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Estudo conclui que vacinação contra covid salvou 20 milhões de vidas, 1 milhão só no Brasil

 

Neusa e João, pai deste blogueiro, vacinados. (FOTOS/ Daiane Nicolau/ Montagem/ Nicolau Neto).

Um estudo divulgado nesta semana concluiu que a vacinação contra a covid-19 salvou quase 20 milhões de vidas durante o primeiro ano. Os pesquisadores se basearam em dados de 185 países para construir um modelo matemático, segundo o qual evitaram-se 4,2 milhões de óbitos na Índia, 1,9 milhão nos Estados Unidos, 1 milhão do Brasil, 631 mil na França e 507 mil no Reino Unido.

Referindo-se à situação se não houvesse vacinas disponíveis para combater o novo coronavírus, Oliver Watson, do Imperial College London, que coordenou a pesquisa, comentou: "'Catastrófica' é a primeira palavra que vem à mente."

Os achados, publicados na revista especializada The Lancet Infectious Diseases, "quantificam quão pior a pandemia poderia ter sido": apesar de prejudicado por desigualdades persistentes, o esforço da indústria farmacêutica teria "evitado mortes numa escala inimaginável", afirma o cientista.

Em 8 de dezembro de 2020 um funcionário de loja aposentado da Inglaterra recebeu a primeira dose do que seria uma campanha global de imunização. Nos 12 meses seguintes, mais de 4,3 bilhões tomaram uma das diversas vacinas contra a covid-19.

A simulação matemática dos cientistas de Londres indicou, ainda, que outras 600 mil vidas poderiam ter sido salvas, caso se tivesse cumprido a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de inocular 40% da população mundial contra a covid-19 até o fim de 2021.

Acertos e falhas da campanha de vacinação

O estudo foi financiado por diversas entidades, incluindo a OMS, o Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, a aliança de vacinas Gavi e a Fundação Bill e Melinda Gates.

Sua principal conclusão, de que se impediram 19,8 milhões de mortes na pandemia, baseou-se em quantas mortes excederam a taxa usual de mortalidade durante o período. Com base apenas nas vítimas confirmadas da doença, o mesmo modelo indica que 14,4 milhões de óbitos foram evitados.

A análise publicada pela Lancet não incluiu a China, devido a sua enorme população e à incerteza quanto ao efeito da pandemia sobre o total de óbitos no país. Há ainda outras limitações: os pesquisadores não levaram em consideração como teriam sido as mutações do vírus na ausência de vacinas. Tampouco se pesou o efeito da presença das vacinas sobre os confinamentos e o uso de máscaras.

Partindo de uma outra abordagem, um grupo do Institute for Health Metrics and Evaluation, de Seattle, EUA, chegou a 16,3 milhões de óbitos por covid evitados. Esse trabalho ainda não foi publicado.

Um de seus participantes, Ali Mokdad, lembra que a tendência de usar máscaras é mais forte quando ocorrem mais casos. Além disso, sem as vacinas, a onda da variante delta do coronavírus, em 2021, teria suscitado medidas oficiais mais fortes. Mesmo assim: "Podemos discordar dos números, enquanto cientistas, mas todos concordamos que as vacinas contra a covid salvaram muitas vidas."

Para Adam Finn, da Bristol Medical School, na Inglaterra, que não esteve envolvido em nenhum dos estudos, os achados evidenciam tanto as conquistas quanto as deficiências da campanha de vacinação; "Embora tenhamos nos saído bastante bem desta vez – salvamos milhões e milhões de vidas –, poderíamos ter ido melhor, e devemos nos sair melhor no futuro."

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Com informação do Brasil de Fato.

Bolsonaro sanciona lei sobre retorno de gestante ao trabalho presencial

 

Estudos mostram maior mortalidade por covid entre gestantes mesmo sem comordidades. (FOTO/ Agência Senado).

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (10) a Lei 14.311, que regulamenta a volta de gestantes ao trabalho presencial durante a pandemia, ainda em vigor. Pela nova lei, o patrão pode requerer o retorno presencial de trabalhadoras grávidas após estas terem tomados ao menos duas doses das vacinas CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer, ou a dose única da Janssen. A lei não prevê obrigatoriedade da terceira dose ou dose de reforço.

A sanção altera uma lei que estava em vigor desde 2021, e que garantia às mulheres grávidas o afastamento do trabalho presencial sem prejuízo do salário. Isso porque ficou demonstrada a alta de mortes de gestantes por covid, apesar da ausência de comorbidades. Com a sanção presidencial, confira a seguir as hipóteses em que o retorno ao regime presencial é obrigatório para mulheres grávidas.

Quando o retorno da grávida ao trabalho presencial é obrigatório?

Encerramento do estado de emergência; após a vacinação (a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização); se ela se recusar a se vacinar contra o novo coronavírus, com termo de responsabilidade; se houver aborto espontâneo com recebimento do salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.

O empregador poderá exigir o retorno presencial da gestante?

Sim. Caso o empregador opte pelo retorno, a trabalhadora gestante deverá retomar o trabalho, desde que esteja com o ciclo completo de vacinação, ou mesmo se não quiser se vacinar, desde que assine o termo de responsabilidade.

O empregador poderá manter a trabalhadora grávida no home office?

Sim. O empregador poderá manter a empregada grávida em teletrabalho com a remuneração integral, se assim desejar.

Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.

Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.

