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21 de novembro de 2021

Enem 2021: mais de 208 mil candidatos devem fazer prova no Ceará neste domingo, 21

 

Estudantes de todo Brasil terão o primeiro dia de prova do Enem 2021 neste domingo, 2021(FOTO/ Marcello Casal JrAgência Brasil)

O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece neste domingo, 21 de novembro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a edição 2021 do exame teve 3.109.762 pessoas com a inscrição confirmada. No Ceará, são 208.841 estudantes que devem realizar a prova.

Destes, mais de 206 mil farão o exame impresso e apenas 2.457 escolheram o Enem Digital. O número é cerca de 36% menor que o total de inscritos para o Enem 2020 no Estado, quando 322.581 cearenses se inscreveram para versão impressa e 3.026, para a digital.

Neste domingo, o Enem impresso está sendo aplicado em 119 municípios cearenses. Já a versão Digital acontece apenas em Fortaleza, Quixadá e Sobral.

O Inep indica ainda que 56% dos inscritos no Estado são do sexo feminino e 63% se declararam pardos.

Os candidatos farão neste primeiro dia provas de Linguagens, Códigos e suas tecnologias; e de Ciências Humanas e suas Tecnologias; além da redação. No segundo dia de Enem, no próximo domingo, 28 de novembro, haverá provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Matemática e suas Tecnologias.

O que levar e o que não levar?

De acordo com o edital do Enem, os itens obrigatórios e permitidos no dia do exame são:

Documento original com foto (são válidos qualquer um dos seguintes: RG, identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros e refugiados, passaporte, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), entre outros). Não é válida a apresentação de carteirinha de estudante, crachá ou cópia mesmo autenticada de documento original;

Máscara

Caneta preta de tubo transparente

Cartão de confirmação de inscrição

Lanche (permitido)

Álcool em gel (permitido)

Já os itens abaixo são proibidos e alguns podem até resultar na eliminação do candidato:

Telefones celulares e quaisquer equipamentos eletrônicos. Devem ser mantidos desligados e devidamente guardados no envelope porta-objetos. Caso algum som seja emitido dos aparelhos durante a prova, o candidato será eliminado;

Qualquer dispositivo que receba imagens, vídeos ou mensagens;

Óculos escuros, bonés, chapéus, viseiras ou gorros;

Bebidas alcoólicas e/ou drogas ilícitas.

De olho na hora

No primeiro dia, os portões abrem às 12 horas e fecham às 13 horas (horário de Brasília). A duração da prova é de 5 horas e 30 minutos - das 13h30min às 19 horas (horário de Brasília).

Após às 15h30min, os candidatos podem sair do local de provas sem o caderno de questões. Somente após as 18h30min é possível sair com o caderno.

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Com informações do O Povo.

14 de novembro de 2021

Confira os principais temas que podem cair na prova de Ciências Humanas do Enem

 

O ideal é dedicar até três minutos para cada questão durante o Exame. (FOTO/ Shutterstock).

Marcada para o primeiro dia de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 21 de novembro, a prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias contempla as disciplinas de história, geografia, sociologia e filosofia, divididas em 45 questões. Para muito além de apenas decorar conceitos ou datas, é importante que os estudantes deem total atenção ao que está sendo demandado em cada questão, para evitar erros e a perda de tempo. 

De acordo com Thiago Cavalcanti, professor de história, o ideal para a reta final de estudos é focar na resolução de questões e administrar bem o tempo. Assim, o ideal seria dedicar três minutos para cada questão. Outra dica é não achar que uma pergunta fácil é uma pegadinha e perder tempo em busca de uma resposta alternativa. Logo após marcar, o correto é seguir adiante nas resoluções. 

Em relação aos temas que podem surgir na prova de história, Thiago reforça que o Enem não trabalha com uma cronologia. Ou seja, não necessariamente as questões sobre o Brasil Império serão seguidas pelo período da República, por exemplo. 

O professor destaca que existem três elementos das questões que os alunos precisam se atentar. “O primeiro deles é o texto, que vai trazer os elementos importantes para que ele entenda a questão. O segundo é o comando, que vai dizer o que ele precisa extrair do texto. E o terceiro são as alternativas que seriam complementos corretos a esse comando.”

A seguir, professores destacam as principais cobranças de cada matéria. 

