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Curso “Intelectuais Negros Brasileiros” está disponível no acervo do SESC Digital

 

Curso “Intelectuais Negros Brasileiros” está disponível no acervo do SESC Digital. (FOTO/ Reprodução/ SESC Digital).

Por Nicolau Neto, editor

O CEERT divulgou no fim da tarde desta sexta-feira, 16, o curso “Intelectuais Negros Brasileiros”. Disponível no acervo do SESC Digital, ele foi ministrado por Matheus Gato, que é professor do departamento de Sociologia da Unicamp, Cientista Social pela UFMA, Mestre e Doutor em Sociologia pela USP.

Segundo o CEERT, as aulas abordam as trajetórias desses intelectuais à luz dos seus contextos e em diálogo com as produções dos campos das relações raciais e da sociologia da cultura.

Luiz Gama, Lima Barreto, Nascimento Moraes, Manuel Quirino, Maria Firmina dos Reis, Clóvis Moura,  Edison  Carneiro, Guerreiro Ramos, Milton Santos, Abdias do Nascimento, Oswaldo de Camargo, Lélia Gonzalez e Beatriz do Nascimento estão entre os intelectuais citados.

Segundo Matheus, “os intelectuais negros brasileiros são figuras expressivas no campo da cultura e da política brasileiras, ao menos desde o império até os dias atuais. Contudo os contextos históricos e culturais específicos do país conformam tipos e perfis distintos dessa fracção da inteligência nacional”.

Clique aqui e confiras aulas.

Pesquisadores debatem equidade racial na educação básica na 1ª Jornada Anansi

 

Pesquisadores debatem equidade racial na educação básica na 1ª Jornada Anansi.

Evento aconteceu em 24 e 25 de maio e contou com a apresentação de projetos e pesquisas no campo da educação antirracista.

No evento foram apresentados projetos pedagógicos e práticas de gestão antirracistas que acontecem em escolas públicas das cinco regiões do país, além de indicadores qualitativos e quantitativos, fruto de estudos e pesquisas sobre questões étnico-raciais na educação básica, realizados por pesquisadores, em sua maioria, mulheres negras com pós-graduação no campo da Educação, que compõem uma rede de articulação e sustentação do Anansi Observatório de Equidade Racial na Educação Básica. Assista aqui.

“São iniciativas de extrema pertinência, relevância e resiliência que, apesar das condições adversas agravadas pela pandemia, constituem uma resposta ativa de pesquisadoras negras a partir do chão da escola, mobilizando redes de gestores e professores de todo o Brasil para trabalharem pela promoção da equidade racial na educação” afirmou a Profa. Dra. Cida Bento, fundadora e conselheira do CEERT.

O evento marcou o lançamento da plataforma que tem como objetivo monitorar e sistematizar informações para o controle social do cumprimento das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 nos sistemas de ensino. Acesse a plataforma aqui.

Na abertura, no dia 24, Daniel Bento Teixeira, diretor executivo do CEERT, e os representantes das instituições parceiras do Anansi, Angela Dannemann (Itaú Social) e Ricardo Henriques (Instituto Unibanco) ressaltaram a importância da promoção da equidade racial para avanço da qualidade da educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio.

Na primeira mesa temática, com a mediação da Profa. Dra. Cida Bento, conselheira do CEERT, o pesquisador Alan Alves Brito, coordenador do Projeto “Zumbi-Dandara dos Palmares: desafios estruturais e pedagógicos da Educação Escolar Quilombola para a promoção da equidade racial no Brasil do século XXI” apresentou uma análise e indicadores inéditos sobre o cenário da educação escolar quilombola, com base em projetos que envolveram 142 escolas e 15 mil pessoas. 

No dia 25, o debate mediado pelo Prof. Dr. Delton Aparecido Felipe, representante da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), explorou temas relacionados à educação infantil a partir do projeto “Por uma infância escrevivente: práticas de uma educação antirracista”, coordenado pela Profa. Fátima Santana Santos, coordenadora pedagógica do CEMEI Dr. Djalma Ramos (BA), selecionado no Edital “Equidade Racial na Educação Básica”. A Profa. Graça Gonçalves da Universidade Federal Fluminense) e consultora do CEERT também contribuiu com a discussão. 

A educação da adolescência e juventude foi o tema da última mesa da jornada, mediada por Sonia Dias, coordenadora de programas no Itaú Social, a partir da experiência do Projeto “Ressignificando as Relações Étnico-raciais e de Gênero: pensando os conteúdos, conhecimentos, saberes e práticas escolares a partir das africanidades”, coordenado pela Profa. Vanderleia Reis, e selecionado pelo Edital “Equidade Racial na Educação Básica''. O debate contou com a participação da Profa. Wilma de Nazaré Baía Coelho, da Universidade Federal do Pará e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). Confira a íntegra do segundo dia da jornada aqui.

