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O projetista Francisco Aldo apresentando Planta da Reforma da Câmara de Altaneira. (Foto: Reprodução/ Facebook da Câmara). |
Não
é de hoje que os discursos dos parlamentares de Altaneira estão de difícil
entendimento. Para aqueles que não costumam acompanhar regularmente as sessões
daquela casa legislativa, parece que tudo caminha na mais absoluta normalidade.
A oposição está a exercer o papel que lhe cabe - fiscalizar, cobrar, denunciar
– e, aqueles e aquelas edis que compõem a base de sustentação da gestão do
prefeito Dariomar Rodrigues (PT) de igual modo também – fiscaliza menos, cobra menos
e tece vários elogios.
Mas
não é bem assim que os fatos vêm se desenrolando. A Câmara está mais parecida
com uma extensão do paço municipal do que propriamente com uma casa a executar
o que lhe cabe regimentalmente. A exceção da moção do ex-presidente Lula
aprovada por maioria na última sessão, quase todas as proposições em destaque no ambiente legislativo têm tido poucos debates e raríssimos posicionamentos conflitantes.
Quase
tudo lá tem sido aprovado por unanimidade. O que é, no mínimo, incompreensível,
ante ao que era testemunhado nos bastidores e nas próprias sessões de tempos
não muito distantes. Vale destacar que poucas alterações no quadro foram
verificadas na última eleição. O que mudou realmente foram os quantitativos. Se
antes o lado oposicionista era maioria, agora não mais.
No
entanto, a oposição fervorosa de antes agora está com um discurso mais
desanimado e acolhedor. Nada de extravagância e de ir com muita sede ao pote.
As vezes testemunha-se que até ficam com sede. A situação, por sua vez, faz o que
lhe é cabível fazer.
Mas
ultimamente nota-se que o que mais tem marcado os dois lados é a mudança
corriqueira de opinião. Os lados estão volúveis demais. Ora são a favor de um
tema, ora não. Em sessão se posiciona com muito vigor sobre um assunto, na
outra aquela mesma matéria volta à pauta, mas não se percebe os argumentos de
quem antes se posicionou – contra ou a favor. O silêncio impera. Muda-se de
opinião como se muda de roupa. Essa tem sido a melodia que se escuta na câmara.
Prova
disso é a reforma do prédio que segundo dados colhidos na sessão do último dia
04 do mês em curso, está orçada em R$ 120.000 (cento e vinte mil reais). Mesmo
sem questionar de fato a necessidade da obra, o líder da oposição, o vereador
Adeilton (PSD) criticou o alto valor. O preço da obra, não entanto, foi negado
pelo presidente Antonio Leite (PDT).
Discutida
na reunião ordinária do dia 04, o tema voltou a ter visibilidade manhã desta
quarta-feira, 11, antes, portanto, da sessão. No ensejo, segundo informações
postadas na conta da Câmara no Facebook, o projetista Francisco Aldo apresentou
aos parlamentares a planta da reforma do prédio. Não foi informado o valor da
obra, tão pouco quanto custará aos cofres públicos. Entretanto, nada foi
discutido acerca da temática durante a sessão.
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