HISTÓRIA

Grécia

Idade Média

Contato entre europeus e nativos, guerras, alianças, assimilação e resistência

Mudanças no mundo do trabalho, crescimento do pensamento liberal.

Revoluções burguesas

O século XIX, imperialismo, etnocentrismo, eugenia

Revolução Industrial

Brasil Colônia, Império e República 

Período entre guerras de 1914 a 1945

Guerra Fria e descolonização.

Segundo o professor Thiago Cavalcanti, existe o mito de que a Era Vargas e o período da Ditadura Militar não são cobrados no Enem por estarem ausentes nas duas últimas edições regulares, mas alerta que o regime militar caiu na edição digital e no Enem PPL, voltado para a população privada de liberdade, de 2020. Logo, o estudante precisa estar preparado para todos os contextos.

GEOGRAFIA

Geografia Agrária

Meio Ambiente

Globalização

Urbanização e questões ligadas à chamada Geografia Física (clima, relevo, vegetação e hidrografia).

O caderno de Humanas vem dando uma grande importância à Geografia nos últimos exames, sendo a disciplina mais cobrada. O entendimento das relações entre o meio social e o meio natural e suas consequências é o eixo norteador das questões. Além disso, a Geografia também é fundamental para o repertório utilizado na elaboração da redação do Enem”, explica Gildezio Santana, professor de Geografia e Atualidades. 

Para a edição deste ano, um tema que pode surgir é a geopolítica do Oriente Médio, em decorrência dos 30 anos da Guerra do Golfo, 20 anos do 11 de setembro e 10 anos da Primavera Árabe. 

SOCIOLOGIA

Cultura

Instituições Sociais

Transformações técnicas e tecnológicas

Cidadania, Democracia e Movimentos Sociais

A sociologia tem a possibilidade de ‘passear’ por todas as seis competências das Ciências Humanas do Enem e por praticamente todas as 30 habilidades propostas com muita facilidade. Tem se tornado fundamental pela possibilidade avaliativa e crítica que são exigidas na prova”, comenta Alexandre Neto, professor de Humanas.

 O professor explica que a cultura brasileira é o alicerce da prova. Assim, aspectos como resgate da memória, patrimônio, produção, aspectos comparativos, nascimentos de expressões culturais e outros assuntos referentes à cultura são comuns na prova do Enem. “Lembrar que a prova tem caráter social humanitário, que a condição humana amplamente defendida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e seguida pela constituição Brasileira em seu Art. 05 são bases para toda a prova do Enem.”

FILOSOFIA

Ética e Justiça

Filosofia antiga grega clássica

Idade Moderna

Sobre a avaliação deste ano, o professor Ítalo Gomes recomenda observar autores contemporâneos como Zizek e Byung-Chul Han. Além disso, é importante elaborar mapas mentais ou tabelas com os pensamentos dos clássicos gregos, de Kant, Descartes e Maquiavel, que sempre estão presentes. 

O professor ressalta que as questões de filosofia não são interpretativas, ou seja, as respostas não estão dentro do texto base e é preciso conhecer o discurso dos autores. “Você tem que, a partir do pensamento filósofo, chegar a uma conclusão por alguma proposta dependendo da habilidade da questão para resolução dela. Então, é muito importante que o aluno tenha o conhecimento não só do conteúdo, mas também que saiba o comando da questão, ou seja, que entenda o que a questão quer.

USE A NOTA DO ENEM

A Unifor preparou um ambiente especial para os alunos tirarem as principais dúvidas sobre o Enem. Por meio de cadastro no portal oficial do Vem Enem, os estudantes podem conferir apostilas, vídeos de professores, simulados e outros conteúdos para potencializar os resultados na prova, tudo de forma gratuita.

Inclusive, o ingresso dos alunos na Unifor pode ser realizado com a nota obtida no Enem, o que facilita o acesso dos estudantes.

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Com informações do Diário do Nordeste.

9 de novembro de 2021

A potência do Povo Negro

 

O Enem 2021 é considerado o mais branco da história. (Foto/Pexels).

O Brasil passa por uma das maiores crises de sua história. A falta de emprego, a volta da fome e um número absurdo de alunos fora da escola são alguns exemplos das mazelas que estamos enfrentando. E nós, jovens negros, estamos sendo atingidos diretamente com o descaso deste governo.

