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A um público de mais de 200 mil pessoas, Lula exaltou o povo nordestino. "Nordeste é exportador de dignidade"


Mais de 200 mil pessoas cantaram pela democracia com mais de 40 artistas
por mais de 8 horas de shows. (FOTO/ Ricardo Stuckert).

Em um discurso carregado de gratidão às pessoas que o apoiaram na Vigilía Lula Livre e por meio dos comitês espalhados por todo o país durante os 580 dias encarcerado na sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  exaltou o povo nordestino no Festival com Lula Livre, no começo da noite de hoje (17), em Recife.

Festival Lula Livre leva 80 mil pessoas à Praça da República


Dezenas de milhares de pessoas participaram da terceira edição do Festival
Lula Livre, em defesa da liberdade do ex-presidente / Ricardo Stuckert.

A chuva não intimidou os paulistanos neste domingo (2). Cerca de 80 mil pessoas, segunda a organização, passaram pela terceira edição do Festival Lula Livre, que contou com a apresentação de dezenas de artistas de diversos estilos. Palavras de ordem pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram presentes do começo ao fim do festival.

Ignorado pela mídia tradicional, Festival Lula Livre ganha as redes e a mídia internacional


Rede Globo lidera mídia tradicional na tentativa de ignorar liderança e preferência por Lula nas eleições, mas atos como o festival desde sábado mostram que apoio popular ao ex-presidente segue em crescimento.
(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula).

Apesar de ignorado pela Rede Globo e por veículos da mídia tradicional, o Festival Lula Livre terminou o sábado (28) em primeiro lugar nos assuntos mais comentados noTwitter no Brasil – e, em alguns momentos, em terceiro no mundo – e foi tema de reportagens de agências internacionais de notícias, reproduzidas por jornais de todo o mundo.

Com o título de "Celebridades brasileiras realizam show 'Lula Livre' no Rio", a Associated Press afirma que, apesar de preso, Lula segue sendo o mais popular político brasileiro e lidera com folga as pesquisas eleitorais do país. A reportagem foi reproduzida em jornais como New York Times, Washington Post, Herald & Tribune e outros.

A repercussão do festival nas redes sociais dos veículos da mídia progressista confirma que a omissão do jornalismo da Rede Globo não foi suficiente para diminuir o alcance e a importância do ato histórico em defesa da democracia, da liberdade de Lula e do seu direito a disputar as eleições como candidato à Presidência da República.

A TVT, que transmitiu o festival direto do Arcos da Lapa, no centro do Rio, está desde a manhã deste domingo (29) entre os dez vídeos mais assistidos do Youtube e, até as 14h, registrava 72 mil visualizações. No Facebook, a transmissão tinha 122 mil visualizações e 3,6 mil compartilhamentos até o mesmo horário.

Apesar, porém, de desde a tarde do sábado as evidências de que o Festival Lula Livre seria um sucesso, a edição do Jornal Nacional dedicou apenas 40 segundos segundos ao evento. Em uma nota coberta por imagens, o maior tempo foi dedicado ao confisco de algumas bandeiras e faixas do PT, numa operação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), alegando campanha eleitoral antecipada. A emissora afirmou que se tratava de "um festival com artistas famosos" e que Lula estava preso por uma condenação em segunda instância, numa tentativa de o tamanho da liderança do ex-presidente e do anseio popular pela sua candidatura, como demonstram todas as pesquisas eleitorais. (Com informações da RBA).


Na voz de Chico Buarque e Gilberto Gil, cálice é um grito contra a nova forma de ditadura


Gilberto Gil e Chico Buarque se apresentam no festival Lula Livre, na Lapa, Rio de Janeiro. (Foto: Mídia Ninja).


Chico Buarque e Gilberto Gil fecharam a noite do Festival Lula Livre, no Rio, neste sábado (28). Os artistas, que não se reuniam para uma apresentação musical desde o período da ditadura militar no Brasil, pediram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Chico e Gil cantaram "Cálice", canção emblemática que retrata o silenciamento, a censura, as torturas, desaparecimentos e mortes ocorridas durante os anos de chumbo no Brasil. Os artistas foram massivamente acompanhados pelo público, que gritava "Cale-se!" entre os versos da música.

Na sequência, Chico Buarque cantou "As Caravanas", que demonstra com ironia a aversão das classes abastadas em relação ao povo. Gil emendou com "Aquele Abraço", considerada um hino da cidade. Beth Carvalho, que já havia se apresentado, subiu ao palco, formando um trio com Chico e Gil para encerrar com o samba "Deixa a vida me levar".

Ao longo do dia, dezenas de artistas brasileiros e latino-americanos fizeram manifestações no palco do Festival pela liberdade de Lula e pelo direito de o ex-presidente, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, concorrer nas eleições de outubro.

O lema "Lula Livre" ecoou em várias línguas entre as 80 mil pessoas que chegaram cedo aos Arcos da Lapa, no centro da cidade. A venezuelana Cecilia Todd e o cubano Eduardo Sosa ressaltaram, entre suas músicas, o papel do ex-presidente como liderança que ajudou a unir os latino-americanos.

Já o músico argentino Bruno Arias recitou um poema feito para o ex-presidente e lembrou o líder venezuelano Hugo Chávez, falecido em 2013, estaria completando 64 anos.

O ator Herson Capri emocionou o público ao ler a carta que Lula escreveu para o festival. Nela, o ex-presidente ressaltou o papel dos artistas e intelectuais na sociedade e nos enfrentamento das dificuldades.

"Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?", diz um trecho da carta.

Um dos amigos mais próximos de Lula, o teólogo Leonardo Boff relatou algumas das visitas ao ex-presidente, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Boff pregou um Brasil mais solidário e com menos injustiças sociais.

O cantor Filippe Catto também pediu liberdade para o ex-presidente e disse que a população não pode se deixar ser massacrada pelo fascismo da extrema-direita que avança no país e tenta achatar as diferenças, apagar a luta das minorias.

Além de gritarem "Lula Livre" com o povo, os cantores e compositores Chico César e Marcelo Jeneci também lembraram de episódios recentes trágicos, como o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) em março, crime que até hoje não foi solucionado pela polícia e pelas autoridades estaduais e federais. (Com informações do Brasil de Fato).