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(FOTO/ Pixabay). |
A
ideia de que o coronavírus foi criado em um laboratório de Wuhan, na China,
onde a pandemia começou, não tem fundamento. Serve apenas para alimentar
teorias conspiratórias. Essa é a opinião do professor de Zoologia do Instituto
de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Lahr.
“Sempre que surgem esses tipos de ideias elas
seguem um padrão. Existe muito pouca ou nenhuma evidência para esse tipo de
teoria. E existe também muito pouca adesão à metodologia científica vigente”,
afirmou Lahr, em entrevista ao jornalista Marco Piva, diretor de redação do
canal O Planeta Azul, no YouTube.
Neste
domingo (3), o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que
haveria “provas” de que a pandemia do coronavírus começou em um laboratório de
Wuhan, na China. Mas não mostrou essas provas. Em oposição a Pompeo, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) concorda com o paradigma da evolução das
espécies na ciência, e entende que o vírus surgiu de processos naturais.
“A gente sabe que a vida evolui no planeta e
um corolário obrigatório da Teoria da Evolução é que toda a vida tem uma única
origem. Então, a vida surge no planeta e ela vai se diversificando, novas
espécies vão surgindo. Existe um único diagrama que relaciona todas as espécies
do planeta”, afirma Daniel, referindo-se à árvore de relações entre os
seres vivos, que é um dos paradigmas da produção científica.
Segundo
esse diagrama, comenta o pesquisador, o vírus Sars-CoV-2, que provoca a
covid-19, “é um patógeno humano, cujo
parente mais próximo, é uma linhagem de coronavírus de morcegos. E o padrão
pelo qual isso se deu (a mudança genética) é totalmente dentro do esperado”,
avalia.
Pesquisa com anticoagulantes
A
pneumologista do Hospital Sírio Libanês Elnara Negri, também em entrevista a O
Planeta Azul, fala sobre a possibilidade de tratamento da covid-19 com
anticoagulantes. Ela descobriu que esse medicamento é eficaz no tratamento de
pacientes que apresentam queda de oxigenação no sangue. Isso ocorre porque a
doença provoca trombose nos pequenos vasos que irrigam o pulmão.
“A gente observou que dando doses de
anticoagulantes, ministradas de maneira precisa e sob supervisão médica diária,
esses pacientes pararam de piorar e começaram a melhorar rapidamente da queda
de oxigenação. Em muitos casos conseguimos evitar que eles fossem entubados”,
afirmou. Na entrevista, ela conta como chegou a essa constatação e quais serão
as próximas etapas da pesquisa.
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Com
informações da RBA.
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