Já em 2020, o IBGE divulgou dados de 2019 mostrando que, dos 10 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos de idade que deixaram de frequentar a escola sem ter completado a educação básica, 71,7% são pretos ou pardos. E isso não são só números! Em minhas “andanças” pelas escolas públicas do Brasil, conheço tantos jovens negros potentes que deixam a escola para trabalhar e ajudar a renda da família… Quando vejo e escuto isso, mesmo com todo um trabalho de resgate que tento fazer, penso no futuro do Brasil…

Penso neste futuro que estará perdendo essas potências. Lembro que, assim como eu, que quero ser a primeira da minha família a cursar uma Universidade, existem tantos outros jovens negros que também desejam realizar este sonho. Mas me revolto em saber e ver que existe um enorme descaso do Governo Bolsonaro com as políticas públicas que dificultam a entrada de tantos na faculdade. E isso não é achismo meu. Temos prova, o Enem de 2021 é o mais branco e elitista desde 2009, de acordo com dados do levantamento feito pelo Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior).

O resultado da política de extermínio de Bolsonaro será sentida. Daqui a quatro, cinco, seis anos, não teremos grande parte da juventude negra se formando. Perde o Brasil, perde a economia, perdemos todos. Por isso, é imprescindível que lutemos agora, com toda força que temos, contra o desmonte nas escolas, contra a evasão escolar, contra a fome.

Neste novembro negro, assim como os demais meses do ano, vamos mostrar a nossa força para resgatar o nosso povo fora da escola. Vamos participar de campanhas, nos posicionarmos politicamente e mostrarmos que somos potência! Ninguém tira o Trono de Estudar!

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Por Rozana Barroso*, originalmente no Notícia Preta.

*Tem 22 anos, natural de Campo dos Goytacazes (RJ), é estudante de cursinho pré-vestibular popular, ativista da Educação e presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)

8 de novembro de 2021

Enem 2021: Governo Bolsonaro recomeça a temporada de sacanear estudantes

 

Jair Bolsonaro e o ministro Milton Ribeiro. (FOTO/ Reprodução/ Facebook/ Jair Bolsonaro)

Fazer Enem é uma longa corrida de obstáculos, ainda mais quando você é pobre. O governo Jair Bolsonaro, ao invés de ajudar a suavizar o caminho dos estudantes, coloca areia movediça, lagos com jacarés, canhões de raio laser e cercas eletrificadas no meio.

Como a nota do Exame Nacional do Ensino Médio é usada para a seleção em universidades dentro e fora do país, a prova é um momento em que o governo federal deveria garantir segurança e tranquilidade aos estudantes. Mas a gestão Jair Bolsonaro, por incompetência ou sadismo, tem transformado o antes, o durante e o depois em um inferno desde 2019.

Nesta segunda (😎, a 13 dias do Enem 2021, 29 servidores do Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação, pediram exoneração de seus cargos. Desses, 27 trabalham em áreas ligadas à prova, de acordo com reportagem do UOL. Com essas, são 31 demissões do Inep em uma semana.

No pedido de dispensa, citam a "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep". Danilo Dupas, presidente do órgão, é acusado por servidores de tomar decisões sem critérios técnicos, realizar assédio moral e se omitir de responsabilidades.

O bafafá começa a nova temporada de dores de cabeça imposta pelo governo Bolsonaro aos estudantes. Neste ano, o responsável pela lojinha é o pastor Milton Ribeiro, o ministro da Educação que acredita que crianças com deficiência estudando junto com as demais "atrapalha".

A realidade apontou que o principal problema envolvendo o Enem, mais do que ideologia, seria a incompetência aliada à soberba e à falta de transparência.

Com o MEC transformado na Casa da Mãe Joana já sob o ministro Ricardo Vélez Rodríguez, com pessoas que não ficavam no cargo o suficiente para esquentar a cadeira, sem planejamento, comando ou autocrítica e tendo sido loteado com grupos de extrema direita, o ministério tornou-se mais vulnerável a falhas.

O resultado veio a galope. Mais de 170 mil estudantes enviaram reclamações ao MEC por conta de sua nota no Enem 2019.

