(FOTO/ Divulgação). |
A
edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano contará com o menor
número de inscritos pretos, pardos e indígenas dos últimos dez anos, segundo o
Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Além disso, o Enem 2021
contará também com o menor número de candidatos com isenção de taxa de
inscrição. É um corte histórico e expressivo num processo contínuo de inclusão
de estudantes negros e mais pobres que tinham no Enem a principal oportunidade
de acesso ao ensino superior.
A
edição 2021 do Enem recebeu o menor número de inscrições dos últimos 14 anos.
Já chegou ao patamar de 8,7 milhões de inscritos, mas, em 2021, foram 3,1
milhões. A queda no número de inscrições se deve à decisão do governo Bolsonaro
de retirar a isenção da taxa dos que faltaram na edição do Enem 2020. No
entanto, neste mesmo período de 2020, a pandemia estava em um de seus momentos
mais agudos e havia um medo justificável de se contaminar e contaminar os
familiares.
A
edição 2021 do Enem recebeu o menor número de inscrições dos últimos 14 anos.
Já chegou ao patamar de 8,7 milhões de inscritos, mas, em 2021, foram 3,1
milhões. A queda no número de inscrições se deve à decisão do governo Bolsonaro
de retirar a isenção da taxa dos que faltaram na edição do Enem 2020. No entanto,
neste mesmo período de 2020, a pandemia estava em um de seus momentos mais
agudos e havia um medo justificável de se contaminar e contaminar os
familiares.
Diversas
entidades estudantis e especialistas alertavam para a exclusão dos estudantes
mais pobres desde junho, quando o edital do Enem 2021 foi publicado. Dentre as
ações, está o pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reabra as
inscrições do Enem com isenção aos ausentes. “O Ministério sabia que manter essa regra iria resultar na exclusão dos
mais pobres e, ainda assim, decidiu mantê-la. Por isso, esperamos que a justiça
possa intervir e reverter essa situação cruel”, diz Frei David, presidente
da Educafro.
Ainda
segundo ele, excluir alunos pobres e negros faz parte de um projeto político do
governo Bolsonaro de que esta população não tenha acesso ao ensino superior. O
ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirma que a pasta não pode arcar com os
custos da prova de quem faltou anteriormente. Por outro lado, Rodrigo Capelato,
diretor-executivo do Semesp, fala de um retrocesso histórico no Enem já que “a participação dos estudantes historicamente
mais excluídos vinha aumentando ano a ano, ainda que em um ritmo aquém do
necessário (…)”, conclui.
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Com informações do Notícia Preta.
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