![]() |
Primeiro ato será realizado no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em defesa dos direitos delas, contra o feminicídio e os ataques de Bolsonaro. |
Movimentos
sociais, entidades representativas da sociedade e centrais sindicais
reafirmaram a unidade em defesa das instituições e do Estado Democrático de
Direito. A união dos vários segmentos da sociedade é uma resposta a Jair
Bolsonaro que compartilhou vídeos de apoio a ato contra o Supremo Tribunal
Federal e o Congresso Nacional, instituições que formam os pilares da
democracia e de liberdade.
Em
reunião realizada na semana passada entre as entidades, foi reforçada a
importância de um calendário de lutas. Até 1º de Maio, já estão definidas e em
organização três datas de manifestações nas ruas, em todo o país: 8, 14 e 18 de
março.
Para
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e
região, as manifestações ganham ainda mais importância após os ataques de
Bolsonaro contra a democracia.
“O 8 de março tem que ser histórico, por
conta dessas agressões do governo e o feminicídio tem aumentado no país. No dia
18, vamos defender as empresas públicas e a soberania nacional, mas também será
um ato em defesa da democracia. Não é possível manter direitos num país que
beira a ditadura”, explica Ivone, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da
Rádio Brasil Atual.
Representante
da Frente Povo Sem Medo, Josué Rocha, que também é da coordenação do Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST, destaca que depois de uma declaração vinda
do chefe da Nação desrespeitando instituições democráticas, os movimentos têm
que dar uma resposta à altura, nas ruas.
“É importante responder outro grave ataque à
democracia. No momento em que presente compartilha conteúdos que não respeitam
as instituições democráticas, precisamos se unir entre movimentos sociais,
sindicatos e frentes populares para dar uma resposta. Esse mês é marcado por
mobilizações, mas a nossa resposta precisa ser ainda mais contundente”,
acrescenta Josué.
Raimundo
Bonfim, da Frente Brasil Popular, pondera que críticas são toleráveis,
diferente de se pregar o fechamento das instituições. O dirigente, que também é
coordenador da Central de Movimentos Populares, afirma que convocar ato contra
o Supremo Tribunal Federal e o Congresso é crime de responsabilidade.
“Críticas ao Congresso Nacional todos temos,
mas convocar um ato para defender o fechamento dos outros poderes é um crime.
Não há outra alternativa que não seja tomar as ruas na defesa dos nossos
direitos e também pela democracia”, defende Bonfim.
A
presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo ainda chama atenção para os
baixos índices da economia e o nível alarmante do desemprego no país. Ivone
Silva diz que a incompetência do atual presidente, que não consegue criar
mecanismos para melhorar a vida da população, se reflete nas propostas
antidemocráticas. “Saiu a pesquisa de
renda per capita e diminuiu muito. Há uma deterioração da economia e do Estado,
que não cuida mais dos seus cidadãos, sem oferecer trabalho, saúde e educação.”
Os
movimentos avaliam que os ataques às instituições põem em risco a estabilidade
social do país e que, por trás dessa ofensiva inconstitucional do presidente,
está a intenção do governo de prosseguir com a sua agenda de desmonte dos
direitos da classe trabalhadora e do Estado.
_____________________
Com
informações da RBA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!