O que acontece com a gestante que optar por não se vacinar?

De acordo com a lei, não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual” da gestante. Ou, seja, é opção da trabalhadora.

Mas, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.

As empresas podem demitir as gestantes que não se vacinarem?

De acordo com entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a trabalhadora – ou trabalhador – que não tomar a vacina pode comprometer o bem coletivo e ser demitido, inclusive com justa causa, salvo peculiaridades de cada caso e em situações de restrições médicas que contraindiquem a vacina.

Sobre a mesma lei, Bolsonaro vetou a previsão de pagamento de salário-maternidade às gestantes que não completaram a imunização e que não podem realizar trabalho remoto. E também vetou o pagamento do benefício para mulheres que tiveram a gravidez interrompida. Nesse caso, a lei previa pagamento do benefício desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou período maior, nos casos de prorrogação.

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Com informações da CUT e RBA.

Covid-19: estados preparam flexibilização do uso de máscaras

No Distrito Federal, uso de máscaras em locais abertos deixa de ser obrigatório a partir da semana que vem. (FOTO/ Marcelo Camargo/ Agência Brasil).

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta quinta-feira (3) que irá flexibilizar o uso de máscaras contra a covid em locais abertos. A medida passa a valer a partir da próxima segunda (7). A Secretária de Saúde estadual do Rio de Janeiro foi além. A pasta deve anunciar ainda hoje a dispensa do uso da proteção facial inclusive em locais fechados. No entanto, o decreto deve garantir aos municípios a palavra final sobre a questão.


Já o governo de São Paulo deve avaliar os impactos do carnaval nos números da covid para decidir sobre a liberação do uso de máscaras nos próximos dias. Até mesmo a obrigatoriedade das máscaras nas escolas pode cair nas próximas semanas, de acordo com o secretário paulista de Educação, Rossieli Soares.

Para tais decisões, os governos se baseiam na redução nos números de casos e óbitos pela covid-19 no último período. Também apostam na vacinação como forma de conter o agravamento da doença. No entanto, apenas São Paulo atingiu mais de 80% da população com as duas doses, de acordo com painel da Rede Análise Covid-19. Esse é o percentual mínimo considerado por especialistas para a adoção de medidas de flexibilização. No Distrito Federal, esse índice está em 68,31%. No Rio, 67,75%.

Além disso, a cobertura da dose de reforço, necessária para impedir casos graves causados pela ômicron, é ainda menor. Mesmo em São Paulo, com a imunização mais avançada, apenas 35% estão completamente vacinados. No Rio e no Distrito Federal, são apenas 27,89% e 26,5% respectivamente.

Precaução

Para o pesquisador e membro do Observatório Covid-19BR Vitor Mori, em locais como transporte público, ambientes hospitalares e casas de repouso, a flexibilização seria “precipitada”. Ele destaca que o cenário da pandemia no Brasil atualmente é “muito melhor” do que há algumas semanas. “Mas isso não significa que precisamos chutar o balde”, ressaltou pelas redes sociais.

Nesse sentido, ele lembra que o uso de máscara é uma das poucas medidas que podemos controlar individualmente. “Se você segue preocupado com a covid-19 e quer continuar se protegendo e protegendo o seu entorno, continuar a usar máscaras em ambientes internos, especialmente os mal ventilados e com muita gente, é uma boa pedida”, explica Mori.

Ele também insiste na importância de ventilar bem ambientes internos. E chama a atenção para “brechas” na utilização no uso de máscaras nos ambientes de trabalho, por exemplo. Ele cita uma empresa em que todos trabalham de máscaras. Mas, apesar da possibilidade de terem se contaminado fora do ambiente de trabalho, se reúnem sem a proteção num local fechado e mal ventilado durante as refeições ou numa parada para um cafezinho. “Ainda assim, isso é melhor do que nunca usar máscara. Quanto mais tempo você fica exposto sem a devida proteção, maior o seu risco”, alerta.

As informações são da RBA. Leia o texto completo clicando aqui.


Fase aguda da pandemia pode acabar em 2022 se 70% do mundo estiver vacinado

 

Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: Denis Balibouse / Reuters

Nossa expectativa é do fim da fase aguda da pandemia este ano, desde que 70% da população mundial seja vacinada até o meio do ano, por volta de junho, ou julho”.

A declaração é do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, à imprensa, durante visita à África do Sul. “Está em nossas mãos. É uma questão de decisão” , afirmou na sexta-feira (11).

Na média mundial, 62% da população recebeu ao menos uma dose. Nos Estados Unidos são 76% e na União Europeia, 75%. O Brasil tem mais de 80%. Já no continente africano há meros 17% de vacinados.

O chefe da OMS estava visitando os laboratórios da empresa de biotecnologia Afrigen, com sede na Cidade do Cabo, que fabricou a primeira vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19 na África. O projeto Afigen é apoiado pela OMS e pelo mecanismo Covax de acesso a vacinas e está desenvolvendo uma vacina que não exija o congelamento imprescindível para preservar os imunizantes da Moderna e da Pfizer, portanto mais adaptável à realidade dos países da África.

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Com informações da AFP e da Mídia Ninja.

Vacinação de crianças seria mais rápida não fosse sabotagem de Bolsonaro

 

(FOTO/ Reprodução).

