![]() |
Beatriz Rodrigues com o exemplar do livro Raízes do Brasil. (FOTO/ Nicolau Neto). |
Antonio
Candido, autor do prefácio de Raízes do
Brasil, escrita por Sérgio Buarque de Holanda, a considera como um “clássico de nascença” ao inscrever-se como
uma fundadora do que se chama moderna historiografia e ciências sociais
brasileira. É sabido que a obra em análise para esta nova série deste Blog
passou por sucessivas revisões e a de 1936 (ano da primeira edição) é diferente
das edições posteriores. A que disponho é a 26ª edição datada de 1995.
Mas
para além das críticas construtivas comum a todos os livros, mas de forma
especial a esta por se tratar quer que se queira ou não de um “clássico” da historiografia
brasileira, pode-se dizer que Raízes do Brasil se propõe a analisar os processos
históricos que contribuíram negativa e positivamente (este bem menos) para a formação do Brasil
e ao discorrer sobre o que o autor chama de o “homem cordial” de forma “exacerbada”
e de certa maneira trabalha os sofrimentos causados a sociedade brasileira em
diversos aspectos – políticos, sociocultural e econômicos e também a falta de capacidade
de separação daquilo que é público do que é privado.
Quaisquer
que sejam as análises das renovações historiográficas que visem abordar as
questões trabalhadas nesta obra irão tê-la como suporte
documental/bibliográfico, pois trata-se de um ensaio que corrobora que pensemos
em como o Brasil foi desenhado e que esse desenho possui sobremaneira nas
inúmeras desigualdades que marca esse país e que contribui nos dizeres de João
Cezar de Castro Rocha pata que a gente seja ainda hoje um desterrado na própria
terra.
Tanto
o objeto de estudo proposto por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil
quanto as críticas a ela feitas ao longo de mais desses 84 anos não tem a
pretensão de esgotar as discussões e nem poderá.
O
livro que disponho foi editado em 1995 pela Companhia das Letras. É prefaciado
por Antônio Cândido e tem posfácio de Evaldo Cabral de Melo. Conclui sua
leitura ainda dentro da Universidade Regional do Cariri em 2009.
Sérgio
Buarque de Holanda foi considerado um dos mais influentes historiadores do
Brasil, tendo lecionado em várias escolas superiores, além de ter sido
catedrático de História da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia da Universidade
de São Paulo (USP) em 1956 e faleceu em 1982.
Não
encontrei o livro disponível para download, mas recomendo a leitura para quem
desejar adquiri-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!