O evento online e ao vivo teve uma participação ativa da audiência pelo chat, que demonstrou interesse principalmente pelos materiais pedagógicos desenvolvidos no escopo dos projetos apresentados, disponibilizados na plataforma do Anansi Observatório de Equidade Racial na Educação Básica.

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Com informações do CEERT.

Conheça o hotsite do ANANSI - Observatório da Equidade Racial na Educação Básica!

 

ANANSI - Observatório da Equidade Racial na Educação Básica!/Imagem: CEERT

Está no ar o hotsite do ANANSI - Observatório da Equidade Racial na Educação Básica. Confira neste link.

O Observatório visa contribuir no monitoramento e controle social da equidade racial na educação no Brasil, a partir da produção, troca e compartilhamento de conteúdos, além da incidência em políticas públicas. Lançado em dezembro, o projeto ganha o hotsite e fortalece também a mobilização de pesquisadores/as.

A produção de conhecimento objetiva subsidiar e qualificar o debate público para a agenda da equidade racial na educação e fortalecer o controle social do cumprimento da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), obrigando o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira.

Além de produzir e compartilhar conteúdos e referências teórico-metodológicas, o ANANSI reunirá parceiros no campo da sociedade civil organizada e entidades públicas, articulando redes de observação, informação e ação coletiva no campo da educação básica.

Grupo de pesquisadores/as

Em evento realizado pelo CEERT em 9 de fevereiro, o grupo de pesquisadores/as e supervisores/as do Edital Equidade Racial na Educação Básica: Pesquisas Aplicadas e Artigos Científicos, debateu formas de contribuir e fortalecer o Anansi.

“O ANANSI está muito vivo no CEERT desde o primeiro semestre de 2021, quando a nossa conselheira Flávia de Oliveira nos impulsionou a compartilhar o rico acúmulo do CEERT na área da educação básica considerando o forte impacto da pandemia Covid19 na vida educacional do alunado negro brasileiro. Nossa atuação pode e precisa ser, incisiva, a partir do conhecimento de mais de 30 anos”, disse Cida Bento, conselheira da organização.

Cida ainda citou o ANANSI como um espaço importante para compartilhamento de resultados e impactos dos trabalhos de educação antirracista realizados pelos pesquisadores/as do Edital, nas cinco regiões do Brasil, em um ano tão emblemático, como o de 2022, onde nós temos um processo eleitoral e queremos incidir nos programas do Executivo e dos parlamentares, pressionando pela implementação da Lei 10.639/03

Objetivos

Segunda Maria das Graças Gonçalves, especialista do CEERT e Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), o ANANSI visa contribuir com informações que traçam cenários da temática e com ações estratégicas para a Lei 10.639/2003 seguir fortalecida como principal marco regulatório do combate ao racismo e a construção de equidade racial, como agenda norteadora das políticas educacionais brasileiras.

O segundo objetivo é analisar e acompanhar resultados de ações institucionalizadas, transversais nos sistemas de gestão, ensino e formação, dando transparência aos dados da situação educacional da população negra local, regional e nacional.

“Nosso principal interesse é agilizar as comunicações e por isso pensamos em diferentes redes, se articulando na nossa base. A gente pensa em colaboradores e parceiros alimentando e fortalecendo os dados de educação antirracista”, diz a professora.

Eixos

Na reunião com os pesquisadores, foram debatidos três dos eixos de ação do Anansi: advocacy, indicadores e projetos.

Daniel Bento Teixeira, diretor-executivo do CEERT, ressalta que as ações do eixo de Advocacy são estruturantes da missão central do observatório, envolvendo a defesa dos direitos da criança e do adolescente – sobretudo o direito à educação.

“Temos a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e sobretudo a LDB, juntamente com uma legislação internacional, como um arcabouço normativo. São os instrumentos legais que a gente tem para fazer o questionamento nas instâncias do poder executivo ou judiciário, junto ao Ministério Público. A ideia é que o ANANSI receba dos municípios as percepções e evidencias sobre a implementação da lei, em parceria com organizações locais da sociedade civil ligadas ao movimento negro, promovendo essa prática de defesa de direitos”, explica o diretor-executivo.

Já o Eixo Indicadores, segundo Mario Rogério, diretor do CEERT, contribui na sistematização e disponibilização de dados quantitativos e qualitativos.

“Temos focado na importância da coleta do quesito cor e na qualidade dos dados em pesquisas, com o objetivo de produzir indicadores e divulgar análises, criando uma ponte de acesso aos indicadores educacionais de uma forma fácil e simples. A ideia é que profissionais de educação tenham informações muito precisas para o dia a dia no avanço da equidade racial na educação básica”, explica Mario Rogério.

