Coletivo cria perfil para empoderar mulheres negras

O coletivo tem o intuito de unir mulheres negras. (FOTO | Reprodução | Redes Sociais).

O coletivo de mulheres negras “Digitais Pretas” criou um perfil no Instagram para empoderar e, segundo elas, “mostrar a beleza, capacidade e pluralidade das mulheres negras”. Néllys Corrêa, criadora de conteúdo e uma das fundadoras do Digitais Pretas, conversou com o Notícia Preta e relatou a importância da representatividade em todas as áreas. “Sou criadora de conteúdo nas redes sociais e por muito tempo achei que eu não teria um lugar pois estava fora do padrão exigido. Não via rostos parecidos com o meu, e os poucos que via, não tinham o reconhecimento merecido”, afirma.

Néllys ressalta ainda a importância do Ubuntu nas relações afetivas entre mulheres negras, fortalecendo os laços para crescimento mútuo. “Juntas somos mais fortes ou mulheres empoderando mulheres, estas poderiam ser algumas das definições  sobre este projeto, mas não seriam suficientes para descrever o bem que tem espalhado e a soma que tem realizado na rede social”, define.

Faixas etárias

Segundo ela, mulheres negras começam a sofrer os efeitos sociais desde a escola, quando os cabelos não podem ser naturais, para que as crianças possam socializar com outras, de pele mais clara e cabelos lisos. Desta forma, o perfil ajuda na conscientização de pretas de todas as idades. “Vão desde meninas sonhadoras a mulheres maduras, passando por maquiagem, autocuidado, profissionais de saúde, beleza, donas de casa, modelos, mães reais, filhas e esposas. Aqui o padrão é não ter padrão”, ressalta. 

Néllys enfatiza ainda que o coletivo tem como objetivo fortalecer e abrir as portas para mulheres pretas que, por muito tempo, foram e são silenciadas. “Essas mulheres têm muito a dizer, cada uma dentro do seu nicho, dentro do seu protagonismo, sem ser uma melhor que a outra. Aqui, contempla-se as individualidades, tornando um grupo forte e tão plural, cheio de singularidades potentes”, elucida.

Além da beleza

A fundadora do coletivo ainda lembra que o grupo conta com reuniões quinzenais para troca de experiências profissionais, incentivo do afroempreendedorismo e protagonismo. “Estamos conduzindo o perfil com empatia, generosidade e amor abrindo muitos mais espaços para a ocupação preta dessas poderosas, fazendo com que nós sejamos as protagonistas das nossas histórias. Há lives de apresentação e ainda lives e parcerias entre essas mulheres que fazem do coletivo mais que uma rede social, encontraram e tornaram ali uma rede de apoio de pretas, por pretas e para pretas”, finaliza.

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Com informações do Notícia Preta.


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