Apesar de o Brasil ter atingido a marca de 70,26% de sua população vacinada com duas doses contra a covid-19, neste sábado (5), o que representa 150.934.583 de cidadãos, a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos segue lenta em boa parte do país. A sabotagem e a incompetência de Jair Bolsonaro e seu governo são os principais responsáveis por isso. Mas o negacionismo e a displicência de muitas famílias também contribuem.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, 2.901.799 crianças receberam a primeira dose. Pode parecer muito, mas o número representa apenas 14,15% do total desse grupo. Claro que a vacinação não é igual - enquanto em São Paulo, o índice é cerca de o dobro disso, em Roraima é de 2%.

Considerando que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do glorioso Sistema Único de Saúde (SUS) é capaz de vacinar cerca de três milhões de almas diariamente, é menos uma questão da capacidade instalada e mais dos incapazes no poder.

Três ações do presidente da República e equipe foram fundamentais para que chegássemos a esse ponto. Primeiro, Bolsonaro dedicou-se arduamente para espalhar mentiras sobre a segurança da vacina e para desincentivar pais e mães a levarem seus filhos para serem protegidos. Usou a própria filha nessa batalha de desinformação, dizendo que não vacinaria a pobre coitada.

Segundo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e assessores fizeram o possível para atrasar o início do processo de vacinação, endossando a versão picareta do presidente em nome da manutenção de seus empregos e criando até uma inútil consulta pública quando a Anvisa já havia dado o aval para a aplicação do imunizante.

E, terceiro, o governo federal atrasou a compra de vacinas e a organização da logística para a sua distribuição em território nacional. Contratos com a Pfizer e o Instituto Butantan poderiam ter sido adiantados, mas estamos falando de um governo voltado a seus seguidores negacionistas, não na maioria da população. Agora, falta imunizante - o que para muitas famílias, é desesperador.

O negacionismo do presidente soou como música aos ouvidos de terraplanistas biológicos - há até gente brigando na Justiça para não vacinar seus filhos. O que é um absurdo, uma vez que a lei brasileira considera obrigatório que os responsáveis por crianças as levem para serem imunizadas.

Deve ser horrível ter na consciência a morte de um filho ou uma filha por consequência do próprio negacionismo diante da vacinação contra covid-19. Pois esse é o tipo de arrependimento para o qual não há cura.

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Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog.

Maioria dos brasileiros apoia vacinação infantil contra a covid-19

 

Saullo Nicolau tomando a vacina contra a Covid-19.
(FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Cerca 70% dos brasileiros é favorável a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a covid-19, o que vai contra ao posicionamento adotado pelo presidente Bolsonaro e propagado por algumas notas de ministérios, como o da Saúde e o da Mulher, Família e Direitos Humanos que emitiram notas visando desestimular a vacinação.

O levantamento foi feito pelo PoderData por intermédio de ligações para telefones celulares e fixos e publicizado nesta sexta-feira, 04. Conforme informações do Poder 360, a pesquisa foi realizada entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro e demonstra que apenas 23% se mostraram contrário a imunização infantil e 7% não souberam responder.

O público infantil começou a receber a dose do imunizante no dia 14 de janeiro do ano em curso.

Mortalidade infantil por covid-19 quintuplicou no último mês

 

Imagem ilustrativa - Pixabay/visuals3Dde.

O número de crianças que morreram em decorrência de complicações de covid-19 quintuplicou em janeiro de 2022 em comparação ao mês de dezembro de 2021, revelou um levantamento da Globonews divulgado na última segunda-feira, 31.

Os dados de mortalidade infantil foram obtidos por meio de informações do Registro Civil do Portal da Transparência e a análise levou em consideração atestados de óbitos de todo o território brasileiro desde o começo da pandemia, em março de 2020, até a última sexta-feira, 28.

O relatório mostra que desde o começo da pandemia, 343 crianças de 5 a 11 anos morreram em decorrência do novo coronavírus; entre elas 68 foram de indivíduos de 5 anos de idade. O número de mortes começou a aumentar em janeiro deste ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro óbito aconteceu em 12 de março de 2020 e, desde então, "1 criança entre 5 a 11 anos morreu a cada 2 dias". Em dezembro, foram registradas quatro mortes. Já em janeiro, o número subiu para 19 crianças.

Foi possível perceber um aumento assustador na mortalidade infantil em decorrência da covid-19 e, como destaca a Rolling Stone Brasil, esses números são apenas os de indivíduos cujas mortes foram atestadas em cartório. Além disso, a falta de notificação do começo da pandemia também pode ter reduzido o número total de casos.

Para o presidente da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), Gustavo Renato Fiscarelli, o cenário brutal para crianças ocorre por conta da falta de vacinação na faixa etária.

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Com informações do Aventuras na História.

Vacinas protegem contra a covid longa e resfriados, segundo estudos

Mesmo que alguém vacinado se infecte após tomar vacina, a progressão da enfermidade é muito mais branda - ©Evaristo Sa / AFP

Os vacinados correm risco menor de desenvolver sintomas de covid longa após a infecção do que os não vacinados. A conclusão é de um novo estudo preliminar por médicos da Universidade Bar-Ilan em Safed, em Israel, submetido à revista científica Nature na terça-feira (25/01).

Os casos estudados foram da fase inicial da campanha de vacinação, a partir de março de 2021. Os pesquisadores perguntaram a mais de 3 mil cidadãos testados por PCR sobre possíveis sintomas de covid-19 no longo prazo. Entre eles, 951 haviam tido uma infecção comprovada.

