Esta
semana, um aluno, ao se encontrar com um estudante negro, disse: achei um
escravo. Marielle foi executada. EXECUTADA, sim. Um professor confessou: odeio
pretos!
Nós
compartilhamos cada uma dessas notícias. Durante esses dias, nós #FomosTodos: o
estudante da FGV, Marielle e a favor da exoneração professor racista. Hoje
#TodoSomos.
Nos meses anteriores:
–
as cotas em diversas Universidades públicas foi fraudada e você se calou quando
houve fraudes no sistema de cotas raciais na sua universidade;
–
falou que não acredita que jovens negros morrem mais. Afinal, existem mais
negros na periferia, e na periferia as pessoas morrem;
–
relativizou quando mulheres negras saíram em defesa dos homens negros que foram
achincalhados por mulheres brancas racistas (o caso dos rappers);
–
falou que a Taís Araújo estava fantasiando sobre o racismo estrutural do
Brasil, quando disse em sua palestra que seu filho tem mais chances de ser
parado pela polícia e de ser assassinado.
–
usou Fernando Holiday e Luislinda Valois como exemplo para falar sobre questões
raciais;
–
achou o cúmulo da vitimização uma mulher negra com o cabelo “armado” reclamar
que não conseguia emprego por conta do racismo.
Não
se engane! O prego que hoje fecha o caixão dos corpos negros recebe uma
martelada sua. A indignação seletiva alimenta a estrutura política, social e
econômica que permite que essas atrocidades continuem a acontecer.
Não
adianta gritar fora golpista neste momento, o genocídio da população negra não
começou com o impeachment. Marielle cai como os seus, ao longo dos séculos, vêm
caindo. (Por Pâmela Guimarães-Silva , no Portal Geledés).
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(Foto: Reprodução/ Geledés). |
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