BIOGRAFIA (curta)
Abdias Nascimento (1914-2011), poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico e ativista pan-africanista, fundou o Teatro Experimental do Negro e o projeto Museu de Arte Negra. Suas pinturas, largamente exibidas dentro e fora do Brasil exploram o legado cultural africano no contexto do combate ao racismo. Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York, ele foi deputado federal, senador da República e secretário do governo do Estado do Rio de Janeiro.
BIOGRAFIA
Abdias
Nascimento foi Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York em
Buffalo, EUA, onde fundou a cátedra de Culturas Africanas no Novo Mundo do
Centro de Estudos Portorriquenhos, Departamento de Estudos Americanos. Foi
professor visitante na Escola de Artes Dramáticas da Universidade Yale
(1969-70); Visiting Fellow no Centro para as Humanidades, Universidade Wesleyan
(1970-71); professor visitante do Departamento de Estudos Afro-Americanos da
Universidade Temple, Filadélfia (1990-91) e professor visitante no Departamento
de Línguas e Literaturas Africanas da Universidade Obafemi Awolowo, Ilé-Ifé,
Nigéria (1976-77).
Nasceu
em março de 1914 em Franca, Estado de São Paulo, neto de africanos
escravizados. Seu pai era sapateiro e músico; sua mãe doceira. Sua família era tão pobre que, mesmo sendo
filho de sapateiro, passou a infância descalço. Trabalhou desde os sete anos de
idade. Completou o segundo grau, com diploma em contabilidade, em 1928.
Formou-se como economista pela Universidade do Rio de Janeiro em 1938. Fez
pós-graduação no Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), em 1957, e
em Estudos do Mar (Instituto de Oceanografia, 1961).
Abdias
Nascimento é Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
da Universidade Federal da Bahia, da Universidade de Brasília, da Universidade
do Estado da Bahia, e da Universidade Obafemi Awolowo em Ilé-Ifé, Nigéria.
Alistando-se
no Exército, Abdias Nascimento saiu de Franca em 1929 e foi para a capital
paulista, onde participou da Frente Negra Brasileira da década dos 1930. Foi
organizador do Congresso Afro-Campineiro, que protestou contra a discriminação
racial e discutiu as relações raciais na cidade de Campinas, interior do Estado
de São Paulo, em 1938. Participou dos movimentos de protesto contra o regime do
Estado Novo, o que lhe valeu uma prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional.
Por resistir à discriminação racial na capital de São Paulo, foi preso na
Penitenciária de Carandiru por dois anos. Em 1943, fundou naquela instituição o
Teatro do Sentenciado, cujos integrantes, todos prisioneiros, criavam,
ensaiavam e apresentavam seus próprios espetáculos teatrais; também ajudou a fundar
o jornal dos prisioneiros.
Fundou
no Rio de Janeiro, em 1944, o Teatro Experimental do Negro, entidade que rompeu
a barreira racial no teatro brasileiro. Foi a primeira entidade afro-brasileira
a ligar a luta pelos direitos civis e humanos dos negros à recuperação e
valorização da herança cultural africana. Denunciando a segregação no teatro
brasileiro, sobretudo a prática de pintar atores brancos de negro para
desempenharem papéis dramáticos, o TEN oferecia cursos de alfabetização e de
cultura geral a seus integrantes: empregados domésticos, trabalhadores e
operários, desempregados e funcionários públicos diversos. Formou a primeira geração
de atores e atrizes negros e favoreceu a criação de uma dramaturgia que
focalizasse a cultura e a experiência de vida dos afro-brasileiros.
Sob
a liderança de Abdias, o TEN organizou a Convenção Nacional do Negro (Rio de
Janeiro/ São Paulo, 1945-46), que propôs à Assembléia Nacional Constituinte a
inclusão de um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como
crime de lesa-Pátria e uma série de medidas afirmativas anti-discriminatórias.
O TEN realizou também a Conferência Nacional do Negro (Rio de Janeiro, 1949), e
o 1o Congresso do Negro Brasileiro (Rio de Janeiro, 1950).
Abdias
Nascimento foi um dos principais organizadores do Comitê Democrático
Afro-Brasileiro, entidade que lutou pela libertação dos presos políticos do
Estado Novo, e editou o jornal Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações do Negro.