O resultado sugere que a vacinação ajuda a enfrentar melhor uma eventual infecção, que ocorra apesar da imunização. "É outro motivo para se vacinar", segundo Michael Edelstein, epidemiologista da universidade.

Fundamentalmente, as vacinas protegem já pelo fato de ajudarem a prevenir infecções. Mas, mesmo que alguém vacinado se infecte, a progressão da enfermidade é muito mais branda.

Isso também se reflete nos efeitos de longo prazo: os vacinados tinham 54% menos probabilidade de ter dores de cabeça; os sintomas de fadiga eram até 64% menos prováveis; e as dores musculares, 68% menos prováveis.

A intensidade dos sintomas observados correspondia aos valores que também haviam sido relatados pelos participantes do estudo que ainda não haviam sido infectados pela novo coronavírus.

Covid longa é difícil de determinar

Costuma ser difícil para os clínicos gerais diagnosticar com precisão a covid longa. Os pacientes muitas vezes sentem que não são levados a sério, quando reclamam.

Sintomas típicos como fadiga, cansaço, tonturas, falta de concentração ou dor muscular raramente são inequivocamente atribuíveis a uma infecção passada. Um estudo publicado na PlosMedicine em 28 de setembro de 2021, para o qual os pesquisadores analisaram os dados de 273.618 portadores de covid-19, confirmou essa dificuldade.

O estudo concluiu que quase 60% dos infectados ainda apresentavam sintomas após seis meses. A situação é semelhante à da gripe comum, em que 40% dos recuperados reclamam de sintomas similares aos da covid longa após seis meses.

No entanto, as estimativas da frequência de covid longa variam muito, dependendo da definição dos sintomas típicos. A Sociedade Helmholtz, por exemplo, a estima em menos de 10%, mas é possível que se tenham considerado apenas os casos graves como diagnósticos confirmados.

Vacinas também ajudariam contra resfriado

Pesquisadores das universidades de Ulm e Amsterdã apontaram outra razão para se vacinar: os imunizantes contra a covid-19 no mercado também ofereceriam alguma proteção contra outros coronavírus (hCoV), que geralmente causam resfriados. Além disso, seriam eficazes contra os patógenos do primeiro vírus da síndrome aguda respiratória grave (SARS-CoV-1).

A equipe liderada por Frank Kirchhoff, do Instituto de Virologia Molecular da Universidade de Ulm, afirma, num estudo publicado em 25 de janeiro na revista Clinical Infectious Diseases, que "a vacinação leva à neutralização cruzada eficiente da SARS-CoV-1, mas não da MERS-CoV. Em média, a vacinação aumenta significativamente a atividade neutralizadora contra [os vírus de resfriado] hCoV-OC43, -NL63 e -229E."

Cada vez mais recuperados contraem a ômicron

Enquanto isso, um grande estudo de saúde britânico mostrou que quase um terço dos que contraíram o coronavírus de 5 a 20 de janeiro de 2022 já haviam tido covid-19 antes. A variante altamente contagiosa ômicron é atualmente a dominante no Reino Unido.

O estudo, que integra o programa de pesquisa REACT sobre o coronavírus, consultou 100.500 indivíduos que haviam se submetido a testes rápidos de antígenos no período. Um a cada 23 participantes (4,41%) testara positivo. Foi o maior número de infectados, desde que o REACT começou, em maio de 2020. Em dezembro, a taxa fora de 1,4%.

Agora, 64,6% dos comprovadamente contagiados informaram já ter tido covid-19 no passado. Entretanto, como os dados se baseiam em notificações próprias, os números devem ser avaliados com cautela.

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Com informações do Brasil de Fato.

Prêmio Estratégias de Equidade no Enfrentamento à Evasão Escolar

 


O Geledés Instituto da Mulher Negra, em parceria com o Instituto Unibanco, iniciará o ano de 2022 com o Prêmio Estratégias de Equidade no Enfrentamento à Evasão Escolar: implicações da COVID-19 para a permanência na Educação Básica. Esta iniciativa tem como objetivo mapear boas práticas de enfrentamento à evasão escolar com recorte de raça/gênero/território/deficiências realizadas em diferentes regiões do país, reconhecer essas iniciativas por meio de premiações e difundir as experiências bem-sucedidas para ampliar repertório e estratégias da gestão educacional, gestão escolar e organizações estudantis.

A evasão escolar na rede pública é um problema histórico na sociedade brasileira que, diante do cenário de uma pandemia mundial, vem se agravando. Como sabemos, esse problema atinge majoritariamente as crianças e os adolescentes em condição de vulnerabilidade. A PNAD Educação de 2019 já apontava 8,5% de evasão entre estudantes de até 13 anos de idade, e de 18% entre aqueles de 19 anos ou mais. Dadas as desigualdades socioeconômicas, as chances de evasão se tornam 8 vezes maiores entre estudantes com idades entre 15 e 17 anos pertencentes ao grupo dos 20% mais pobres em relação aos 20% mais ricos.

Ao realizar oficinas de escuta com profissionais da educação e estudantes de escolas públicas sobre os resultados da pesquisa “A educação de meninas negras em tempos de pandemia: o aprofundamento das desigualdades”, que traz evidências sobre as atuais e futuras implicações da pandemia sobre as desigualdades de raça e gênero nos indicadores de evasão escolar, Geledés Instituto da Mulher Negra identifica uma série de ações realizadas por grupos/coletivos e organizações estudantis para enfrentar essa problemática, com estratégias de retorno e reinserção de crianças e adolescentes nas escolas. Profissionais da educação e estudantes também apontam maiores riscos para a permanência de meninas e pessoas negras no espaço escolar pós-pandemia.

