A
pandemia de covid-19 impactou o mundo de forma negativa em muitos setores,
aumentado a pobreza e a fome. Pela primeira vez, desde 1998, a porcentagem de
pessoas vivendo na extrema pobreza aumentou de 8,4% em 2019 para 9,5% em 2020.
Cerca de 90% dos países ainda relatam problemas diversos nos serviços de saúde.
A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica os efeitos do coronavírus como
“catástrofe geracional” na educação.
Diante
deste cenário, o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2021,
da ONU, aponta para a necessidade de soluções rápidas. “As decisões e ações tomadas durante os próximos 18 meses determinarão
se os planos de recuperação da pandemia colocarão o mundo no caminho para
alcançar as metas acordadas globalmente que visam a impulsionar o crescimento
econômico e o bem-estar social, protegendo o meio ambiente”, afirma o
texto.
A
entidade trabalha em cima de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
como parte da Agenda 2030. A ideia é fomentar ações e direcionar boas práticas
para que o mundo alcance, ainda que tardiamente, um modelo de desenvolvimento
menos agressivo e propenso às catástrofes. Entre estes objetivos, afetados pela
pandemia, é possível citar: erradicação da pobreza; fome zero; saúde e
bem-estar; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energia limpa e
acessível; redução das desigualdades; entre outros.
Desigualdade
Além
do aumento na extrema pobreza, os demais índices de desenvolvimento humano
foram afetados como um todo. De acordo com estudos da ONU, de 119 a 124 milhões
de pessoas foram empurradas para situação de pobreza em 2020, cerca de 255
milhões de empregos foram perdidos. O número de pessoas afetadas pela fome aumentou
de 83 para 132 milhões. “Estamos em um
momento crítico na história da humanidade. As decisões e ações que tomamos hoje
terão consequências importantes para as gerações futuras”, destaca o
subsecretário-geral do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações
Unidas, Lui Zhenmin.
Se
por um lado, os mais pobres e a classe média vivem escassez de recursos, por
outro, os mais ricos ficaram mais ricos. A desigualdade crescente atinge níveis
brutais em todo o planeta. Uma das evidências é a desigualdade vacinal entre as
nações. “A pandemia expôs e intensificou as desigualdades dentro e entre os
países. Em 17 de junho de 2021, cerca de 68 vacinas foram administradas para
cada 100 pessoas na Europa e na América do Norte, em comparação com menos de duas
na África Subsaariana”, completa o relatório.
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Com informações da RBA. Clique aqui e confira a integra do texto.
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