(FOTO/ Reprodução). |
Para
começar, falar sobre Paulo Freire é lembrar de um grande educador brasileiro.
Isso porque a força de um legado se mede pela relevância que mobiliza gerações
ao longo do tempo. Em um contexto de reestruturação das bases sociais,
ambientais e econômicas, as contribuições deixadas por Paulo Freire para a
educação brasileira, e para a pedagogia de maneira geral, são essenciais.
O
Patrono da Educação Brasileira é considerado um dos grandes pensadores da
educação mundial. Além de representar um marco para a política de alfabetização
nacional. Com obras traduzidas para mais de 20 idiomas, prêmios internacionais
e uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz, Paulo Freire prova que ações locais têm
impacto global.
O
que caracterizou o trabalho desenvolvido por ele entre as décadas de 1950 e
1990 foi o reforço da cultura de paz e a crença em uma educação democrática e
igualitária. Tais teorias se mantêm atuais, sobretudo diante dos desafios
trazidos pela pandemia, e ajudam a traçar parâmetros para as soluções que serão
construídas daqui para frente.
Relembre
5 lições de Paulo Freire que inspiram a educação brasileira até os dias de
hoje.
1. Educação para a cidadania
Um
dos principais conceitos da teoria de Paulo Freire fala sobre uma educação
orientada para a cidadania. Para o pedagogo, um processo de aprendizagem bem
conduzido leva em conta a realidade dos estudantes e da comunidade escolar,
estabelecendo uma conexão entre cultura, conhecimento e sociedade.
Ao
despertar a consciência sobre os problemas e as potencialidades do sistema que
o cerca, o indivíduo tem mais chances de encontrar soluções coletivas a partir dos
conhecimentos que adquiriu.
2. Aprendizagem significativa e
contextualizada
Paulo Freire dedicou sua carreira à alfabetização de jovens e adultos, atento às desigualdades no acesso à educação. Foi a partir da observação cuidadosa da realidade de seus estudantes, que o pedagogo passou a buscar alternativas para o modelo tradicional de escolarização. A busca resultou em um método de alfabetização que o tornou reconhecido nacional e internacionalmente.
A
metodologia, que leva seu nome, usa palavras do cotidiano dos estudantes para
engajá-los em um processo significativo de aprendizagem. Dessa forma, os
aprendizes são introduzidos ao mundo letrado ao mesmo tempo em que estabelecem
conexões com o mundo que os cerca.
3. Autonomia e escuta ativa
A
preocupação de Paulo Freire era também desenvolver habilidades como a autonomia
e protagonismo, para além do sucesso na alfabetização. Parte importante do
processo é estabelecer uma relação horizontal entre educadores e estudantes, em
que a escuta ativa cumpre um papel central na construção de conhecimentos.
Na
concepção do pedagogo, todos somos seres inacabados. Portanto, estamos sujeitos
a transformações contínuas. Sendo assim, a troca mútua de saberes se revela
muito mais efetiva quando feita através do diálogo.
4. Ação local, impacto global
Paulo
Freire escreveu obras marcantes, como “Pedagogia
do Oprimido” (1968), durante os 16 anos em que permaneceu em exílio, após o
golpe militar de 1964. E trabalhou com projetos de ação educativa em cerca de
30 países.
Recebeu
honrarias como o Prêmio UNESCO de Educação para a Paz e a indicação ao Prêmio
Nobel da Paz em 1995, por suas contribuições para a pedagogia. Mais de 350
escolas levam seu nome ao redor do mundo.
5. Políticas públicas integradas
O
pedagogo assumiu o cargo de secretário municipal de educação da cidade de São
Paulo quando retornou ao Brasil, no ano de 1989. Em seu mandato, Paulo Freire
defendeu, principalmente, três pilares: recuperação salarial dos educadores;
revisão curricular; e programas de alfabetização, sobretudo de jovens e
adultos.
Paulo
Freire entendia as políticas públicas integradas como um caminho possível para
alcançar o desenvolvimento da educação pública, democrática e de qualidade em
que acreditava.
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Com informações da Fundação Telefônica Vivo.
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