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Carregamento do Pau da Bandeira de Santa Teresa 2019. (FOTO/João Alves). |
Texto | Nicolau Neto
O
quem vem mantendo a condução do tradicional pau da bandeira de Santa Teresa, padroeira
de Altaneira? Essa tem sido uma pergunta recorrente, principalmente quando se
aproxima o tradicional festejo dedicado a Santa Teresa D’Ávila para os mais
religiosos ou a festa de outubro, como passou a ser denominada pelos foliões.
O pau é carregado
nos ombros por homens e mulheres adultas, além de jovens do sítio Poças por um
percurso de aproximadamente 3 km até o até o Pátio da Igreja Matriz, no centro. Esta condução seria possível sem a presença de bebidas alcoólicas e carros de
som? Vira e mexe essa discussão volta e causa descompasso em quem se prepara
meses para o momento ao idealizar arte para camisas de blocos. Quem tentou emplacar
ideia do carregamento do pau da bandeira sem esses atrativos acabou vendo-a se
diluir como poeira.
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Os foliões se aglomeraram na CE 388 nas imediações do sítio poças horas antes da chegada do pau da bandeira. (FOTO/João Alves). |
A resposta
para a segunda questão acaba respondendo a primeira. Pensar hoje o início dos
festejos à padroeira sem os foliões é pensar também em uma redução
significativa da participação popular. É bem verdade que parte dos que
disponibilizam seus ombros como suporte para o pau da bandeira não bebe, mas
outros tantos só vão porque há os atrativos da bebida e dos paredões de som.
Portanto,
imaginar hoje o sagrado sem o profano é um pensamento utópico. E isso ficou
nítido na abertura dos festejos de 2019 quando como os anos anteriores, os
foliões e seus atrativos se aglomeraram na CE 388 nas imediações do Sítio Poças horas antes da chegada do pau da bandeira.
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