Participe da pesquisa nacional quer entender como o racismo é percebido e denunciado no Brasil

 

Percepções sobre racismo e os caminhos para a justiça. (FOTO | Reprodução).

O Instituto Orire de Comunicação e Educação, em parceria com o Instituto Sumaúma, anuncia a realização da pesquisa “Percepções sobre racismo e os caminhos para a justiça”,de diferentes regiões e classes sociais, têm conhecimento sobre os procedimentos legais disponíveis para denúncias nos casos racismo, injúria racial ou discriminação religiosa no Brasil.

A coleta de dados será realizada a partir desta quinta-feira (10). A entrega dos resultados, assim como uma cartilha educativa, estão previstos para outubro de 2025. Para participar basta responder o formulário neste link.

Com uma abordagem metodológica mista, que combina a aplicação de questionários quantitativos e entrevistas qualitativas, a pesquisa abordará pontos como: canais de denúncia, compreensão dos conceitos de racismo, injúria racial e discriminação, além do conhecimento sobre legislações antidiscriminatórias, entre outros.

“O conhecimento é uma ferramenta muito importante para as lutas sociais e antidiscriminatórias, neste sentido os dados desta pesquisa nos dará direcionamentos preciosos sobre como a população percebe e age em situações de racismo e injúria racial e a partir daí poderemos pensar soluções práticas de sensibilização e orientação“, diz Taís Oliveira, fundadora e Diretora Executiva do Instituto Sumaúma.

Em um país onde, 81% da população reconhece que o Brasil é um país racista, mas apenas 4% se autodeclaram racistas, segundo dados da pesquisa “Percepções sobre racismo no Brasil”, entender a percepção da população diretamente afetada é um passo urgente e necessário. Além disso, pretos e pardos representam 56% da população brasileira, e são maioria entre os mais pobres e entre as vítimas de violência e violações de direitos, segundo dados da PNAD, IBGE 2023.

“A gente quer ir além dos dados frios. Nosso objetivo é entender a vivência, os caminhos percorridos, ou não, por quem sofre discriminação, e principalmente, o que impede essa pessoa de buscar justiça. O Brasil precisa encarar o racismo de frente, com dados, com educação e com escuta”, afirma Thais Bernardes, diretora executiva do Instituto Orire.

Lançamento da Cartilha Educativa

O lançamento da pesquisa “Percepções sobre racismo e os caminhos para a justiça” acompanhará uma cartilha digital gratuita em parceria com o coletivo de advogadas negras Black Sisters in Law, com orientações  práticas e jurídicas para enfrentar o racismo no dia a dia no nosso país.

“Quando pessoas negras, indígenas e amarelas compartilham suas experiências e percepções sobre o racismo, elas estão fazendo mais do que responder a perguntas: estão rompendo o silêncio, abrindo caminhos e exigindo mudanças. A cartilha que surgirá desse processo, e que será elaborada pela BlackSisters in Law, tem o poder de transformar dor em ação, invisibilidade em reconhecimento, e revolta em justiça” que nos fere todos os dias, explica Dione Assis, advogada e fundadora do Black Sister in Law.

Impacto social e articulação nacional

O projeto reforça o compromisso do Instituto Orire com a educação, a equidade racial e a justiça social, pilares que fundamentam também as ações do portal Notícia Preta e da Escola de Comunicação Antirracista, iniciativas que juntas já impactaram mais de 20 mil pessoas no Brasil.

Além do impacto direto na vida das pessoas não-brancas, a pesquisa cria subsídios para políticas públicas, contribui para o aprimoramento de canais de denúncia e estimula o engajamento da sociedade civil.

Participe da pesquisa clicando aqui!

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Com informações do Notícia Preta.