O
professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henrique Cunha Jr ministrará
na próxima segunda-feira, 14, no Instituto Federal da Bahia (IFBA), em
Salvador, palestra acerca da temática “Urbanismo e África: 6 Mil Anos de
Construção de Cidades no Continente Africano”.
O
evento é uma ação do Departamento de Sociologia, Pedagogia e Psicologia – DSPP,
do IFBA, e do Grupo de Estudos Sobre Cotas Raciais. O professor convidado
tornou público em seu perfil na rede social facebook parte do que pretende
debater.
Segundo
Cunha Jr., o continente africano produziu “muitos dos conhecimentos da
humanidade, e por razões políticas não são divulgados como tal”. Ao
desmistificar o eurocentrismo, o professor argumenta que
“O que
é, é conseqüência do escravismo criminoso nas Américas e das invasões de
dominação do continente africano, aquilo que eles denominam colonização
africana, omitindo os imensos massacres e as destruição de mais de 100 cidades
importantes com seus centros de educação e cultura”.
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Professor Dr. Henrique Cunha Jr. Foto/ Facebook. |
Cunha
Jr., sustenta ainda que “todos os filósofos gregos estudaram na África antes de
começar existir filosofia grega, sendo muitos dos filósofos citados como gregos
não são verdadeiramente gregos” e cita como exemplo Tales de Mileto. “Mileto é Jônia, hoje Turquia”. Ao discorrer
sobre conquistas territoriais, o professor foi taxativo ao desmistificar o que
ainda hoje é lecionado em sala. Para ele, o Egito não se configurou como
colônia grega. E pontua:
“O Egito nunca foi tomado pelos gregos como a
história afirma, foi sim tomados pelos Macedônios, que dominavam os gregos e
daí levados os ao Egito. Alexandre o Grande da Macedonia, é quem toma o Egito
dos invasores persas e restabelece os faraós e permite uma grande influência da
Grécia...”
Abaixo
integra do texto
O
continente africano desenvolveu importantes civilização, povos que produziram
muitos dos conhecimentos da humanidade, e por razões políticas não são
divulgados como tal. Existe a força atual do eurocentrismo e da cultura
universitária brasileira eurocêntrica. O pessoal aqui sonha em ser uma Europa,
sem contudo reconhecer o é e o que foi a Europa. O que é, é conseqüência do
escravismo criminoso nas Américas e das invasões de dominação do continente
africano, aquilo que eles denominam colonização africana, omitindo os imensos
massacres e as destruição de mais de 100 cidades importantes com seus centros
de educação e cultura. A Europa foi muita atrasada até a idade denominada de
média, por isto eles definem a Europa a partir da Grécia, que foi uma parte
menos atrasada, entretanto a Grécia tem a sua história contada de forma
distorcida. O denominado berço da filosofia, onde importou parte da filosofia
da África e da Mesopotâmia. Todos os filósofos gregos estudaram na África antes
de começar existir filosofia grega, sendo muitos dos filósofos citados como
gregos não são verdadeiramente gregos. Tales de Mileto é um exemplo, Mileto é
Jônia, hoje Turquia. Também citam territórios que teriam sido dominados pelos
gregos, o que não se configura como verdade na história. O Egito nunca foi
tomado pelos gregos como a história afirma, foi sim tomados pelos Macedônios,
que dominavam os gregos e daí levados os ao Egito. Alexandre o Grande da
Macedonia, é quem toma o Egito dos invasores persas e restabelece os faraós e
permite uma grande influência da Grécia, no entanto o Egito não se configurou
como colônia grega e muitos dos feitos realizados na cidade Alexandria, no
Egito, feito por egípcios, utilizando a língua grega, consta na história como
gregos, e justifica que o Egito era colônia grega. Dois erros graves, não foi
colônia, e mesmo que tivesse sido, não transforma os pensadores egípcios em
gregos por utilizarem a língua grego.
Outra
razão do afastamento dos africanos da historia é devido ao marxismo. O marxismo
é baseado na história da Europa e toma o fato da Europa como o mais importante
evento da história da humanidade, sem olhar a historia antiga da Asia e da
Africa, sendo acredita que as sociedades no mundo repetiriam a história da
Europa. Um erro grande, sejam o Brasil esteve sobre escravismos criminoso
quando o escravismo já tinha terminado na Europa, e nós não tivemos a fase
intermediaria entre o escravismo criminoso e o capitalismo racista.O Brasil não
teve feudalismo, e nem terá. O capitalismo no Brasil é racista antinegro, o da
Europa também, mas o marxismo não considera a existência de racismos, não cabe
na teoria de classes econômicas o racismo. O marxismo tem a sua importância mas
também tem seus erros, que são sempre omitidos. Bom estes fatos levaram a uma
omissão sobre os africanos na história da humanidade, e, portanto da história
das civilizações, das civilizações através das histórias das construções de
cidades, no entanto o continente africano tem uma história de 6000 anos de
urbanizações diversas, de princípios urbanos diversos e da utilização de
variados materiais, da produção de variadas formas urbanas. Isto é falaremos na
segunda feira na palestra no IFBA. Bom espero vocês e seus amigos La.