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Valter Campanato. (FOTO/ Divulgação/ Guia do Estudante). |
Escravidão,
silenciamento, violência, abusos e desigualdades são alguns dos temas presentes
em nove obras escritas por mulheres negras sobre racismo que você precisa
conhecer. Lembrando que é extremamente importante analisar esse tipo de
preconceito pelos olhos de quem já viveu ou vive essa realidade.
Essas
autoras são referências no Brasil e em algumas no mundo sobre o assunto. Ter
contato com essas obras irá permitir que você expanda seu panorama do assunto.
Confira.
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Quarto de Despejo, de Carolina Maria de
Jesus
O
livro Quarto de Despejo é um diário biográfico de Carolina Maria de Jesus,
lançado em 1960. Moradora da favela do Canindé, em São Paulo (SP), e catadora
de papel, Carolina registrava seu dia a dia em cadernos que encontrava enquanto
trabalhava.
Desses
textos surgiu o livro que reúne um retrato da vida na comunidade pelos olhos de
quem estava lá todo dia, enfrentando dificuldades e miséria. O trabalho se
tornou um best-seller, vendido em dezenas de países e traduzido em mais de 15
idiomas.
Quem tem Medo do Feminismo Negro?, de
Djamila Ribeiro
O
livro é um ensaio autobiográfico que também reúne uma seleção de artigos
publicados pela filosofa no blog da Revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. A
autora relata acontecimentos da infância e da adolescência para discutir o que
chama de silenciamento, um processo de apagamento da personalidade, resultado
da discriminação.
Apenas
no final da adolescência Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram
ter orgulho de suas raízes, como Chimamanda Ngozi Adichie, Sueli Carneiro,
Alice Walker e Conceição Evaristo. Os textos também abordam temas como o
aumento da intolerância às religiões de matriz africana e os ataques a
celebridades e jornalistas, como Maria Júlia Coutinho, da TV Globo.
A Cor Púrpura, de Alice Walker
Vencedor
do Prêmio Pulitzer, a Cor Púrpura conta, por meio de cartas dirigidas a Deus e
à irmã da protagonista, a história de uma mulher negra no sul dos Estados
Unidos nos anos 1930, que foi abusada desde criança pelo pai e, posteriormente,
pelo marido.
O
livro também virou um filme dirigido por Steven Spielberg e estrelado por
Whoopi Goldberg. Apesar das muitas indicações, a obra não conquistou o Oscar em
nenhuma categoria, o que foi extremamente criticado na época e serviu como mais
um argumento contra o racismo presente na Academia.
Um Defeito de Cor, de Ana Maria
Gonçalves
Um
Defeito de Cor é uma recriação ficcional da história de Luísa Mahin, mãe do
poeta Luís Gama, que participou da Revolta dos Malês (1835), na Bahia. A narrativa
gira em torno da personagem Kehinde, uma mulher africana, idosa, cega e à beira
da morte que viaja para o Brasil em busca de seu filho. O livro faz um retrato
da formação do povo brasileiro, chega a se entrelaçar com fatos históricos e
aborda temas como escravidão e violência.
Olhos d’Água, de Conceição Evaristo
Vencedor
do Prêmio Jabuti em 2017, Olhos d’Água reúne 15 contos que abordam a miséria, a
desigualdade social, a violência urbana e dilemas sobre o amor, a vida e a
ancestralidade africana. Sem idealizações ou sentimentalismo, o foco da obra
está em mostrar as dificuldades enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.
Racismo, Sexismo e Desigualdade no
Brasil, de Sueli Carneiro
O
livro reúne alguns dos melhores artigos produzidos entre 2001 e 2010 pela
ativista e feminista negra Sueli Carneiro, fundadora do Geledés Instituto da
Mulher Negra. Além de proporcionar uma reflexão à sociedade brasileira, a obra
mostra como o racismo e o sexismo estruturam as relações sociais, políticas e
de gênero no país.
Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis
Esta
é considerada uma das obras mais importantes de Angela Davis, professora e
filósofa que integrou o movimento dos Panteras Negras nos EUA. O livro faz um
panorama histórico e crítico das relações entre capitalismo, feminismo, racismo
e escravidão, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher.
Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na
Gaiola, de Maya Angelou
Eu
Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola é o primeiro dos cinco volumes da
autobiografia de Marguerite Ann Johnson, ou Maya Angelou, poeta, escritora,
cantora e ativista. Nascida em 1928, ela foi criada no sul dos Estados Unidos
por sua avó paterna. O livro aborda as dificuldades e preconceitos que
enfrentou principalmente durante a infância.
Quando Me Descobri Negra, de Bianca
Santana
Neste
livro, a autora Bianca Santana apresenta uma série de relatos sobre
experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Ela
explicita o racismo velado na nossa sociedade e fala sobre as dificuldades e o
que sentiu em seu processo de descoberta e desconstrução.
________________________________
Com
Informações do Guia do Estudante.
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