À frente do TEN, ele organizou, ainda, exposições artísticas e concursos de
beleza. O Concurso de Artes Plásticas sobre o tema do Cristo Negro, organizado
pelo TEN, realizou-se na ocasião do 36o Congresso Eucarístico Mundial no Rio de
Janeiro.
À
frente do TEN, Abdias mantinha contato com os movimentos de libertação
africanos e com o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ele e os
artistas e intelectuais associados ao TEN eram os principais, talvez os únicos,
partidários no Brasil do movimento da Negritude liderado por Léopold Senghor,
Aimé Cesaire e Léon Damas. Entretanto, eles foram excluídos da delegação
oficial brasileira ao 1o Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), realizado
no Senegal como afirmação internacional do Presidente Senhor do valor da
cultura africana e da Negritude. A Carta Aberta a Dacar, escrita por Abdias
Nascimento, denunciava o processo que levou a essa exclusão e foi publicada na
prestigiosa revista Présence Africaine. Trata-se do primeiro protesto de um
intelectual afro-brasileiro a ser ouvido por um público africano mundial contra
a discriminação racial no Brasil.
Entre
1950 e 1968, Abdias Nascimento era o curador fundador do projeto de Museu de Arte
Negra, iniciativa do Teatro Experimental do Negro em cumprimento de uma
resolução do Congresso do Negro Brasileiro de 1950. A exposição inaugural se
realizou no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, no ano de 1968.
Nesse
período, Abdias atuava no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), principal força
política de oposição ao regime autoritário instituído pelo golpe militar de
1964.
Pouco depois de inaugurar a exposição do Museu de Arte Negra, Abdias Nascimento viajou aos Estados Unidos, com apoio da Fundação Fairfield, com o objetivo de realizar intercâmbio entre os movimentos norteamericano e brasileiro de promoção dos direitos civis e direitos humanos da população negra. Alvo da repressão policial do regime militar, ele não pôde retornar ao país em razão das medidas autoritárias do Ato Institucional n. 5, promulgado em dezembro daquele ano. Durante 13 anos, viveu no exílio nos Estados Unidos e na Nigéria.
Durante
esse período, Abdias Nascimento participou de inúmeros eventos do mundo
africano e em outros organizados por entidades afro-americanos dos Estados
Unidos. Assim, ele introduziu a população negra do Brasil ao palco da história
africana mundial. Até então, os eventos internacionais africanos não incluíam
quase nenhuma representação da América Central ou do Sul. Abdias Nascimento
participou da reunião preparatória (Jamaica, 1973) e do 6o Congresso
Pan-Africano (Dar-es-Salaam, 1974). Participou do Encontro sobre Alternativas
do Mundo Africano e 1o Congresso da União de Escritores Africanos (Dacar,
1976), bem como do 1o e do 2o Congressos de Cultura Negra das Américas (Cali,
Colômbia, 1977; Panamá, 1980). Neste último, foi eleito vice-presidente e
coordenador do 3o Congresso de Cultura Negra das Américas.
Durante
esse período de exílio, desenvolveu sua extensa obra de artista plástico, na
maior parte pintura, que trabalha temas da cultura religiosa da diáspora
africana e da resistência à escravidão e ao racismo. Suas telas foram
largamente exibidas nos Estados Unidos em galerias, museus, universidades e
centros culturais como o Studio Museum in Harlem, Universidades Yale e Howard,
o Museu da Associação dos Artistas Afro-Americanos, o Museu Ilê-Ifé de
Filadélfia, o Centro Cultural do Inner City de Los Angeles, e muitos outros
(ver lista de exposições em anexo).
Em 1978, voltou ao Brasil e participou dos protestos e atos públicos e das reuniões de fundação do Movimento Negro Unificado contra o Racismo e a Discriminação Racial, hoje MNU. Também ajudou a criar o Memorial Zumbi, organização nacional que reunia entidades de promoção dos direitos civis e humanos da população negra de todo o pais; ele serviu como o seu presidente de 1989 até 1998.
