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(FOTO/ Mídia Ninja). |
As
mulheres brasileiras já provaram que estão na linha de frente dos processos de
luta e resistência contra a onda conservadora que tomou o governo do país. Os
atos de rua que foram convocados às vésperas do primeiro turno da eleição de
2018 com o #EleNão, mostraram a potência do movimento de mulheres ativistas
feministas e a sua importância para enfrentar os retrocessos que são impostos
ao povo trabalhador.
Neste
ano, após completado um ano de um governo cujo núcleo familiar do presidente
tem fortes indícios de ligação com milícias, está evidente que o seu projeto
ideológico é reafirmar sistematicamente seu caráter misógino, lgbtquia+fóbico,
racista, anti-povo e com nuances neo-fascista. Longe de se tratar de “cortina
de fumaça”, o bolsonarismo investe em seus discursos, propagandas e fake news
para uma disputa de arranjos e significados que querem que prevaleça no
imaginário popular – um governo de ódio, preconceito e mentiras.
Bolsonaro
ataca os movimentos sociais porque certamente teme a resposta das ruas, sabe
que se, por um lado, há um setor da sociedade que se sente representado em suas
ideias conservadoras e violentas; por outro, há todo um país que ainda acredita
e defende a democracia, a Constituição e os direitos sociais e políticos de
todos os movimentos e pessoas que lutam por justiça social e igualdade. É por
isso, também, que o alto escalão deste governo tanto ataca as mulheres
feministas – é porque sabe que é no seio deste movimento que está um dos
setores mais férteis e questionadores do sistema dominador e assassino qual
homens como ele e sua família se beneficiam. Ataca o movimento feminista porque
são em movimentos como esse que se encontra o verdadeiro projeto anti-sistema,
que ele próprio simula reivindicar. Bolsonaro dissimula sua verdadeira natureza
para se manter em um poder que finge criticar.
A
vocação autoritária do presidente se expressou também nas recentes
manifestações que fez convocando um ato político que tem como pauta o
fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, mais uma das suas
falácias como suposto contestador da ordem: Bolsonaro não quer mudar as
injustiças e corrupções existente nas instituições, mas enraizar e concentrar o
poder para seus aliados que professam a palavra do autoritarismo e da
regressividade dos direitos. Não podemos nos calar à esse tipo de ameaça.
Será
através da voz das ruas que mostraremos nossa resposta. É lá que o feminismo
que defendemos, radicalmente igualitário, antirracista e que em defesa de todas
as gentes, que permeia desde a juventude até a classe trabalhadora, que
provaremos com nossas vozes e corpos que resistiremos à esse governo genocida e
imoral. E é por isso que neste 8 de Março estaremos todas e todos nós,
lutadoras e lutadores, ocupando as ruas para derrotar Bolsonaro em defesa da
vida de todas as mulheres, de toda a classe trabalhadora, em defesa dos nossos
direitos e da democracia.
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Com
informações do site do PSOL.
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