Alguns registraram representações no Ministério Público Federal, exigindo revisão geral da correção da prova, auditoria transparente nos processos e suspensão da seleção pelo Sisu (o Sistema de Seleção Unificado) enquanto tudo não fosse resolvido. As reclamações pipocaram nas redes sociais logo após o então o ministro Abraham Weintraub ter dito que aquele tinha sido "o melhor Enem de todos os tempos" em 17 de janeiro de 2020.

Quando os problemas do Enem 2019 ainda se faziam sentir, o governo federal veio com outra bomba, mantendo as datas para a realização do Enem 2020, desconsiderando que milhões de alunos do ensino médio de escolas públicas estavam com os conteúdos atrasados devido à pandemia de coronavírus. Foi tomar o caldo de uma segunda onda sem tempo de respirar após a primeira.

O Ministério da Educação chegou ao ponto de veicular uma campanha em que justificava para esses jovens que era legal ser largado à própria sorte. Dizendo que "a vida não pode parar", que "é preciso ir à luta", "se reinventar", "superar", quatro jovens atores pedem para que todos "estudem", "de qualquer lugar", "de diferentes formas", pois "seu futuro já está aí".

Enquanto a vida nas boas escolas particulares seguiu seu curso na pandemia, com plataformas de educação à distância, rico material didático e professores minimamente treinados para aulas pela internet, aulas em realidade virtual, na maioria das escolas públicas, estudantes foram obrigados a entrar em férias. Depois, a se conectar com uma realidade precária de ensino à distância, não por culpa dos docentes e dos gestores educacionais, mas pelas deficiências de parte do sistema público. Muitas casas não tinham acesso à internet, outras nem computador.

Fazer Enem é uma corrida de obstáculos, ainda mais quando você é pobre, como disse acima. Bolsonaro parece querer deixar claro que só os fortes devem sobreviver.

A menos, é claro, que você tenha o sobrenome "certo". Como mostrou a história da admissão da filha de Bolsonaro no concorrido Colégio Militar de Brasília sem passar pelas provas como os outros mortais, nós temos meritocracia sim. Pena que, por aqui, ela é hereditária.

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Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog. Lei a íntegra aqui.

26 de outubro de 2021

Vestibulares vão ter menos estudantes de escolas públicas e negros

 

(FOTO/ Reprodução/ Nexo).

O Enem e dois dos maiores vestibulares do país, a Fuvest (que seleciona para a USP, a Universidade de São Paulo) e a Comvest (Unicamp), registraram queda nas inscrições de estudantes negros e de escolas públicas nos processos seletivos para o próximo ano. Os dados foram levantados pelo portal UOL.

Em todos os três processos houve uma queda generalizada no número de inscritos em comparação aos anos anteriores. A Unicamp teve, no total, uma redução de 18,5% nas inscrições, sendo que a de estudantes negros caiu 25% e a de egressos de escolas públicas em 27,3% em relação à edição anterior. A expectativa do diretor da Comvest, José Alves, é que estudantes destes grupos tentem o ingresso por meio da nota do Enem.

Já a Fuvest, que também registrou queda acentuada na candidatura de pretos, pardos e indígenas (33% em relação à edição 2021), relativizou os números e afirmou que ele é “semelhante ao visto em outros anos desde que esse sistema de cotas foi implementado”. Menos estudantes de escolas públicas também vão pleitear uma vaga na USP para o próximo ano (uma redução de 25%).

“Eles se desvincularam do processo de aprendizagem e é uma pena, porque essa inclusão incipiente que vinha ocorrendo no ensino superior, de alunos negros e de baixa renda, se interrompeu” Claudia Costin, diretora-geral do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, em entrevista ao UOL

A situação mais preocupante, no entanto, é a do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O Enem é a maior porta de entrada para universidades públicas e privadas de todo o país e foi também o que registrou a maior queda na adesão de estudantes negros (52%) e de escolas públicas (31%) em relação à edição anterior. O cenário poderia ser ainda mais grave se uma decisão do Supremo Tribunal Federal não tivesse garantido a isenção para os estudantes que faltaram ao exame de 2020 em função da pandemia.

A avaliação de especialistas é que a baixa adesão desses estudantes aos grandes vestibulares é reflexo dos impactos da pandemia no ensino público. “Quando ficamos com escolas públicas fechadas por tanto tempo, sabendo que não há conectividade e equipamentos necessários para uma boa parcela dos alunos da rede pública, temos um cenário como esse pela frente”, afirmou ao UOL Claudia Costin. Para ela, a queda de inscritos negros e de escolas públicas aponta para um ensino superior “mais excludente e elitista” nos próximos anos.