Retornando
definitivamente ao Brasil em 1981, fundou o Ipeafro – Instituto de Pesquisas e
Estudos Afro-Brasileiros, que organizou o 3o Congresso de Cultura Negra nas
Américas (São Paulo, 1982) e o Seminário Nacional sobre 100 Anos da Luta de
Namíbia pela Independência (Rio de Janeiro, 1984). Estes eventos foram as
primeiras oportunidades em que o Brasil recebeu uma representação do Congresso
Nacional Africano (ANC) da África do Sul e da Organização do Povo do Sudoeste
da África (SWAPO) da Namíbia. O Ipeafro criou um dos primeiros cursos de
preparação de professores para a introdução da história e da cultura africanas
e afro-brasileiras no currículo escolar, o curso Sankofa que se realizou na
Pontifícia Universidade Católica e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
no período de 1984 a 1995.
Durante
o exílio, Abdias Nascimento trabalhou com Leonel de Moura Brizola para criar a
organização que viria o Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Brasil. Como
resultado dos esforços pioneiros de Abdias, o partido incluiu a questão do
racismo e da discriminação racial como prioridade no seu programa político
nacional. Abdias Nascimento também liderou a organização do movimento negro
dentro do partido. Entretanto, ele trabalhou de forma consistente para fazer da
luta pelos direitos civis e humanos dos descendentes africanos uma causa
supra-partidária e uma questão política nacional.
Candidato
nas primeiras eleições do processo de abertura democrática (para governos
estaduais e municipais e para o Congresso nacional), Abdias Nascimento assumiu
em 1983 como primeiro deputado negro a defender a causa coletiva da população
de origem africana no parlamento brasileiro. Na Câmara dos Deputados, ele
introduziu projetos pioneiros de legislação anti-discriminatória e apresentou
as primeiras propostas de ação afirmativa. Como integrante da Comissão das
Relações Exteriores, ele propôs e articulou medidas contra o Apartheid, de
apoio ao Congresso Nacional Africano (ANC) da África do Sul e ao movimento pela
independência da Namíbia liderado por SWAPO, advogando o rompimento de relações
com o regime sul-africano do Apartheid.
Como
parlamentar brasileiro, Abdias Nascimento participou dos simpósios regionais e
internacionais das Nações Unidas em apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua
Independência (San José, Costa Rica, 1983; Nova Iorque, 1984). Também foi um
dos principais atores no processo de criação da Fundação Cultural Palmares,
órgão do Ministério da Cultura para assuntos afro-brasileiros, bem como na
instituição do Dia Nacional da Consciência Negra, dia 20 de novembro,
aniversário da morte de Zumbi dos Palmares. Com o tempo, esta data tornou-se
feriado oficial em diversos municípios e Estados da Federação e hoje é
reconhecido e comemorado em escolas e centros culturais em todo o país.
Em
1988, Abdias Nascimento proferiu a conferência inaugural da série W. E. B. Du
Bois de palestras internacionais, organizado e patrocinado pelo Centro Cultural
Pan-Africanos de Acra, Gana. No próximo ano, serviu como consultor da UNESCO
para o desenvolvimento das artes dramáticas e do teatro angolano em Luanda. Participou
da diretoria internacional do Festival Pan-Africano de Cultura (FESPAC) e do
Memorial Gorée, ambos sediados em Dacar, Senegal. Ele também participou da
diretoria internacional fundadora do Instituto dos Povos Negros, criado em
1987, pelo Governo de Burkina Faso com apoio da UNESCO.
Em
1991, Abdias Nascimento se tornou o primeiro senador afrodescendente a dedicar
o seu mandato à promoção dos direitos civis e humanos do povo negro do Brasil.
O governador do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, o nomeou titular da
nova Secretaria de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Governo
daquele Estado, posição que desempenhou até 1994.
Terminado
o seu mandato no Senado Federal, em 1999, Abdias assumiu como primeiro titular
da nova Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio
de Janeiro. Em 1995, foi eleito Patrono do Congresso Continental dos Povos
Negros das Américas, realizado no Parlamento Latino-Americano em São Paulo, na
ocasião do 3o Centenário da Imortalidade de Zumbi dos Palmares.
Com
um comentário ao Artigo 4o da Declaração de Direitos Humanos, participou do
volume organizado e publicado pelo Conselho Federal da OAB por ocasião dos
cinqüenta anos desse documento da ONU em 1998. Entre os outros comentaristas
estavam personalidades como o rabino Henry Sobel, o prêmio Nobel Adolfo Pérez
Esquivel, Evandro Lins e Silva, Dalmo de Abreu Dallari, João Luiz Duboc Pinaud.
