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"Existem mulheres que desde sempre jogaram bola, e como elas não estavam na história", questiona a historiadora. (FOTO/ Vanessa Nicolav). |
Que
o futebol é uma paixão nacional, não se discute. Que grande parte do legado do
esporte está apenas na história da modalidade masculina, também não. Mas e as
mulheres?
É
para defender a participação feminina na história do futebol que a historiadora
Aira Bonfim dedica sua vida. Ela é fundadora do Centro de Referência do Futebol
Brasileiro, criado para levar ao público uma perspectiva feminista sobre o
esporte.
O
Centro funciona no espaço do Museu do Futebol, instalado no estádio do
Pacaembu, em São Paulo (SP).
"Existem mulheres que desde sempre jogaram
bola, e como elas não estavam na história? Acho que a grande ideia, quando a
gente pensa no futebol de mulheres é: essa menina teve a oportunidade de
experimentar o jogo? O jogo como uma brincadeira, onde, desde cedo, mulheres
são colocadas na periferia dessa experiência."
Na
pesquisa conduzida no Museu do Futebol, Aira também tenta dissociar a ideia do
futebol das referências costumeiras ligadas ao esporte masculino e
profissional. A busca da historiadora é pela prática do esporte longe dos
grandes mercados da bola.
"Que futebol é esse que a gente reproduz?
Quando a gente fala de futebol, a gente quer falar de Seleção Brasileira? Ou a
gente quer falar do universo dos clubes, que estão alcançando suas primeiras
divisões, ou a gente quer voltar para essa ideia que está mais próxima, que é o
futebol que está na rua, na várzea?"
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Com
informações do Brasil de Fato. Clique aqui e confira a entrevista completa.
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