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Com informações do Nexo.


3 de setembro de 2021

“Universidade para poucos”: Enem 2021 é o que tem mais brancos e menos pobres inscritos

 

(FOTO/ Divulgação).

A edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano contará com o menor número de inscritos pretos, pardos e indígenas dos últimos dez anos, segundo o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Além disso, o Enem 2021 contará também com o menor número de candidatos com isenção de taxa de inscrição. É um corte histórico e expressivo num processo contínuo de inclusão de estudantes negros e mais pobres que tinham no Enem a principal oportunidade de acesso ao ensino superior.

A edição 2021 do Enem recebeu o menor número de inscrições dos últimos 14 anos. Já chegou ao patamar de 8,7 milhões de inscritos, mas, em 2021, foram 3,1 milhões. A queda no número de inscrições se deve à decisão do governo Bolsonaro de retirar a isenção da taxa dos que faltaram na edição do Enem 2020. No entanto, neste mesmo período de 2020, a pandemia estava em um de seus momentos mais agudos e havia um medo justificável de se contaminar e contaminar os familiares.

A edição 2021 do Enem recebeu o menor número de inscrições dos últimos 14 anos. Já chegou ao patamar de 8,7 milhões de inscritos, mas, em 2021, foram 3,1 milhões. A queda no número de inscrições se deve à decisão do governo Bolsonaro de retirar a isenção da taxa dos que faltaram na edição do Enem 2020. No entanto, neste mesmo período de 2020, a pandemia estava em um de seus momentos mais agudos e havia um medo justificável de se contaminar e contaminar os familiares.

Diversas entidades estudantis e especialistas alertavam para a exclusão dos estudantes mais pobres desde junho, quando o edital do Enem 2021 foi publicado. Dentre as ações, está o pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reabra as inscrições do Enem com isenção aos ausentes. “O Ministério sabia que manter essa regra iria resultar na exclusão dos mais pobres e, ainda assim, decidiu mantê-la. Por isso, esperamos que a justiça possa intervir e reverter essa situação cruel”, diz Frei David, presidente da Educafro.

Ainda segundo ele, excluir alunos pobres e negros faz parte de um projeto político do governo Bolsonaro de que esta população não tenha acesso ao ensino superior. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirma que a pasta não pode arcar com os custos da prova de quem faltou anteriormente. Por outro lado, Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, fala de um retrocesso histórico no Enem já que “a participação dos estudantes historicamente mais excluídos vinha aumentando ano a ano, ainda que em um ritmo aquém do necessário (…)”, conclui.

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Com informações do Notícia Preta.

29 de agosto de 2021

Enem 2021: número de negros e indígenas inscritos cai mais de 50%

 

Enem 2021: número de negros e indígenas inscritos cai mais de 50%. (FOTO/ Getty Images).

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou o menor número de inscritos desde 2007. Por conta da pandemia do novo coronavírus, houve também uma redução mais acentuada na participação de candidatos negros e indígenas, em comparação com a última edição da prova. Em 2020, eram aproximadamente 2,7 milhões de estudantes, mas neste ano foram 1,3 milhão inscritos – uma redução de 51,7%. Em números percentuais, a queda de pessoas pretas (53,1%) e indígenas (54,8%) foi ainda maior. Em contrapartida, considerando os candidatos brancos, a diminuição foi mais sutil: de 35,8%.

O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), a pedido da Globonews, com base nos microdados de inscritos no Enem 2021 e apontou que neste ano, foram 3,1 milhões de inscritos – uma redução de 2,6 milhões com relação ao ano passado, que somou mais de 5,7 milhões de pessoas para realizar a prova.

No levantamento do Semesp, em 2020, 63,2% dos estudantes eram negros, amarelos ou indígenas. Neste ano, eles representam 56,4% do total. No entanto, os estudantes brancos passaram a ter maior representatividade: saltaram de 34,7% em 2020 para 41,5% em 2021.

O estudo informa que a classificação dos candidatos é feita com base na autodeclaração opcional dos alunos, no momento da inscrição.

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Com informações do Notícia Preta.