre a apresentação do trabalho no Rio de Janeiro.

Aos selecionados para apresentação de trabalhos, a organização da Bienal se responsabiliza pela hospedagem dos participantes e acondicionamento dos equipamentos em espaço reservado. Os gastos com transporte, cachês, cenários ou qualquer outro tipo de despesa são de responsabilidade do participante.

Além disso, a UNE estará isenta do pagamento dos direitos autorais para a edição, publicação, exibição e gravação dos trabalhos inscritos, desde que estas tenham como objetivo apresentar os resultados da 9ª Bienal da UNE.

Todos os estudantes que tiverem trabalhos selecionados e apresentados em qualquer área da 9ª Bienal da UNE receberão um certificado de premiação e um certificado de participação do evento.

Não vou inscrever meu trabalho, mas quero participar, como faço?

Também é possível acompanhar as atividades da 9ª Bienal da UNE como participante. Para isso, basta, apenas, acessar o formulário de inscrição online e preencher os dados solicitados até o dia 18 de janeiro.

Será cobrada uma taxa de R$ 60 para efetivar a inscrição. O pagamento poderá ser feita por boleto bancário, depósito bancário ou cartão de crédito por meio do programa PagSeguro. Estudantes prounistas, cotistas ou que tem financiamento no Fies estão isentos da taxa. Posteriormente ao dia 18 de janeiro, a taxa de inscrição subirá para R$ 120. O pagamento da tarifa confirma a inscrição no evento.

Todos os inscritos terão acesso às instalações, mostras artísticas, debates, seminários, conferências, culturata, feira e atividades esportivas.

Além disso, a organização da 9ª Bienal da UNE se responsabiliza pela hospedagem dos participantes em alojamento localizados em salas de aula e estruturas escolares. Os alojamentos possuirão chuveiros e sanitários coletivos. É importante que o estudante leve tudo aquilo que lhe for necessário para sua estadia, como colchões, barracas, e objetos de higiene pessoal.

IX Bienal

A 9ª. Bienal da UNE acontecerá entre os dias 01 a 06 de fevereiro de 2015 no Rio de Janeiro. O tema desta edição será “#VozesdoBrasil” e faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil. São esperados mais de 10 mil estudantes de todas as partes do país para celebrar a diversidade cultural produzida dentro e fora das universidades brasileiras.

Para fazer o seu cadastro, é só clicar aqui, acessar o formulário online, escolher a sua opção e preencher os seus dados.

Para ler o regulamento da 9a Bienal, clique aqui.


Segundo Paul Singer economia solidária se aproxima das origens do socialismo



O economista e sociólogo Paul Singer, titular da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) desde que esta foi criada, em 2003, no primeiro governo Lula, é um estudioso da economia solidária e se tornou uma das referências internacionais no tema, com vários livros publicados.

Paul Singer, durante entrevista ao primeiro número da Revista
do Brasil, em 2006. Argumentos não perecíveis.
Apesar de o nome ter sido criado no Brasil, economia solidária é um movimento que ocorre no mundo todo e diz respeito a produção, consumo e distribuição de riqueza com foco na valorização do ser humano. A sua base são os empreendimentos coletivos (associação, cooperativa, grupo informal e sociedade mercantil).

Hoje, o Brasil conta com mais de 30 mil empreendimentos solidários, em vários setores da economia, com destaque para a agricultura familiar. Eles geram renda para mais de 2 milhões de pessoas e movimentam anualmente cerca de R$ 12 bilhões.

Nesta entrevista, Singer mostra como o movimento surgiu no Brasil, inicialmente para combater a miséria e o desemprego gerados pela crise do petróleo na década de 1970, e se transformou em um modelo de desenvolvimento que promove não só a inclusão social, como pode se tornar uma alternativa ao individualismo competitivo das sociedades capitalistas.

Quando e como surgiu a economia solidária no Brasil?

