Conheça Galo Preto, o mestre do coco no nordeste. (FOTO/ Marcelo Santos Braga). |
De
origem quilombola do agreste pernambucano, Tomás Aquino Leão, mais conhecido
por Galo Preto, é um dos mestres do coco nordestino. Desde os 8 anos imitava os
emboladores da região já ensaiando suas rimas de improviso, mas só aos 81 anos
teve oportunidade de gravar seu primeiro CD no ano de 2016. É um patrimônio
cultural do Estado quando se trata de coco, repente e embolada. Já cantou com
Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Arlindo dos Oito Baixos, dentre outros
ícones da cultura popular e tradicional da região, e participou de programas de
televisão como os do Chacrinha e do Silvio Santos.
Apesar
da conquista e felicidade pela gravação de sua primeira obra, por outro lado o
músico se entristece pelo fato de não ter recebido apoio através de políticas
públicas e dos responsáveis pela cultura popular brasileira. Seu disco
Histórias que andei foi contemplado no edital Rumo Itaú Cultural, e reúne 12
composições suas com arranjos de pandeiro e sanfona. Já tinha participado de
discos com outros artistas, mas nada que fosse exclusivamente seu. Tudo sempre
na improvisação, que é sua identidade musical.
Na
entrevista realizada antes da sua apresentação na Lapa, no Centro do Rio de
Janeiro, ele conta sobre seus primeiros contatos com a música e o episódio que
o levou à prisão injustamente durante dois anos. Acusado de liderar um grupo de
extermínio em 1992, quando na verdade estava prestando serviços de propaganda a
políticos locais, acabou sendo solto por falta de provas. Após muitos anos
produzindo jingles para políticos da região, faz críticas ao atual cenário
nacional e à falta de incentivo aos músicos populares.
Artigo
de Eduardo Sá. Clique aqui e confira integra da entrevista publicada
originalmente no Caros Amigos.
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