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Agência de fomento à pesquisa científica está sob ataques desde Michel Temer. (FOTO/ Herivelto Batista / ASCOM-MCTIC). |
O
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou
nesta terça-feira (27) nota sobre o apagão nos sistemas do órgão vinculado ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na última sexta (23),
instabilidades tiraram do ar duas plataformas essenciais para o andamento da
pesquisa científica nacional.
As
plataformas prejudicadas são a Lattes, que abriga o Currículo Lattes (de
cientistas brasileiros e estrangeiros que recebem auxílio financeiro da
agência), o Diretório de Grupos de Pesquisa e o Diretório de Instituições. Além
dela, também a Carlos Chagas, que reúne dados sobre bolsas, auxílios,
encaminhamento de projetos e pedidos de bolsas, andamento dos processos,
emissão de pareceres, assinaturas de termos de concessão, relatórios técnicos e
de prestação de contas, entre outras facilidades, para pesquisadores
brasileiros e estrangeiros. A plataforma oferece um ambiente personalizado para
o seu usuário acesse todas as informações operacionais disponíveis na Agência.
De
acordo com a nota do CNPq, o problema que derrubou os sistemas já foi
diagnosticado – em parceria com empresas contratadas – e os procedimentos para
sua reparação foram iniciados. O órgão informa ainda que há cópias de conteúdos
e que estão monitorando o restabelecimento dos sistemas. E ressalta: “Não há perda de dados da Plataforma Lattes”.
Situação crítica
O
conselho afirma ainda que o pagamento das bolsas implementadas não será afetado
e “que os prazos de ações relacionadas ao
fomento do CNPq, incluindo a Prestação de Contas, estão suspensos e, de ofício, serão
prorrogados”.
Para
o Sindicato Nacional dos Gestores Públicos em C&T (SindGCT), porém, a
situação não parece assim tão sob controle. E tampouco há a transparência necessária
no tratamento do caso.
“De concreto, ainda não há informações
oficiais sobre a extensão dos danos nem prazo para sua solução”, afirmou a
entidade, em nota pública divulgada em sua página oficial.
Segundo
a nota, o SindGCT acompanha com preocupação o situação do CNPq e de seus
sistemas. “Acreditamos que tal problema
não é conjuntural, isolado e fortuito. Trata-se do resultado do descaso e
desmonte que o CNPq vem sendo submetido desde o governo Temer e que se
aprofundou agora no governo Bolsonaro”, diz trecho da nota.
“A falta de recursos não tem atingido apenas
os orçamentos para financiamento de bolsas e projetos de pesquisa. Ele tem
prejudicado enormemente a infraestrutura do CNPq e de seu quadro de pessoal. Os
sistemas, por falta de investimentos, atualização e de visão estratégica dos
dirigentes têm se tornado um verdadeiro gargalo para a realização das ações do
órgão.”
O
CNPq é patrimônio do povo brasileiro. É fundamental para o desenvolvimento do
país. Não podemos permitir que este descaso e desmonte continue ocorrendo.
__________________
Com informações da RBA.
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