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Candidata deve manter discurso e aproveitar revés político da Lava Jato. (Foto: Wilson Dias/ Ag. Brasil). |
Ainda
com postura discreta na política e na mídia, a pré-candidata da Rede à
presidência da República, Marina Silva, indicou que deve reciclar o discurso
que adotou nas últimas duas eleições: de que ela seria uma “alternativa à polarização PT-PSDB”.
“Eles se perderam. Transformaram-se em
projetos de poder pelo poder. Fará bem à sociedade brasileira que eles tenham
um período sabático”, disse, em evento da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), em São Paulo. “A gente
não é a terceira [via], a gente é a primeira.”
Não
ficou claro, no entanto, o quão eficaz essa estratégia será no pleito desse
ano, já marcado pela fragmentação e pelo desgaste de tucanos com as denúncias
dirigidas a Alckmin e Aécio e de petistas em meio à prisão do ex-presidente
Lula. Ela sinalizou que pode se beneficiar do espólio da Operação Lava Jato,
que enalteceu e chamou de “Operação Lava
Voto”.
Quando
perguntada sobre o que fará de diferente esse ano, desconversou. “Perdemos ganhando [em 2010 e 2014]. Se Deus
quiser, agora vamos ganhar ganhando. É a derrota das estruturas pela força do
cidadão.” Minutos antes, em seu discurso, ela havia proposto o que chamou
de “presidencialismo de proposição”,
que consistiria em formar uma maioria com base nos políticos e membros da
sociedade civil que concordem com o programa de governo — e não com partidos.
“Nós vamos governar com os melhores de todos
os partidos, acabar com essa história de oposição por oposição”, disse.
Considerando que o partido da ex-senadora conta com três deputados federais, um
senador e nenhum governador, essa pode ser a unica forma.
Por
ora, ela disse estar conversando com os mesmos partidos do campo histórico de
2014. Se isso for verdade, pode representar uma guinada à direita: quatro anos
atrás, quando ela estava no PSB, Marina se coligou com os nanicos PHS, PRP,
PPS, PPL e PSL. Este último já se comprometeu a lançar Jair Bolsonaro em
outubro próximo.
Sobre
seu potencial concorrente, Joaquim Barbosa (PSB), Marina afirmou que respeita
sua decisão de entrar na política, mas que não tem uma chapa conjunta no
horizonte. “Não coloco a minha
candidatura na posição de desconstruir as outras.” (Com informações de
CartaCapital).
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