Abdias
Nascimento participou da Iniciativa Comparativa sobre Relações Humanas no
Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos, organizado pela Fundação Sulista
de Educação de Atlanta, EUA, envolvendo pesquisadores e intelectuais
destacados, em parceria com a sociedade civil organizada desses três países em
uma série de reuniões, enquetes e eventos que produziu uma série de publicações
sob o título Além do Racismo (www.beyondracism.org). O projeto desempenhou um
papel importante na construção de pontes e intercâmbios, preparando o caminho
para a participação desses países na 3a Conferência Mundial da ONU contra o
Racismo, a Xenofobia, e Outras Formas Correlatas de Intolerância realizado em Durban,
África do Sul, em 2001.
No
processo nacional de organização da participação brasileira na Conferência de
Durban, Abdias Nascimento atuou com destaque, e no Fórum das ONGs dessa
Conferência ele foi um dos conferencistas principais (Keynote Speaker).
No
ano de 2001, o Centro Schomburg de Pesquisa das Culturas Negras, do sistema de
Bibliotecas Públicas do Município de Nova Iorque em Harlem, homenageou Abdias Nascimento
com o Prémio da Herança Africana Mundial. Realizado na sede da ONU no 75o
aniversário do Centro Schomburg, o prêmio foi criado para reconhecer, naquela
ocasião, seis personalidades destacadas do mundo africano, incluindo também
Katherine Dunham, Dorothy Height, Amadou Mahtar M’Bow, Billy Taylor e Gordon
Parks.
Abdias
Nascimento também recebeu o prêmio UNESCO na categoria “Direitos Humanos e
Cultura” (2001), bem como o Prêmio Comemorativo da ONU por Serviços Relevantes
em Direitos Humanos (2003).
Bicentenário
da Revolução do Haiti, o ano 2004 foi definido pela comunidade internacional
como Ano Internacional de Celebração da Luta contra a Escravidão e de sua
Abolição. Nessa ocasião, a UNESCO criou um prêmio para reconhecer dois
intelectuais ativistas que dedicaram as suas vidas a essa luta e à luta contra
o racismo e a discriminação racial. As
duas personalidades homenageadas com esse prêmio em dezembro de 2004, na sede
da UNESCO em Paris, foram Abdias Nascimento e Aimé Cesaire.
O
ano de 2004, por ocasião dos seus 90 anos, o Ipeafro realizou uma exposição
retrospectiva e um colóquio internacional sobre a vida e obra de Abdias
Nascimento no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro. A exposição circulou em
Brasília e em Salvador, Bahia, onde foi realizada como parte da 2a Conferência
Mundial de Intelectuais Africanos e da Diáspora (2006), iniciativa da União
Africana e do Governo Brasileiro. Nessa ocasião, Abdias Nascimento recebeu do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mais alta honraria outorgada pelo
Governo do Brasil, a Ordem do Rio Branco no Grau de Comendador.
A
Câmara dos Vereadores do Município de Salvador outorgou-lhe a cidadania
soteropolitana e a Medalha Zumbi dos Palmares (2007). Ele recebeu homenagem do
4o Festival Internacional de Cinema Negro (São Paulo), bem como o Prêmio Ori da
Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro pelo conjunto de sua obra
literária.
No ano de 2007, o Ministério da Cultura outorgou-lhe a Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural, e em 2009 ele recebeu do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho. Ambos são as mais altas honrarias do Governo Federal do Brasil em suas respectivas áreas.
A Universidade Obafemi Awolowo, de Ilé-Ifé, Nigéria, outorgou-lhe, em 2007, o título de Doutor em Letras, Honoris Causa.
O
Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México,
outorgou a Abdias Nascimento o seu prêmio em reconhecimento à contribuição
destacada à prevenção da discriminação racial na América Latina (2008).
Abdias
Nascimento é autor de dezenas de livros publicados, em inglês e em português, e
além do já mencionado jornal Quilombo editou duas revistas, Afrodiáspora
(1983-87) e Thoth (1997-99). Sua peça teatral Sortilégio (Mistério Negro)
(1959) constitui um marco nas obras de arte que tratam os temas das relações
raciais e da identidade e cultura afro-brasileiras. Após sete anos de censura
policial, estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1957 e foi produzido
em inglês, nos Estados Unidos, em duas ocasiões (Universidade do Estado de Nova
Iorque, 1971; Inner City Cultural Center, Los Angeles, 1975). Sua antologia
Dramas para Negros e Prólogo para Brancos (1961) é a primeira coleção de obras
teatrais sobre o mesmo tema e seu livro de poesia Axés do Sangue e da
Esperança: Orikis (1983) constitui um marco na literatura afro-brasileira. Em
anexo segue uma lista de suas obras publicadas.