Dado que ainda não existe nenhum esforço de sistematização dessas experiências, a instituição elabora a proposta do I Prêmio Estratégias de Equidade no Enfrentamento à Evasão Escolar: implicações da COVID-19 para a permanência na Educação Básica. Esta proposta busca apoiar secretarias de educação, unidades educacionais e estudantes diante do desafio de retomar as atividades escolares.

Todas as boas práticas de Equidade no Enfrentamento à Evasão Escolar deverão contemplar pelo menos um dos recortes de raça, gênero, territórios rurais e de povos e comunidades tradicionais e deficiências. A premiação está dividida em três eixos, conforme descrito abaixo:

Gestão Educacional: monitoramento de indicadores educacionais; orientação e acompanhamento das escolas; metodologias de busca ativa;

Gestão Escolar: monitoramentos da evasão escolar; estratégia de busca ativa; comunicação com as famílias; acompanhamento de estudantes;

Estudantes (grêmios, coletivos e entidades): ações de comunicação entre pares; ações de acolhimento de estudantes evadidos.

Serão premiadas até três iniciativas de cada um dos eixos supracitados, sendo que a recompensa para as iniciativas serão:

Gestão Educacional: Certificação de Secretaria Promotora de Equidade Racial.

Gestão Escolar: Kit Multimídia com projetor, computador, tela, caixa de som e microfone.

Estudantes: Kit Rádio escolar

Esta chamada terá 8 etapas, sendo elas: 1) Divulgação ampla e nacional do edital do Prêmio Estratégias de Equidade Enfrentamento à Evasão Escolar: Implicações da COVID-19 para a Permanência na Educação Básica; 2) Período de inscrições das secretarias, escolas e organizações estudantis; 3) Seleção de iniciativas participantes; 4) Divulgação dos resultados; 5) Gravação de vídeo sobre as boas práticas selecionadas; 6) Evento de premiação das boas práticas; 7) Composição do Banco de Boas Práticas; 8) Divulgação do Banco de Boas Práticas na área de educação do Portal Geledés e do Observatório da Educação do Instituto Unibanco.

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Com informações do Geledés. Clique aqui e confira o cronograma.

Guaramiranga -CE vacinou todos os adultos e não registra mortes por Covid-19 há 7 meses

 

Guaramiranga. (FOTO/ Portal Guaramiranga).

A cidade de Guaramiranga, no Ceará, não registra mortes por Covid-19 há sete meses. O resultado foi possível em razão da alta taxa de vacinação no município de 5 mil habitantes: até o momento, 96% dos moradores com mais de 11 anos já tomaram duas doses da vacina, enquanto 25% dos habitantes já receberam a dose de reforço.

"A gente fica muito satisfeito por ter tido essa vacinação e sabendo que a vacina salva", disse o professor Luzibergue Souza Carneiro. Guaramiranga foi a primeira cidade cearense a aplicar a primeira dose em todos os adultos, em junho de 2021.

Segundo o G1, o município foi escolhido para colaborar com um teste de eficiência da vacina. Os habitantes, assim que recebem as doses, passam por dois exames: o primeiro para detectar a presença do vírus e o segundo para avaliar o grau de imunidade a ele.

"O que nós temos apresentado é uma resposta bem positiva já na segunda dose. A gente prova que os pacientes que estão contraindo a Covid, por conta da vacina, eles estão tendo sintomas leves”, disseSilvana Soares de Souza, secretária de Saúde da cidade.

Esse monitoramento é importante para entender como se dá a transmissão e a gravidade, principalmente dos casos que têm acontecido. Até o momento, Guaramiranga não registra óbito desde junho de 2021", apontou a secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde do Ceará, Ricristhi Gonçalves.

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Com informações do G1 e do Aventuras na História.

Especialistas alertam a importância da vacinação infantil diante da variante Ômicron

(FOTO/ Tomaz Silva/Agência Brasil).


A vacinação infantil contra a Covid-19 no Brasil começou na sexta-feira passada (14) em São Paulo com a imunização do Davi, menino de oito anos de idade e indígena da etnia Xavante. Diante do avanço da vacinação nas crianças, volta à discussão o debate sobre a importância da imunização para esse público e a preocupação de alguns pais sobre os efeitos adversos da vacina.

O Ministério da Saúde recomenda que as crianças de cinco a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas sejam o grupo prioritário para receber as doses. São utilizadas as vacinas da Pfizer e a da Coronavac, liberada pela Anvisa nesta quinta-feira (20) em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O Governo de São Paulo está fazendo também um pré-cadastro opcional para agilizar o atendimento nos locais de imunização.

Segundo Naiá Ortelan, epidemiologista do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS) e com experiência em Nutrição Materno-Infantil e Promoção da Amamentação, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a contaminação do vírus responsável pela Covid-19.

“É bom ressaltar que, quanto maior o número de infectados, maior é a probabilidade de surgirem novas variantes e novas cepas desse vírus. Então, quanto maior o percentual da população estiver vacinada, menor a probabilidade das novas cepas surgirem”, explica a epidemiologista.

