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(FOTO/ Divulgação/Thiara Montefusco). |
Sancionada
no último mês de março, a lei de cotas para concursos públicos no Ceará passa a
valer neste mês. Visando equidade no processo seletivo, a estreia é feita pela
Fundação Regional de Saúde, órgão responsável pelo gerenciamento de serviços
assistenciais no estado. O feito garante 20% das vagas para a população negra e
5% para pessoas com deficiência. O Governo associa a conquista à demanda histórica
dos movimentos de promoção da igualdade racial da região.
A
aplicação da lei estadual, de nº 17.432, será aplicada nas seis mil vagas na
área da saúde que estão abertas em novo edital. Do quadro geral, 5.581 vagas
são para a área assistencial e 419 para a área administrativa, de níveis médio
e superior. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a administradora do concurso e
cobra taxa de inscrição para médicos de R$ 300; para demais cargos de nível
superior, R$ 150, e para nível médio, R$ 70.
“A partir do momento em que a gente está
pensando um modelo de gestão em que se trabalhe a horizontalidade dos processos
e a redução dessas hierarquias, a política de cotas agrega um valor enorme”,
acredita Josenília Gomes, diretora-presidente da Fundação. “Quando agrega cotas, você agrega
diversidade, e quando agrega diversidade, você agrega possibilidade de
criatividade. Assim, temos várias visões sobre o mesmo processo, sobre a mesma
forma de fazer”, afirma.
De
acordo com a gestão estadual, a cota é aplicada em todos os cargos que oferecem
cinco ou mais vagas. Caso o número de candidatos negros aprovados seja inferior
ao de vagas reservadas, as restantes serão ocupadas pelos participantes do
certame inseridos na ampla concorrência, de acordo com sua classificação.
Ao
se inscrever, o candidato tem de se autodeclarar preto ou pardo, de acordo com
os requisitos para cor e raça do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O candidato que assim se autodeclarar, para validação da
participação no concurso pelo sistema de cotas, será submetido também à
comissão de análise.
Com
inscrições abertas no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), administradora do
concurso, o edital prevê seis mil vagas na área da saúde do Ceará. São 5.581
vagas para a área assistencial e 419 para a área administrativa, de níveis
médio e superior. O valor da taxa de inscrição para médicos é R$ 300; para
demais cargos de nível superior, R$ 150, e para nível médio, R$ 70.
Para
a assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Governo do Ceará,
Zelma Madeira, a aplicação de cotas torna o serviço público menos monocromático
e é um instrumento de combate ao racismo estrutural. “A gente ganha com o diálogo com a sociedade, porque o movimento social
é atendido na sua solicitação. A gente ganha quando diversifica e traz uma
contribuição e o conhecimento que essas pessoas têm e, nesse caso, específicos
da saúde”, afirma Zelma.
Aos
interessados, mais detalhes sobre o edital estão disponíveis através do link.
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Com informações da Alma Preta.
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