Depois
de seu retorno ao Brasil em 1981, continuou a exibir suas obras artísticas no
Brasil e no exterior (ver lista de exposições).
Abdias Nascimento já foi descrito como o mais completo intelectual e homem de cultura do mundo africano do século XX.
ABDIAS NASCIMENTO – EXPOSIÇÕES
REALIZADAS
Individuais
The
Harlem Art Gallery, Nova York, 1969
Crypt Gallery, Columbia University, Nova York, 1969
Yale University School of Art and Architecture, New
Haven, 1969
Malcolm X House, Wesleyan University, Middletown, CN,
1969
Gallery of African Art, Washington DC, 1970
Gallery Without Walls, Buffalo, NY, 1970
Centro
de Estudos e Pesquisas Porto-riquenhos, Universidade do Estado de Nova York,
Buffalo, 1970
Museu
da Associação Nacional de Artistas Afro-Americanos, Boston, 1971
Departamento
de Estudos Afro-Americanos, Harvard, Cambridge, MA, 1972
Studio Museum in Harlem, Nova York, 1973
Langston Hughes Center, Buffalo, NY, 1973
Fine Arts Museum, Syracuse, NY, 1974
Galeria
da Universidade Howard, Washington DC, 1975
Inner City Cultural Center, Los Angeles, 1975
Ile-Ife Museum of Afro-American Culture, Philadelphia, 1975
Galeria
do Banco Nacional, São Paulo, Brasil, 1975
Galeria
Morada, Rio de Janeiro, Brasil, 1975
Museu
de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Center for Positive
Thought, Buffalo, NY, 1977
El
Taller Boricua e Caribbean Cultural Center, Nova York, 1980
Galeria
Sérgio Milliet-IPEAFRO, Fundação Nacional das Artes – FUNARTE, Ministério da
Cultura, Rio de Janeiro, Brasil, 1982
Palácio
da Cultura (Prédio Gustavo Capanema), Ministério da Cultura, IPEAFRO, Rio de
Janeiro, Brasil, 1988
Salão
Negro, Congresso Nacional, Brasília, DF, 1997
Galeria
Debret, Paris, 1998
José
Bonifácio Cultural Center-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2002
Solar
Grandjean de Montigny, PUC-Rio-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2004
Arquivo
Nacional (antiga Casa da Moeda)-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2004-2005
Galeria
Athos Bulcão, anexo ao Teatro Nacional, IPEAFRO, Brasília, DF, 2006
Caixa Cultural Salvador/ II Conferência Mundial dos Intelectuais Africanos e da Diáspora, IPEAFRO, 11 de julho a 29 de agosto de 2006
V
Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE)-IPEAFRO, Rio de Janeiro, janeiro
de 2007
Centro
Cultural Justiça Federal-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2011
SESC
São João de Meriti-IPEAFRO, RJ, 2011
Biblioteca
Leonel de Moura Brizola, IPEAFRO, Duque de Caxias, RJ, 2011
Casa
de Cultura de Maricá, IPEAFRO, RJ, 2011-2012
Kongi’s Harvest Gallery Museum, Freedom Park| Black
Heritage Festival-IPEAFRO, Lagos, Nigéria, 2013
Museu
Godwin-Ternbach-IPEAFRO, Universidade da Cidade de Nova York, 2014
Ocupação
Abdias Nascimento, Itaú Cultural-IPEAFRO, São Paulo, 2016-2017
10º
Congresso de Pesquisadores Negros (X COPENE-IPEAFRO), Uberlândia, MG, 2018
Centro
de Artes da Maré, Favela Nova Holanda, IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2019
Museu
de Arte Contemporânea (MAC)-IPEAFRO, Niterói, RJ, 2019
Festival
Sonsbeek-IPEAFRO, Museu Krôller-Müller, Otterlo, Holanda, 2020 (adiada em razão
do Coronavírus)
Coletivas
Museu Everson de Artes, Syracuse, NY, 1972
Galeria
Salomé, Nova Orleans, LA, 1973
Rainbow Sign Gallery, Berkeley, CA, 1975
Artists
’79, sede das Nações Unidas, Nova York, 1979
O Rio
do Samba, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, 2018-2019
Histórias
Afro-Atlânticas, Museu de Arte de São Paulo (MASP)/ Instituto Tomie Ohtake, São
Paulo, 2018