De acordo com Adriano Vendimiatti Cardoso, médico, escritor e divulgador científico, é muito difundida a ideia de que a Covid-19 costuma dar menos sintomas nas crianças, mas isso em comparação com os adultos. Entretanto, quando se compara os quadros de Covid-19 em crianças com outras doenças de infância, se percebe o quão grave o vírus é. Além de que a forma como a criança vai lidar com o vírus depende de seu quadro de saúde anterior e da situação de vulnerabilidade em que ela se encontra.

“Se a gente for olhar para os últimos dois anos, a Covid foi uma das maiores causas de adoecimento, internações e mortes nas crianças no mundo todo. Um dos campeões desses números é o Brasil. Se você for pensar em todas as doenças que são infectocontagiosas, nenhuma matou mais crianças que a Covid no ano de 2021”, pontua o médico.

No Brasil, foram 1449 crianças de até 11 anos mortas pela Covid-19 desde o início da pandemia, segundo a nota pública de membros da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19. “É interessante colocar também que mais de 2/3 das mortes de crianças no Brasil são de crianças pretas, pardas ou indígenas, o que mostra como essa população, até pela questão socioeconômica, está mais vulnerável”, ressalta o médico.

Diante da variante ômicron, a mais transmissível das cepas do novo coronavírus identificada até então, e da proximidade do retorno às aulas, o perigo de não vacinar as crianças aumenta ainda mais segundo os especialistas. “As crianças já tem naturalmente uma certa resistência em relação à Covid. Elas pegam menos. O problema é a ômicron. A ômicron está vencendo sobremaneira essa capacidade das crianças. Ela é mais virulenta que qualquer cepa que já surgiu até agora. Então, ao meu ver, as crianças poderiam estar frequentando as escolas com tranquilidade depois da segunda dose da vacina. Até que isso se complete, talvez, poderia ser feito um caminho híbrido”, explica Cardoso.

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Com informações da Alma Preta.

Ceará já vacinou mais de 13 mil crianças em uma semana

FORTALEZA, CE, BRASIL, 15.01.2021: Fortaleza iniciou hoje a vacinação de crianças de 11 anos. Cerca de 200 crianças estão agendadas (FOTO/Thais Mesquita/OPOVO)(FOTO/Thais Mesquita)

Desde o início da vacinação contra a Covid-19 no Estado, um total de 13.500 crianças entre 5 a 11 anos foram imunizadas em todo o Ceará. Dado foi divulgado na tarde deste sábado, 22, pelo governador Camilo Santana em suas redes sociais. Há uma semana, o uso das doses no público infantil era iniciado.

"Completamos hoje uma semana no início da vacinação das nossas crianças de 5 a 11 anos, um novo e importante momento da imunização dos cearenses. Até agora foram mais de 13.500 doses aplicadas, e nossa meta é agilizar essa vacinação para proteger o quanto antes as crianças do Ceará", comentou o petista nas redes sociais.

Camilo também reforçou a importância de fazer o cadastro da criança no Saúde Digital. Para qualquer cearense receber as doses, é necessário estar cadastrado na plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). De um total de 904 mil crianças cearenses, apenas 400 mil cadastros foram confirmados no Estado, segundo o governador. Em Fortaleza, menos da metade das crianças agendadas tomou a vacina contra Covid-19. Segundo dados fornecidos pela Prefeitura, do início da vacinação, no dia 15, até a última quinta-feira, 20, foram realizados um total de 11.080 agendamentos para esta faixa etária. No mesmo intervalo, o número de doses aplicadas foi de apenas 5.243, correspondente a apenas 47% do público esperado.

Capital inicia neste sábado a vacinação infantil para crianças com comorbidades entre 5 a 11 anos. A vacina aplicada é a da Pfizer, mas há previsão do uso da CoronaVac no Ceará após autorização da Anvisa para o público infantil. Sesa discutirá uso do imunizante e distribuição das doses para o Estado até a próxima semana. Dosagem da CoronaVac seria a mesma aplicada em adultos, medida tida como segura após análises técnicas.

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Com informações do O Povo.

Cecília de 11 anos é a primeira criança a receber dose de vacina contra Covid-19 no Ceará

 

Cecília de 11 anos é a primeira criança a receber dose de vacina contra Covid-19 no Ceará. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Este sábado, 15, foi um dia histórico para a valorização da ciência e para o processo de imunização das crianças do Estado do Ceará contra a Covid-19. Cecília, 11 anos, residente no Vila União, na capital, foi a primeira criança a receber a primeira dose da vacina.

A imunização foi registrada através dos perfis do governador Camilo Santana (PT), que ao descrever o momento destacou “a importância de os pais ou responsáveis cadastrarem as crianças no Saúde Digital” e completou “juntos vamos superar essa pandemia!

Cecília recebeu o imunizante da pediátrico da Pfizer. Ontem, 14, no Estado de São Paulo, indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 no país .

O Ceará recebeu nesta sexta-feira (14), 55.100 doses pediátricas da Pfizer que serão utilizadas para a imunização do público de 5 a 11 anos e já foram distribuídas aos municípios. 

Exigência da N95 começa a valer no dia 24 para trabalhadores do Ceará que lidam diretamente com o público

 

Modelo N95 é considerado mais seguro na prevenção a vírus respiratórios (FOTO/ Divulgação).