Ainda sem esse nome, a economia solidária surgiu no Brasil no bojo da mais terrível crise pela qual o País passou desde Pedro Álvares Cabral. Foi a crise dos anos 70, que atingiu toda a América Latina, resultado do choque do petróleo. Os países não produtores de petróleo ficaram com dívidas enormes. Tiveram que comprar petróleo a preços cinco vezes maiores dos que pagavam antes da crise. E o Brasil foi um dos que mais se endividaram. Não tinha opção. O País já estava no processo de abertura, mas o regime estava sem nenhuma preparação para enfrentar o desemprego, que atingia milhões de brasileiros. Esse era o quadro.

A economia solidária foi uma alternativa para enfrentar o desemprego, a fome e a miséria que atingiram milhões de brasileiros?

Foi isso mesmo. Quem tentou fazer isso de uma forma correta foi a Igreja, através da Cáritas, que começou a organizar os desempregados para que eles voltassem a viver, a ganhar. Isso acabou sendo o impulso inicial para a economia solidária no Brasil. Portanto, a semente da economia solidária foi plantada nos anos 80 por uma ação extremamente adequada, e no momento certo, da Cáritas. Alguns anos depois, o esforço da Cáritas foi secundado pelos sindicatos e pelas universidades. A essa altura eu já estava envolvido.

Qual foi o papel dos sindicatos, nesse início da economia solidária no Brasil?

Os sindicatos viram que os trabalhadores de empresas que iam falir – e muitas faliram nessa época – poderiam arrendar a massa falida, preservar a empresa e, portanto, seus próprios empregos. Os primeiros casos causaram muita sensação: fábricas sem patrões. Logo mais, isso se tornou um modelo. Surgiu a Anteag (Associação de Empresas Recuperadas), que se especializou nisso, a partir do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Então, foi o início da economia solidária no Brasil. Os sindicatos apoiaram seus trabalhadores na formação de cooperativas de trabalho.

Os trabalhadores assumiram a direção dessas empresas falidas e as recuperaram?

Sim, assumiram a direção das empresas. Eles passaram a ser trabalhadores sem patrão, ou trabalhadores autoempregados coletivos ou sociais. Sempre associados.

E qual foi o resultado disso?

Centenas de empresas recuperadas no Brasil pelos seus próprios trabalhadores, mais de mil. A maior da América Latina administrada por trabalhadores é a Uniforja (Cooperativa Central de Produção Industrial de Trabalhadores em Metalurgia), que fica em Diadema.

Isso mostrou, na prática, a capacidade de gestão do trabalhador, de administrar com sucesso uma fábrica, coletivamente e sem patrões?

É preciso lembrar que, do ponto de vista capitalista, o trabalhador é alguém que cumpre tarefas. Ele não tem nenhuma participação na gestão, muito menos conhece os problemas do negócio. Os donos da empresa só divulgam o que lhes parece vantajoso. Portanto, os trabalhadores não têm aparentemente nenhuma capacidade de gerir uma empresa. A realidade mostrou o contrário. As empresas recuperadas pelos trabalhadores levam uma média de 2, 3 meses para voltar à plena atividade. Não mais que isso. É surpreendente.

E quando surgiu o conceito e o nome economia solidária?

A história é mais o menos o seguinte: quem não se lembra do Betinho (Herbert José de Sousa)? Sociólogo e ativista social, militante político que liderou o “Natal sem Fome”, mobilizou milhões e milhões de pessoas no Brasil. Isso também está na história da economia solidária.

De que forma?

Começou-se a perceber que era preciso fazer alguma coisa direta contra o desemprego. Como a campanha do Betinho avançou bem, tomamos a decisão de nos reunirmos nos anos 1990 (92 e 93) para lutar diretamente contra o desemprego, fomentando a economia solidária, que ainda não tinha esse nome. Incentivando a autoiniciativa econômica de trabalhadores associados.

Inclusive a campanha do Betinho foi muito apoiada pela Igreja. Ele mesmo era um católico, um cristão socialista. Militante da AP (Ação Popular, organização da esquerda cristã). Bem, esse foi o passo decisivo para a criação das incubadoras e cooperativas populares. Não surgiram imediatamente, mas não demorou muito. A primeira cooperativa foi criada no Rio de Janeiro, creio que em 1994, e agiu especificamente na Maré (Complexo da Maré). As incubadoras tecnológicas e cooperativas populares foram decisivas para o desenvolvimento da economia solidária no Brasil.