In the Fullness of Time: Painting in Buffalo,
1832-1972, Burchfield Penney Arts Center, Buffalo, NY, EUA, 8/11/2019 a
31/05/2020
Coleções Permanentes
Museu
de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Centro pelo Pensamento
Positivo, Buffalo, NY (duas telas). Quando essa instituição fechou, a direção
encaminhou as obras para o Instituto Molefi K. Asante, Filadélfia, EUA
Coleção
Permanente, Instituto de Estudos Latino-Americanos, Universidade Columbia, Nova
York, EUA
Coleção
Permanente, Museu de Arte de São Paulo (MASP)
ABDIAS NASCIMENTO – Obras publicadas
selecionadas
Livros
Abdias Nascimento, um espírito libertador. Catálogo de exposição de pinturas. Museu de Arte Contemporânea de Niterói / IPEAFRO, 2020.
O
Quilombismo. Documentos de uma Militância Pan-Africanista, 3a. ed. Com textos
de Kabengele Munanga, Elisa Larkin Nascimento e Valdecir Nascimento. São Paulo:
Editora Perspectiva / IPEAFRO, 2019.
O
Genocídio do Negro Brasileiro, 3a. ed. Com textos de Wole Soyinka, Florestan
Fernandes, Elisa Larkin Nascimento. São Paulo: Editora Perspectiva / IPEAFRO,
2016.
Ocupação
Abdias Nascimento. Catálogo de exposição no Itaú Cultural. São Paulo: Itaú
Cultural / IPEAFRO, 2016.
O
Griot e as Muralhas, com Éle Semog. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.
Abdias
Nascimento 90 Anos, Memória Viva. Catálogo de exposição, Caixa Cultural
Salvador. Textos em português, francês e inglês. Rio de Janeiro: IPEAFRO, 2006.
Quilombo:
Edição em fac-símile do jornal dirigido por Abdias do Nascimento. São Paulo:
Editora 34, 2003.
O
quilombismo, 2a ed. Brasília/ Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/ OR Produtor
Editor, 2002 (362 pags).
O
Brasil na Mira do Pan-Africanismo. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais/
Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002 (342 pags).
Orixás: os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil. Rio de Janeiro/ Philadelphia: Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros/Temple University Press, 1995.
A
Luta Afro-Brasileira no Senado. Brasília: Senado Federal, 1991 (35 pags).
Nova
Etapa de uma Antiga Luta. Rio de Janeiro: Secretaria Extraordinária de Defesa e
Promoção das Populações Negras – SEDEPRON, 1991 (32 pags).
Africans in Brazil: a Pan-African Perspective, com
Elisa Larkin Nascimento. Trenton: Africa World Press, 1991 (218 pags).
Brazil: Mixture or Massacre, trad. Elisa Larkin
Nascimento. Dover: The Majority Press,
1989 (224 pags).
Combate
ao Racismo, 6 vols. Brasília: Câmara dos Deputados, 1983-86. (Discursos e
projetos de lei.) (Aproximadamente120 pags em cada volume.)
Povo
Negro: A Sucessão e a “Nova República”. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985 (68
pags).
Jornada
Negro-Libertária. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984 (29 pags).
A
Abolição em Questão, co-autoria com José Genoíno e Ari Kffuri. Sessão
Comemorativa do 96o Aniversário da Lei Áurea (9 de maio de 1984). Brasília:
Câmara dos Deputados, 1984 (40 pags).
Axés
do Sangue e da Esperança: Orikis. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983.
(Poesia, 109 pags.)
Sitiado
em Lagos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (111 pags).
O Quilombismo. Petrópolis: Vozes, 1980 (281 págs).
Sortilégio
II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Peça de teatro, 141 pags.)
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds. Chicago:
Third World Press, 1978.
Mixture or Massacre, trad. Elisa
Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979 (224 pags).