A obrigatoriedade do uso de máscaras do tipo N95 para trabalhadores de serviços essenciais no Ceará, medida anunciada pelo governador Camilo Santana nesta sexta-feira, 14, começa a valer somente no dia 24 de janeiro. O item de proteção será exigido apenas aos trabalhadores que lidam diretamente com o público em locais como farmácias, escolas, postos de saúde, clínicas e supermercados. Os que atuam na área administrativa ou em departamentos com funcionamento interno serão dispensados.

O período que antecede a vigência da nova medida, entre 17 e 23 de janeiro, será voltado para a adaptação dos estabelecimentos que precisarão se adequar à regra. Além da N95, os funcionários também poderão utilizar as máscaras modelo PFF2. Ambas são consideradas por especialistas como as mais seguras na prevenção a infecções por vírus respiratórios. Isso porque, além de reter gotículas geralmente emitidas durante a fala, espirro, ou tosse — como os demais tipos de máscara —, esses modelos também criam uma barreira de proteção contra aerossóis e ajudam a conter diferentes tipos de vírus ou bactérias.

O Governo do Estado ainda não informou se as empresas serão obrigadas a fornecerem o item de proteção aos trabalhadores. O produto é mais caro do que as tradicionais máscaras descartáveis ou feitas de pano. O preço médio de um pacote com cinco máscaras N95, por exemplo, varia de R$ 70 a R$ 90. Já o modelo PFF2 pode ser encontrado por um valor menor. Um kit com 10 unidades custa em média R$ 30.

Os detalhes sobre os setores que estarão sujeitos à nova norma sanitária serão conhecidos somente após a divulgação do novo decreto de isolamento social do Estado, previsto para ser publicado até este fim de semana.

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Com informações do O Povo.

Indígena de 8 anos é a primeira criança a receber dose de vacina contra Covid-19 no Brasil

(FOTO/ Reprodução/ TV Globo).

O indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 no país. A imunização ocorreu por volta das 12h desta sexta-feira (14) em um evento simbólico organizado pelo governo de São Paulo para inaugurar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

Nos postos de saúde da capital paulista, porém, a vacina só será aplicada a partir de segunda (17), conforme divulgado pela prefeitura. O mesmo deve ocorrer nas demais cidades do estado.

Da etnia xavante, Davi é morador de Piracicaba, no interior de São Paulo, mas está na capital paulista para realizar um tratamento médico. O governador João Doria (PSDB) acompanhou o ato no Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da capital.

O pai do menino Davi, o cacique Xavante Jurandir Seremramiwe, participou da cerimônia de forma virtual.

Agradeço a compreensão, visibilidade e diálogo com a questão indígena no estado de SP. Que sejam tomadas as vacinas para os guaranis que moram no litoral. Nós temos que tomar a vacina e não esquecer o uso da máscara, o distanciamento. Com certeza a nova geração estará segura quando as aulas voltarem. Elas estarão com saúde e brincando, disse.

A campanha infantil deve ocorrer de forma escalonada, em ordem decrescente, como foi feito com a população adulta, mas o governo aguarda o recebimento de doses para divulgar um calendário. Veja como vai funcionar a vacinação de crianças.

Nesta primeira fase, a prioridade será de crianças com algum tipo de comorbidade ou deficiência, além de indígenas e quilombolas. A expectativa do governo do estado é a de vacinar 4,3 milhões de crianças no período de três semanas.

A imunização simbólica realizada nesta sexta (14) e destinada a um pequeno grupo de crianças repete o modelo da primeira vacinação contra a Covid no país, quando a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, se tornou a primeira pessoa a receber a dose no Brasil.

Além de Davi Seremramiwe Xavante, também foram vacinadas outras crianças no evento inaugural, como Gianlucca Trevellin, de 9 anos, que tem atrofia muscular espinhal do tipo 1, além de Valentina Moreira, de 6 anos, e Caio Emanuel Oliveira, de 10 anos, que realizaram transplante de rim.

Graziely de Oliveira, de 8 anos, Leonardo Martinez, de 5 anos, Marcelo Gabriel Moreira, de 10 anos, Cauê Henrique dos Santos e Luiz Felipe Barboza, ambos de 11 anos, que possuem síndrome de Down, também receberam a vacinação durante o evento simbólico.

As crianças foram vacinadas pela enfermeira Jéssica Pires de Camargo, que também vacinou Mônica Calazans no evento que inaugurou a imunização contra Covid no país. De acordo com a gestão estadual, a capacidade de vacinação do estado é de 250 mil crianças por dia, podendo este número ser até superior de acordo com a demanda das famílias paulistas.

O pré-cadastro para vacinação desse público foi liberado na quarta (12). Os pais podem acessar o site do governo paulista (www.vacinaja.sp.gov.br) para inserir os dados da criança e agilizar o atendimento nos postos de saúde do estado.

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Com informações do G1.

Redução da quarentena pode potencializar crescimento da pandemia no Brasil

 

(FOTO/ Reprodução/ Brasil de Fato).

A redução da quarentena para contaminados e contaminadas pela covid-19 vai potencializar o crescimento de casos da doença e a pressão sobre o sistema de saúde.

Ouvido pelo Brasil de Fato, o médico infectologista Bernardino Albuquerque, da Universidade Federal do Amazonas considera a mudança "brusca" e com potencial para piorar um cenário que já é preocupante.

Nas últimas três semanas, a média móvel de infecções aumentou quase 17 vezes e a taxa de transmissão chegou ao maior patamar desde março do ano passado, quando o Brasil vivia o pior momento da pandemia.

