Partidos e ex-ministros defendem instituições contra golpismo de Bolsonaro

 

Em nova afronta à estabilidade democrática, Bolsonaro protocolou no Senado pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. (FOTO/ Isac Nóbrega/ PR)

Contra o golpismo do presidente Jair Bolsonaro e em defesa das instituições, dez partidos divulgaram notas em defesa da democracia neste domingo (22). Em documento assinado pelo bloco de oposição (leia abaixo), PT, PDT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV e Rede prestaram solidariedade aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que têm sido atacados por Bolsonaro. Nesta sexta-feira (20), o presidente protocolou no Senado pedido de impeachment de Moraes. Em outro manifesto (também abaixo), MDB, DEM e PSDB também condenaram o ataque de Bolsonaro às instituições.

“Não é com ações como essas que Bolsonaro se fará respeitar”, diz trecho da nota dos partidos de oposição. “A República se sustenta em três Poderes independentes e harmônicos entre si. É preciso respeitar cada um deles em sua independência, sem intromissão, arroubos autoritários ou antidemocráticos. Há remédios constitucionais para todos os males da democracia”, advertem os partidos de oposição.

Já o MBD, DEM e PSDB falam em “fantasma do autoritarismo”. “É lamentável que em momento de tão grave crise socioeconômica, o Brasil ainda tenha que lidar com a instabilidade política e com o fantasma do autoritarismo”, diz trecho da carta. “O momento exige sensibilidade, compromisso e entendimento entre as lideranças políticas, as instituições e os Poderes”.

Ex-ministros reagem

Também tomaram posição contra as afrontas de Bolsonaro à normalidade democrática dez ex-ministros da Justiça e da Defesa. Eles assinam manifesto dirigido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no qual pedem a rejeição do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Entre os signatários está o senador Jaques Wagner (PT-BA). Nas redes sociais, ele reafirmou que uma eventual admissão do processo de impeachment contra ministro do Supremo Tribunal Federal, neste momento, “surtirá efeitos nocivos à estabilidade democrática” e pode gerar uma “imensa insegurança no espírito de nossa sociedade e negativa repercussão internacional da imagem do Brasil”.

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Com informações da RBA. Leia a íntegra da nota aqui.

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