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(FOTO/ André Borges/ Agência Brasília). |
Para
a educadora Deborah Monteiro existe a necessidade de uma reconstrução
curricular sob a perspectiva afro-brasileira. “Precisamos olhar para os movimentos negros, as rodas de capoeira e os
terreiros, entre outras manifestações, para desafiarmos a colonialidade do
saber”, descreveu a pesquisadora que foi a entrevistada desta quinta-feira
(7) no podcast Os Novos Cientistas. Ela é autora do estudo de mestrado Corpos negros e seus saberes no chão da
escola: oralitura e escrevivência por uma educação decolonial, que foi
apresentado na Faculdade de Educação (FE) da USP, sob orientação da professora
Ana Cristina Zimmermann.
Deborah
explicou o objetivo de sua pesquisa, que foi estudar expressões da
narratividade corporal negra brasileira, saberes ancestrais valiosos e tão
pouco reconhecidos. “São conhecimentos
essenciais à descolonização dos currículos escolares”, explicou. Ela contou
que observou em seus estudos o que ela chama de agência educativa decolonial da
população negra. “Refletimos sobre os
conceitos de oralitura e escrevivência em suas potencialidades decoloniais. No
chão da escola, experimentamos práticas comprometidas com a aplicação da lei
10.639/03 que contemplam nossos conceitos principais, a fim de investigar as
possibilidades de combate ao racismo escolar e à colonialidade”, descreveu.
Segundo
Deborah, as práticas investigadas na pesquisa foram importantes para constatar
a potência que a oralitura e a escrevivência têm na descolonização dos saberes
escolares, pela mobilização que promovem na escola ao privilegiar a
corporeidade negra como princípio metodológico do ensino aprendizagem.
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Por Antonio Carlos Quinto, no Jornal da USP.
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