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Ministro Alexandre de Moraes, do STF. (FOTO | Valter Campanato | Agência Brasil). |
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), contra Jair Bolsonaro que resultou em uma operação policial na manhã desta sexta-feira(18), cita alguns pontos que levaram à batida policial na sede do Partido Liberal (PL) e também na casa do ex-presidente. De acordo com Moraes, um dos pontos focais se deu por alguns posicionamentos de Bolsonaro tanto nas redes sociais, quanto em entrevistas a veículos tradicionais de comunicação.
No
entendimento do ministro, Bolsonaro confessou extorsão contra a Justiça
brasileira ao relacionar o fim do tarifaço aplicado por Donald Trump à sua
anistia frente às condenações que tramitam no na Suprema Corte em relação aos
atos antidemocráticos do oito de janeiro. Para Moraes, essas condutas configuram
obstrução de investigação.
“A conduta do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO é
tão grave e despudorada que na data de hoje (17/07/2025), em entrevista
coletiva, sem qualquer respeito à Soberania Nacional Do povo brasileir, à
Constituição Federal e à Independência do poder Judiciário, expressamente,
confessou sua consciente e voluntária a atuação criminosa na extorsão que se
pretende contra a justiça brasileira, condicionando o fim da ‘taxação/sanção’ à
sua própria anistia”, escreveu o ministro no documento.
Outros
dois pontos citados na decisão, foi uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro
com Ricardo Pita, que é conselheiro do Departamento de Estado dos EUA em 6 de
maio e uma publicação em suas redes sociais em tom de ameaça.
“Ao publicar nota em sua rede social, JAIR
MESSIAS BOLSONARO declarou que ‘o alerta foi dado, e não há mais espaço para
omissões’ “I” aos poderes que ajam com urgência” diz trecho da decisão.
Ainda
segundo o documento redigido pelo ministro, Eduardo Bolsonaro Junto ao seu pai,
cometem “atentados à soberania nacional”
com o objetivo de desestabilizar a economia e pressionar o poder judiciário,
visto que o ex-mandatário repassou R$ 2 milhhões de reais ao filho que se
encontra nos EUA, prática considerada como forte indício de alinhamento entre
os dois na visão da Procuradoria Geral da República (PGR).
Moraes
ainda se posicionou contra pressões internacionais acerca do julgamento de Jair
Bolsonaro.
“A soberania nacional não pode, não deve e
jamais será vilipendiada,negociada ou extorquida, pois é um dos FUNDAMENTOS DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,expressamente previsto no inciso I, DO ARTIGO 1°
da Constituição Federal”, escreveu Alexandre de Moraes.
Um
dos filhos do líder ideológico da direita brasileira, Flávio Bolsonaro, usou a
rede social X (antigo twitter) para se pronunciar sobre o acontecimento.
“Fica firme, pai, não vamos nos calar! A
proposta de humilhação deixará cicatrizes em nossas almas, mas servirão de
motivação para continuarmos lutando pelo nosso Brasil livre de déspotas.
Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou
conta de Alexandre de Moraes para tomar medidas totalmente desnecessárias e
covardes“, escreveu.
O
governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Reoublicanos), também
se pronunciou em nota oficial.
“Não conheço ninguém que ame mais este país,
que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro. Não imagino
a dor de não poder falar com um filho. Mas só as humilhações trazem tristeza, o
tempo trará a justiça. Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o
caminho do equilíbrio, Não haverá paz social sem paz política, com visão do
longo prazo, com eleições livres, justas e competitivas” disse em um dos trechos
da nota.
Já o
Partido Liberal (PL) classificou as ações como “Desproporcionais” em comunicado divulgado nas redes sociais.
“O PL considera a medida determinada pelo
Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer
resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com
todos os órgãos de investigação”. diz trecho do comunicado.
Outros desdobramentos
Após a operação policial e a instalação da tornozeleira eletrônica, o STF formou maioria para manter as medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo a proibição de interações com Eduardo Bolsonaro que deve permanecer nos Estados Unidos e o impedimento de usar as redes sociais. A sessão extraordinária que acontece de forma virtual já registrou os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, ainda faltam votar Cármen Lúcia e Luiz Fux.
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Com informações do Notícia Preta.
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