Em 22 de dezembro, o cálculo da mediana (feito a partir dos dados dos últimos sete dias) chegou a um resultado de 3,1 mil novas contaminações a cada 24 horas.

Atualmente, essa conta ultrapassa 52 mil confirmações por dia. A diferença entre os números absolutos de cada data é ainda mais alarmante: uma escalada de 3,4 mil para mais de 87 mil casos nessa quarta-feira (12).

Albuquerque afirma que a diminuição da quarentena só é segura se houver testes em larga escala.

 "As recomendações do Ministério da Saúde são preocupantes porque trabalham com o critério de sinais e sintomas, que devem ser avaliados por profissionais médicos. Da forma como vem acontecendo a evolução de casos no país, nós estamos com grandes lotações e isso dificulta essa avaliação."

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Com informações do Brasil de Fato.

Lote de vacinas contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos chega ao Brasil

 

(FOTO/ Erasmo Salomão/MS).

O primeiro lote de vacinas contra a covid-19 específica para crianças chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13). A Pfizer entregou um lote de 1,2 milhões de doses do imunizante, desembarcado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O país tem uma população de cerca de 20 milhões de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. Portanto, o lote recebido alcançará pouco mais de 5% do público alvo. A Agência Nacional de Vigilância sanitária aprovou o imunizante e recomendou sua aplicação em 16 dezembro.

Assim, com um mês de atraso se inicia a distribuição – de forma proporcional à população de cada estado, que se encarregará do calendário da vacinação. Crianças com comorbidades, com deficiência, indígenas e quilombolas serão as primeiras a receber as vacinas contra a covid-19 a partir desta sexta (14). Em seguida, a ordem de aplicação será decrescente, ou seja, das mais velhas para as mais novas. Porém, o Ministério da Saúde recomenda prioridade para a vacinação de crianças que convivem com pessoas dos grupos de maior risco.

Crime contra a infância

Porém, os pais não serão obrigados a dar as vacinas nas crianças, o que pode dificultar o alcance do programa de imunização, apesar dos alertas de especialistas para essa necessidade. Além disso, próprio presidente Jair Bolsonaro estimula seus apoiadores a fazer campanha contra as vacinas, inclusive para crianças.

O pastor evangélico Silas Malafaia, ferrenho militante bolsonarista, chegou a postar em seu Twitter que vacinar crianças é um “verdadeiro infanticídio” e que os “números provam” que não haveria necessidade. Por essa prática, o Twitter excluiu 11 posts de Malafaia. O próprio presidente chegou a dizer que não vacinará a filha de 11 anos.

Desse modo, o presidente e seu ministro cometem mais um crime, desta vez contra o Estatuto da Criança e do Adolescente. Quem observa é o advogado Ariel de Castro Alves, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Cientistas e pesquisadores têm alertado que a variante ômicron, que se propaga em velocidade acelerada, não pode ser tratada como “branda”. Isso porque existe o risco de problemas físicos, respiratórios e até cognitivos que podem acompanhar no futuro uma criança infectada hoje pela covid-19 hoje. “É mais importante os pais se preocuparem com possíveis efeitos de longo prazo em crianças infectadas do que com qualquer suposto risco de tomar uma vacina”, alertou na semana passada o médico Stanley Spinner, diretor de Pediatria Infantil do estado do Texas, nos Estados Unidos.

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Com informações da RBA. Clique aqui e leia o texto completo.

Índio carrega pai nas costas por seis horas pra se vacinar

 

Indígena carrega o pai nas costas. Foto: Erik Jennings/Instagram/Reprodução


O jovem índio Tamy Zoé foi flagrado pelo médico Erik Jennings carregando o pai, Wahu Zoé, por quilômetros dentro da mata fechada até o posto de saúde. O objetivo, de acordo com o médico, era aplicar no pai uma dose da vacina contra o coronavírus.

De acordo com Jennings, em postagem na sua conta do Instagram compartilhada pela Articulação dos Povos Indígenas, este foi para ele “o momento mais marcante de 2021. Tawy Zoé trazendo o pai Wahu Zoé para a primeira vacina contra a covid-19. Tawy carregou o pai, por 6 horas dentro de uma floresta com morros, igarapés e obstáculos até a nossa base. Feito a vacina, colocou o pai nas costas novamente e andou por mais 6 horas até sua aldeia. Chega o ano de 2022, e não se registrou nenhum caso de COVID-19 na população Zoé.

Etnia Zoé

Depois, os dois regressaram de caminhada até a aldeia. Localizada no Norte do estado do Pará, os indígenas da etnia Zoé vivem em uma região entre dois rios: Cuminapandema e Erepecuru.

A cena foi compartilhada pela Articulação dos Povos Indígenas. Na publicação em seu perfil do instagram, Erik escreveu ainda sobre os impactos da pandemia na tribo que, até o momento, vive sem casos da doença.

Vacinação indígena no Brasil

O Ministério da Saúde informa que, até setembro do último ano, 80% da população indígena brasileira, acima de 18 anos, já havia recebido as duas doses do imunizante contra a COVID-19. Até a data, cerca de 87% do público-alvo já havia tomado ao menos uma dose.

Em outubro, 180 mil doses de reforço foram destinadas para o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSus). As primeiras doses chegaram nas áreas indígenas em 19 de janeiro de 1021.

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Com informações da Revista Fórum.