Cinco
famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no
Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media
Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em
conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF),
baseada na França.
A
pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado
anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia,
Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se
de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da
Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao
redor do mundo.
A
pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela
Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos dez
indicadores do ranking, o País apresenta risco "alto" em seis deles,
como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias.
No
caso do Brasil, o levantamento listou os 50 veículos de mídia com maior audiência
e constatou que 26 deles são controlados por apenas cinco famílias. O maior é o
Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses 50 maiores veículos.
Além
da rede Globo, líder de audiência na tevê aberta, a Globo tem presenças
relevantes na tevê a cabo (com a GloboNews e outros 30 canais); no rádio, com a
CBN e a Rádio Globo; e na mídia impressa, com títulos como os jornais O Globo,
Extra, Valor Econômico e a revista Época.
Segundo
a pesquisa, o grupo Globo alcança sozinho uma audiência maior do que as
audiências somadas do 2º, 3º, 4º e 5º maiores grupos brasileiros. (Com informações de CartaCapital).
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Relatório destaca a concentração econômica na mídia brasileira. (Foto: Bruno Bull/MOM Brasil). |
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