A origem dessa primeira incubadora vem da situação trágica dos trabalhadores daquelas favelas, que ficam ao redor do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). E junto ao Instituto Oswaldo Cruz existe a Faculdade Nacional de Saúde Pública. Basicamente, as pessoas nas favelas viviam do tráfico e das lutas contra os traficantes… As balas passaram a voar e atingir os prédios da faculdade. Chegaram a cogitar de tirar o Oswaldo do Cruz de lá, mas os próprios professores tomaram a iniciativa maravilhosa: “Vamos pensar um pouco antes de fazer essa transferência”. Eles foram às favelas ver o que estava acontecendo e descobriram que 80% dos favelados, dos chefes de família, não tinham trabalho. Uma situação desesperadora e o tráfico era a única alternativa que lhes restava.

Os professores se reuniram e discutiram então o que fazer. O fato é que eles acharam que cooperativa seria a solução. Então entraram em contato com os vizinhos e sugeriram que formassem uma cooperativa de trabalho na própria instituição. E até hoje, eu acho, é assim. Os homens passaram a ter uma atividade e as mulheres também, em função daquele acordo.

E como o senhor entra nessa história?

Havia professores de Campinas, eu pela USP, mas não éramos muitos. Nós começamos a estudar o assunto. Em 1995, fizemos a primeira reunião brasileira do que viria a ser economia solidária, na PUC de São Paulo. A imprensa não dava nada disso, como até hoje. O MST fazia economia solidária sem dar esse nome. O Gonçalo Guimarães que até hoje dirige a mais antiga incubadora do Brasil, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, também. Vieram umas 30 pessoas e fui surpreendente.

O MST já havia conseguido assentar muita gente e em 1983 já havia decidido que em todo assentamento haveria cooperativas. Eles foram a essa reunião na PUC contar essa história. O MST tinha apoio da Cáritas, que o ajudou a desenvolver a agroindústria nos assentamentos.

A Cáritas brasileira faz parte de uma rede de Cáritas no mundo inteiro e ela recolheu muitas contribuições das Cáritas europeias, dos Estados Unidos, porque a crise lá já estava superada, mas aqui não. Eles tinham recursos e os usaram para promover a economia solidária, que não tinha esse nome ainda. O nome surgiu durante a campanha eleitoral de 1996 para a prefeitura de São Paulo. A candidata do PT foi a Luiza Erundina, que acabou perdendo para o candidato do Paulo Maluf, o Celso Pitta. Fui secretário de planejamento do governo dela quando o desemprego atingiu o auge, naquele complicada política do (ex-presidente Fernando) Collor. Havia 1,6 milhão de desempregados em São Paulo. Sem o apoio dos empresários, o que sobrou dos nossos esforços foi uma importante cooperativa de catadores de lixo, que até hoje existe. Vieram as incubadoras, o MST, a CUT, ONGs. Eram movimentos sociais se organizando em torno de um objetivo comum.

Fizemos essa proposta de organizar os desempregados em cooperativas ao comitê do programa da campanha da Luiza Erundina, dirigido pelo Aloizio Mercadante. Ele acatou e perguntou: Singer como é você chama esse treco aí que você está propondo? Respondi: nem pensei nisso. Aí ele me perguntou se não queria chamar de economia solidária. Na hora percebi que era o melhor nome possível.

Até então ninguém havia usado esse nome?

Quem começou a escrever sobre economia solidária, mas com nome semelhante, economia de solidariedade, foi o chileno Luis Razeto, professor de economia aposentado. Mas só o conheci em 2008. Eu soube dele depois que a gente já tinha posto isso aí em marcha. Quem me apresentou a ele foi o Cláudio Nascimento, militante na época da ditadura, que foi exilado na Europa, e teve contato por lá com um movimento como o da economia solidária, mas não com esse nome. Descobrimos mais tarde que a economia solidária era praticada nos Estados Unidos, a partir do microcrédito, e as universidades americanas tiveram um papel importante nisso.

Como a economia solidária foi adotada de forma ampla pelo PT, a ponto de ganhar uma secretaria própria, a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes)?