O
Genocídio do Negro Brasileiro. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1978 (184 pags).
“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa
Larkin Nascimento, 2a ed. Ibadan: Sketch Publishers, 1977 (178 pags).
“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa
Larkin Nascimento, 1a ed. Ile-Ife: University of Ife, 1976 (83 pags).
Sortilégio
(mistério negro). Rio de Janeiro: Teatro
Experimental do Negro, 1959. (Peça de teatro).
Organização
de antologias, revistas, e obras coletivas
Thoth:Pensamento
dos Povos Africanos e Afrodescendentes, nos. 1-6. Brasília: Senado Federal,
1997-98.
Afrodiaspora:
Revista do Mundo Africano, nos. 1-7. Rio
de Janeiro: IPEAFRO, 1983-86.
O
Negro Revoltado, 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 (403 pags).
Journal of Black Studies, ano 11, no. 2 (dezembro de 1980) (número especial sobre o Brasil).
Memórias
do Exílio, org. em colaboração com Paulo Freire e Nelson Werneck Sodré. Lisboa:
Arcádia, 1976.
Oitenta
Anos de Abolição. Rio de Janeiro:
Cadernos Brasileiros, 1968.
Teatro
Experimental do Negro: Testemunhos. Rio
de Janeiro: GRD, 1966 (170 pags).
Dramas
para Negros e Prólogo para Brancos. Rio de Janeiro: TEN, 1961 (419 pags).
Relações
de Raça no Brasil. Rio de Janeiro:
Quilombo, 1950 (75 pags).
Participação em antologias e obras
coletivas
“Quilombismo,
um conceito emergente do processo histórico-cultural da população
afro-brasileira”. In: Elisa Larkin Nascimento (org.), Afrocentricidade, Uma
abordagem epistemológica inovadora, Coleção Sankofa v. 4. São Paulo:
Summus/Selo Negro, 2004.
“O
negro e o parlamento brasileiro”, co-autoria com Elisa Larkin Nascimento. In
Munanga, Kabengele, org., O negro na história do Brasil. Brasília: UnB/
Fundação Cultural Palmares, 2004, pags. 105-151.
“Comentário ao Artigo 4o”, in Direitos Humanos: Conquistas e Desafios. Brasília: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil/ Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998.
“Quilombismo: the African-Brazilian Road to
Socialism,” in Asante, Molefi K. e Abarry, Abu S., orgs., African Intellectual
Heritage: a Book of Sources.
Philadelphia: Temple University Press, 1996.
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds.
Callaloo, A Journal of African-American and African Arts and Letters, v. 18, n.
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Sortilege II: Zumbi Returns (peça dramática) in
Crosswinds: an Anthology of African Diaspora Drama, ed. de William B.
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“Quilombismo: the African-Brazilian Road to
Socialism,” in African Culture: the Rhythms of Unity, ed. Molefi
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Africa World Press, 1990. (Primeira
edição publicada em 1987 pela Greenwood Press.)
“Teatro
Negro del Brasil: una Experiencia Socio-Racial,” in Popular Theater for Social
Change in Latin America, a Bilingual Anthology, ed. by Gerardo Luzuriaga. Los Angeles: UCLA Latin American Studies Center, 1978.
“African Presence in Brazilian Art,” Journal of
African Civilizations 3:2 (novembro de 1981).
“Reflections of an Afro-Brazilian,” Journal of Negro
History LXIV:3 (verão 1979).
“Afro-Brazilian
Theater, a Conspicuous Absence,” Afriscope VII:1 (Lagos, janeiro de 1977).
“Afro-Brazilian Art: a Liberating Spirit,” Black Art: an International Quarterly I:1
(outono de 1976).
“Open Letter to the First World Festival of Negro
Arts,” Presence Africaine XXX:58 (verão de 1968).
“Carta
Aberta ao Festival Mundial das Artes Negras,” Tempo Brasileiro, ano IV, número
9/10 (abril-junho de 1966).
“The Negro Theater in Brazil,” African Forum II:4
(primavera de 1967).
“Mission of the Brazilian Negro Experimental Theater,”
The Crisis 56:9 (outubro de 1949).
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Texto publicado originalmente no IPEAFRO.
Clique aqui e confira.
Indicamos o site do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros – IPEAFRO.
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