A
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em negar, por 6 votos a 5, habeas
corpus ao ex-presidente Lula, está sendo um dos assuntos mais comentados no
país. Manifestações em onze capitais foram marcadas antes mesmo de se iniciar
os votos dos ministros.
Juristas,
professores e ativistas sociais usaram as redes sociais para se manifestarem a
favor e contra a decisão da suprema corte. Ação repetida por sites e blogs que
não possuem como características o elitismo e o sensacionalismo barato – marcas
tão presentes nas chamadas “mídias de massas”.
O
site Socialista Morena publicou na manhã desta quinta-feira, 05, e o Blog Negro
Nicolau reproduziu, artigo de Cynara Menezes - jornalista e fundadora do
referido site -, em que ela defende que o ex-presidente Lula não “deve aceitar
uma prisão injusta, resultado de uma perseguição política que se confirmou nos
últimos dias com a absurda pressão de generais do Exército sobre o STF,
condicionando a aceitação do habeas corpus a uma intervenção militar”. Ainda
segunda ela, o ex-presidente, “como
vítima de perseguição política, tem direito a se asilar em algum país que preze
pelas instituições democráticas, o que já não é o caso do Brasil”.
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Professor Darlan Reis Jr. (Foto: Reprodução/Facebook) |
Já
o professor da Universidade Regional do Cariri (URCA), Darlan Reis Jr, sem
mencionar diretamente o caso em evidência, argumentou que algumas ações que
estão sendo promovidas para criticar o desrespeito à constituição e os ataques aos
direitos individuais e coletivos não estão surtindo efeitos e disse que é necessário traçar
estratégias sobre “como resolver nosso futuro coletivo” e que já é hora de “pensarmos
e agirmos”.
Abaixo
integra da nota do professor:
“Abaixo-assinado virtual? Não resolve.
Votação em enquete do Senado? Não
resolve.
Só postar nas redes sociais, com
"hashtag" e tudo? Não resolve.
Crença no republicanismo das
instituições brasileiras e no "estado democrático de Direito"? Não
resolve.
Ter advogados experientes e contar
com a Constituição de 1988? Não resolve.
Organizar atos públicos de massa, mas
em moldes tradicionais onde os políticos e lideranças sobem no palanque, a
massa aplaude e depois todo mundo volta para casa, devidamente
"protegido" pelas forças de segurança? Não resolve.
Tá na hora de pensarmos como resolver
nosso futuro coletivo. Pensarmos e agirmos”.
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Darlan Reis Jr.
é professor Associado da Universidade Regional do Cariri, Departamento de
História. Doutor em História Social pela Universidade Federal do Ceará. Tem
experiência na área de História, com ênfase em História Social, atuando
principalmente nos seguintes temas: mundos do trabalho, história agrária, lutas
sociais, escravidão, pobreza, direitos de propriedade, trabalhadores e suas
resistências. Líder do Núcleo de Estudos em História Social e Ambiente - NEHSA,
grupo de pesquisa cadastrado no CNPq. Coordenador do Centro de Documentação do
Cariri (CEDOCC). Coordenador do Curso de Graduação em História - manhã. Desde
junho de 2017 é pesquisador vinculado ao INCT-PROPRIETAS. É Mestre em História
Social pela Universidade Severino Sombra e Graduado em História pela Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Volta Redonda - UGB (1994). Informações
coletadas junto ao Lattes e ao Escvador.
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