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O ministro Marco Aurélio Mello, do STF. (FOTO/ Rosinei Coutinho/SCO/STF). |
O
ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu nesta
segunda-feira (23) ao pedido feito por governadores de sete estados e proibiu
cortes no Bolsa Família. O ministro ordenou que a União apresente dados que
indiquem o motivo de cortes realizados até o momento.
Entraram
com a ação judicial os governos de Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí e Rio Grande do Norte. A decisão liminar (provisória), segundo o
ministro, ultrapassa esses estados e tem validade para todo o país.
“Os
dados sinalizam a tese jurídica veiculada e o dano de risco irreparável a
ensejar desequilíbrio social e financeiro, especialmente considerada a pandemia
que assola o país”, diz o ministro na liminar. A ação ainda terá julgamento
definitivo, mas não há data prevista.
Em
nota (veja íntegra abaixo), o Ministério da Cidadania informou que uma portaria
publicada na última sexta (20) suspendeu os bloqueios e cancelamentos dos
benefícios por 120 dias, e que há previsão de incluir 1,2 milhão de famílias no
programa. O Palácio do Planalto não quis comentar a decisão.
Os
estados alegaram que a diminuição dos recursos na Região retira a efetividade
do programa e aumenta a desigualdade no Nordeste. Segundo os dados
apresentados, o Nordeste recebeu, entre maio e dezembro de 2019, 3% das concessões
de novos benefícios. Já os estados do Sul e do Sudeste concentraram 75% dos
novos recebedores.
Com
o início da pandemia do coronavírus, os estados fizeram um novo pedido. Segundo
a ação, em março, 158 mil bolsas foram cortadas – 61% delas no Nordeste.
Para
o ministro Marco Aurélio, “não se pode conceber tratamento discriminatório da
União em virtude do local onde residem os brasileiros”.
“A
postura de discriminação, ante enfoque adotado por dirigente, de retaliação a
alcançar cidadãos – e logo os mais necessitados –, revela o ponto a que se
chegou, revela descalabro, revela tempos estranhos. A coisa pública é
inconfundível com a privada, a particular. A coisa pública é de interesse
geral. Deve merecer tratamento uniforme, sem preferências individuais. É o que
se impõe aos dirigentes. A forma de proceder há de ser única, isenta de
paixões, especialmente de natureza político-governamental”, destacou o
ministro.
Marco
Aurélio ordenou que a liberação de recursos para novas bolsas deve ser
“uniforme” considerados os estados da federação.
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Com
informações do G1.
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