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(FOTO/ Reprodução/ Instagram). |
Considerada
como a principal liderança afrofuturista dentro da família, Lúcia dos Prazeres
- do Quilombo dos Prazeres, que há 100 anos realiza insurgência popular e
transformação social - receberá, na próxima quinta-feira (12), um
reconhecimento sobre a sua contribuição à formação identitária no estado. A
pesquisadora, pedagoga e escritora terá, em mãos, o Título Notório Saber em
Cultura Popular, na categoria educação, concedido pela Universidade de
Pernambuco (UPE).
A
homenageada foi responsável pela criação do primeiro método étnico racial na
curricularização escolar no estado e, entre as suas contribuições para
academia, o lançamento do livro, em 2019, “Terça Negra no Recife: Narrativas
sobre Dança, Música, Espiritualidade e Sagrado”. A obra, resultado do mestrado
em Ciências da Religião realizado na Universidade Católica de Pernambuco, serve
de coletânea e reúne histórias sobre o fortalecimento da identidade, cultura e
espiritualidade da população negra local de acordo com os eventos que
aconteciam no Pátio de São Pedro, no Centro do Recife.
Atualmente
doutoranda e membra do Observatório das Religiões na mesma instituição que
realizou o seu mestrado, a professora ficou conhecida, no Morro da Conceição,
por atuar na escola que leva o nome da sua mãe que, em 2020, completa 40 anos.
O músico Lucas dos Prazeres, sobrinho de Lúcia, em conversa com a Alma Preta
Jornalismo, comemora a conquista compartilhada com a família.
“Fui
aluno do Centro Maria da Conceição, onde minha tia Lúcia exercitou a
aprendizagem pela prática cultural. Eu, nossa família, alunos e ex-alunos
comemoramos esse título, esse reconhecimento público. Ele chega junto com a
felicidade de termos o legado centenário deixado pela nossa matriarca maior,
que leva o nome do centro, ser levado para frente. Uma famíia de importância
contribuição cultural que é reconhecida”, declara Lucas.
A
honraria está prevista para acontecer às 9h, presencialmente, dentro da
Universidade de Pernambuco. Além de Lúcia dos Prazeres, o título será entregue
a 24 mestres selecionados via edital pela instituição. Com a condecoração, a
ação acredita que o processo de reconhecimento de lideranças pernambucanas
negras e indígenas fortalece a rede de criação e troca, além de visibilizar os
seus saberes.
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Com informações do Alma Preta.
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