O Eixo Projetos e Materiais reúne estudos, pesquisas, formação e desenvolvimento de materiais no campo da educação básica, disponibilizando conteúdos para consultas, replicação e ampliação. É um espaço virtual para intercâmbio de experiências exitosas em ações antirracistas.

História

Em mais de 30 anos de atuação, o CEERT realiza ações visando a equidade racial na educação, a partir da formação de professoras/es, gestoras/es e subsídios ao ensino antirracista, reunindo significativo acervo. Desde 2020, o Edital Equidade Racial na Educação Básica identifica e apoia pesquisas aplicadas, que apontem soluções para os desafios da construção da equidade racial na educação básica no Brasil. Saiba mais sobre os resultados da iniciativa neste link.

O CEERT entende que a promoção da educação antirracista é essencial para o combate ao racismo estrutural e para a construção da equidade racial, como agenda norteadora das políticas educacionais brasileiras. Assim, o convite é tecer coletivamente a teia da educação as relações étnico-raciais.

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Com informações do Ceert.

Equipe do Site CEERT recomenda Blog Negro Nicolau como referência


Equipe do Site CEERT recomenda Blog Negro Nicolau como referência.
(FOTO/Reprodução/Instagram).

Texto: Nicolau Neto

O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) é uma organização não-governamental brasileira que foi fundada em 1992. A ONG procurara garantir os direitos da população negra apoiando a luta pelo fim das desigualdades étnico-raciais e o preconceito existente. O CEERT desenvolve projetos que procuram facilitar à população negra ter acesso igual na justiça e no trabalho. A iniciativa do projeto veio de 3 pessoas, Hédio Silva Jr, Ivair Augusto Alves dos Santos e Maria Aparecida Silva Bento.

Alunas da Escola Welington Belém de Figueiredo tornam-se destaque nacional



A análise, reflexão e o debate maduro organizado pelas alunas e alunos da Escola Estadual de Educação Profissional Escola Welington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda-Ce, acerca do dia internacional da mulher – na última quarta-feira, 08, foi destaque a nível nacional em matéria do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

O CEERT é um dos principais sites do país e reproduziu as ações organizadas pelo Grêmio Estudantil da referida escola que, dentre outras, em roda de conversas refletiram acerca de temas importantes como desigualdade de gênero, racismo, a misoginia, violência física e psicológica, representatividade feminina nos espaços de poder, empoderamento feminino, feminismo, machismo, legalização do aborto, os impactos que a reforma da previdência irá causar nas mulheres e lutas dos movimentos feministas no Cariri.

A matéria foi publicada em primeira mão no blog da escola e reproduzida no CEERT na tarde desta segunda-feira, 13.



Ignorada por sites cearenses, matéria do Blog Negro Nicolau repercute nacionalmente


Foi aprovado na última sexta-feira, 13, pelo Poder Legislativo de Altaneira, um projeto de lei que coloca este município na lista dos mais de 1.000 que incluíram no seu calendário o dia 20 de novembro como feriado oficial.

O projeto de Lei é de autoria do ex-vereador Deza Soares instituindo ponto facultativo nos setores públicos no dia 20 de novembro, dia nacional da consciência negra, sendo comemorado com atividades diversas relacionadas a temática, principalmente em setores como educação e cultura e foi fruto da visita deste professor, ativista do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) e blogueiro à Câmara Municipal no dia 25 de novembro de 2016 para apresentar dados chocantes das desigualdade ao qual o povo negro está submetido.

Naquela oportunidade, falei sobre a simbologia do Dia Nacional da Consciência Negra e de diversos temas correlacionados ao dia, como por exemplo, o racismo, a intolerância religiosa, a representatividade (ou a falta dela) negra nos espaços de poder e das desigualdades social e racial oriundos deles. Para tanto, demonstrei dados do IBGE apontando que mais da metade da população no Brasil (53%) é negra, mas que essa mesma classe está subrepresentada nos mais variados espaços de poder.

A matéria sobre a aprovação do projeto acima citado foi publicado em primeira mão neste blog e como sempre enviamos para os principais sites do Estado do Ceará. Enviamos ainda para alguns jornalistas conectados a mim pela rede social facebook. Nenhum portal reproduziu o texto e os jornalistas responderam o que costumam responder – “há outras matérias em pauta” e “iremos encaminhar para nossa equipe de redação” – mas até o momento nenhum deles publicou.

O mesmo não acontece com um dos principais sites do país. O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) que todas as vezes que escrevemos acerca de temas relacionados à diversidade étnica dá destaque, mais uma vez reproduziu.


Reprodução do site CEERT.