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(FOTO | Gilvan Oliveira | MST). |
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(FOTO | Gilvan Oliveira | MST). |
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Além do MST, o jantar em homenagem a Silvio Almeida é organizado pelo Prerrogativas, a AJD e a ABJD - Tânia Rêgo/Agência Brasil. |
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza um jantar em apoio ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, no Armazém do Campo, na região central de São Paulo, nesta sexta-feira (18). O objetivo é reconhecer a “atuação de Silvio Almeida em defesa do povo brasileiro" e sua luta pela democracia.
“O jantar será uma grande homenagem da sociedade civil e dos movimentos populares e das lideranças populares como reconhecimento pelo bom trabalho que o ministro está fazendo. Nossa esperança é muito grande com os projetos que estão por vir. Então será um momento de reconhecer o trabalho realizado e dizer que estamos apostando a nossa esperança no trabalho dele, à frente do Ministério dos Direitos Humanos”, afirma Ney Strozake, advogado do MST e especialista em movimentos populares e reforma agrária, que estará presente no jantar.
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A Reforma Agrária segue sendo uma transformação fundamental para a construção de um projeto de desenvolvimento. - Manuela Martinoya - MST. |
No
dia 17 de maio, foi instaurada na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), a
Comissão Parlamentar de Inquérito do MST, com o objetivo de investigar uma
suposta escalada de ocupações de terras no Brasil. É a quinta CPI enfrentada
pelo MST ao longo de sua história. Expressão da correlação de forças
desfavoráveis no Congresso, a presidência da CPI ficou com o Coronel Zucco
(Republicanos-RS), investigado por incentivar os atos golpistas do 8 de
janeiro; e a relatoria com Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro de Bolsonaro,
investigado por um conjunto de crimes ambientais, inclusive, organização
criminosa, quando tentava “passar a boiada” à frente do Ministério do Meio
Ambiente.
O
que temos visto desde então é um verdadeiro circo de horrores, com a tentativa
absurda de associar à luta pela terra no Brasil ao trabalho escravo e ao
narcotráfico. Justamente o inverso da realidade brasileira, como demonstram as
recentes denúncias de trabalho escravo nas vinícolas em Bento Gonçalves (RS),
mas também, como evidenciado pela Agência Pública, em matéria de outubro de
2020, uma investigação da Polícia Federal realizada naquele ano demonstrou que
parte dos lucros com o tráfico de cocaína no Brasil são lavados no agronegócio,
através da aquisição de fazendas nas regiões de fronteira e no financiamento de
campanhas.
Na
verdade, o objetivo da CPI do MST é atacar o governo Lula e criminalizar a luta
popular no Brasil, buscando desviar o foco da CPMI dos atos golpistas do 8 de
janeiro. Vale lembrar que a democracia e os direitos sociais no Brasil são
conquistas da classe trabalhadora. Se dependesse de grandes proprietários de
terra no país, ainda viveríamos em uma sociedade escravista. Aliás, a própria
Abolição, longe de ser uma benevolência da princesa, foi produto da luta da
população escravizada e do movimento abolicionista, que defendia que o fim da
escravatura no país fosse acompanhado justamente da democratização da
propriedade de terra, da Reforma Agrária!
Neste
sentido, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra é
continuidade da luta abolicionista no Brasil, mas também das lutas camponesas
ocorridas com o advento da República, tais como Canudos, Contestado, Caldeirão,
das Ligas Camponesas no Nordeste, do MASTER, no Rio Grande do Sul, etc.
Enquanto não for democratizado a propriedade da terra no país, surgirão
movimentos como o MST que lutarão pelo acesso à terra.
Portanto,
como nos dizia o saudoso Florestan Fernandes, o que a CPI evidencia é
justamente o caráter autocrático das classes dominantes no país, que são
incapazes de relacionar desenvolvimento econômico, democracia e soberania e
que, por conseguinte, tem um verdadeiro pavor quando os trabalhadores se
organizam e lutam por seus direitos. Tratam a questão social no Brasil como
questão de polícia.
Por
isso, é fundamental que todos os democratas defendam o Movimento dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra de mais uma tentativa de
criminalização. A Reforma Agrária segue sendo uma transformação fundamental
para a construção de um projeto de desenvolvimento, que produza alimentos
saudáveis, que desenvolva o mercado interno, que estimule a industrialização,
mas, que sobretudo, recupere a dignidade do povo brasileiro e acabe de uma vez
por todas com a fome em nosso país.
__________
Com informações do Brasil de Fato-CE
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Produtos da reforma agrária são cultivados em acampamentos e assentamentos e beneficiados em cooperativas e agroindústrias do MST espalhadas pelo país. (FOTO/ Divulgação). |
Uma
comitiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai até a sede
da Rede Globo, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), para entregar uma
cesta de produtos da reforma agrária aos apresentadores do Jornal Nacional
Renata Vasconcellos e William Bonner. A ação ocorre após o MST ser citado
durante a entrevista de ontem (25) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Isso porque Renata questionou se a resistência de setores do agronegócio
a Lula seria em função da relação do PT com os sem-terra. O ex-presidente
rebateu.
“O MST está fazendo uma coisa extraordinária:
está cuidando de produzir”, respondeu Lula. “Não sei se você sabe, o MST, hoje, tem várias cooperativas e o MST é o
maior produtor de arroz orgânico do Brasil. Você tem que visitar uma
cooperativa do MST, Renata. Você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não
existe mais”, acrescentou.
Do
mesmo modo, Marina dos Santos, a Marina do MST, que lidera a comitiva do
movimento que vai até a emissora carioca, comentou o episódio. “Temos que
desmistificar as informações que chegam à sociedade brasileira sobre o MST. E
acreditamos no papel central que cumpre, para isso, uma imprensa livre e
comprometida com o desenvolvimento social.”
As
cestas que os apresentadores do Jornal Nacional vão receber contêm o arroz
orgânico Terra Livre, o suco Monte Vêneto, o café Guaií, um boné do MST, melado
da cooperativa Copavi, açúcar mascavo e uma geleia. Todos os produtos são
comercializados no Armazém do Campo, rede de lojas do MST presente em 14
estados e no Distrito Federal.
O
MST, que tem mais de 38 anos de história, organiza mais de 450 mil famílias
assentadas e 90 mil acampadas. Além disso, conta com 160 cooperativas e 140
agroindústrias espalhadas pelo país.
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Com informações da RBA.
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Capa do livro lançado neste mês: histórias de militantes sem-terra contadas por eles mesmos. (FOTO/ Reprodução). |
No mês em que se celebra o Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia (hoje, 17), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está lançando o livro LGBT Sem Terra rompendo cercas e tecendo à liberdade, em que integrantes do MST contam suas histórias. O trabalho, publicado pela editora Expressão Popular, foi feito pelo Coletivo LGBT Sem Terra. Para o mês que vem, está previsto um ato virtual de lançamento.
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(FOTO/ José Eduardo Bernardes). |
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aposta em mudanças na correlação de forças do continente americano em 2021. "Já começaram a soprar os ventos favoráveis dos Andes", disse o economista de formação em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.