Em 1991, com o desaparecimento da URSS, houve o desaparecimento do chamado socialismo existente – mas que de socialismo não tinha mais nada. Acabou a ideia de comunismo, e isso repercutiu no PT. O partido tinha de mudar e o socialismo era a proposta do PT desde a sua fundação. Isso causou uma reação forte nas bases operárias, camponesas etc. Elas não queriam nem ouvir falar em jogar fora o socialismo. Tinham toda razão, esse socialismo fracassou, mas não quer dizer que outras tentativas não possam ter sucesso.

Em meio à chamada crise mundial do socialismo, o Lula deu mais uma vez prova do seu gênio. Procurou o intelectual mais importante do PT, o professor Antonio Candido de Souza, e pediu que ele organizasse uma discussão em profundidade sobre o socialismo, porque a discussão poderia levar a uma divisão do PT. Isso foi por volta de 93. Vários intelectuais participaram. A economia solidária não era muito conhecida na época, mas organizamos debates inclusive sobre esse tema. Depois, em debates sobre desemprego, o PT entendeu que a economia solidária poderia trazer respostas para a questão e o partido assumiu o tema. Foi depois de todos esses debates que Lula colocou a economia solidária no programa dele.

Por que a Senaes faz parte do Ministério do Trabalho e Emprego?

A Senaes foi criada em 2003, quando o Lula tomou posse pela primeira vez. A Senaes faz parte do Ministério do Trabalho e Emprego porque a economia solidária se reconhecia como parte do movimento operário. O MTE é um ministério de proteção ao trabalhador, portanto parceiro dos sindicatos e de todas as formas de organização da classe trabalhadora. Nós somos uma secretaria dos movimentos sociais. Uma das coisas que me deixam orgulhoso é que os principais movimentos sociais do Brasil hoje estão na economia solidária. Não é que apoiem de fora, fazem economia solidária. E as mulheres são a vanguarda da economia solidária, no Brasil e em outros países.

A criação da Senaes foi fundamental para que o País tivesse uma política pública de economia solidária?

A economia solidária só existe no Brasil todo, acredito, por causa da secretaria. E do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, nosso grande parceiro. Sem o Fórum não tínhamos avançado. Ele foi criado junto com a secretaria, somos irmãos gêmeos. Uma grande parte das políticas em economia solidária surgiu por meio do Fórum. O próprio Fórum foi fomentando a criação de fóruns estaduais e hoje há ainda centenas de fóruns municipais. Mais da metade dos estados têm hoje leis de economia solidária, nós temos convênios com eles e com centenas de municípios.

O senhor vê a economia solidária como solução para a miséria e também alternativa real à economia capitalista?

Sim, é uma alternativa. As raízes da economia solidária estão lá atrás, com Robert Owen, considerado o pai do socialismo e um dos fundadores do cooperativismo, que foi administrador de uma grande tecelagem. Ele reduziu as jornadas de trabalho (no século 18), tirou as crianças das fábricas. Foi realmente um humanista e mestre de Marx e Engels. Ele criou toda uma organização para defender o socialismo e foi o primeiro grande líder da CUT da Grã-Bretanha, a primeira grande central sindical do mundo. Os trabalhadores partidários de Owen inventaram a autogestão. O princípio fundamental era a democracia, ninguém mandava em ninguém. Todo mundo, homem, mulher, jovem, velho. Isso vale para as cooperativas até hoje. No mundo, 1 bilhão de pessoas participam de cooperativas, segundo dados da Aliança Cooperativa Internacional. E cooperativa não é só cooperativa de trabalho. As cooperativas que têm mais sócios chamam-se cooperativas de crédito e são bancos cooperativos. Nós temos mais de mil no Brasil hoje.

A economia solidária é uma volta às origens do socialismo? Uma outra economia, sem patrões nem empregados, mas com trabalhadores solidários?

Sim, essa é a minha tese e não é utopia. Está sendo praticada. Em pelo menos 200 países. No Brasil, a característica da economia solidária é a presença de muitas cooperativas. Na prática, nós somos um exemplo de que a economia solidária é aplicação do cooperativismo.