21 de julho de 2017

Professor diz em sala de aula que “homossexuais inventaram a AIDS”


O Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre emitiu nota de repúdio nesta terça-feira, 18, contra as declarações consideradas homofóbicas proferidas em sala de aula no último dia 12 de julho pelo professor de Sociologia da Comunicação, Mauro Rocha.

Do AC24h - Aos alunos do 2º período do curso de Comunicação Social, Mauro Rocha afirmou que “os homossexuais inventaram a AIDS”, “mulheres lésbicas são frutos de abusos dos pais”, “homossexualidade é uma anomalia genética”, “gays não podem adotar” e finalizou com “ser gay é uma opção”. A nota de repúdio informa que ao ser questionado por um dos alunos presentes, o docente respondeu: “eu não sabia que aqui nessa sala tinha essas coisas”, referindo-se aos alunos homossexuais da sala como meros objetos.

Na nota, o Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo diz que 

como jornalistas em processo de formação, aprendemos que é nosso dever ético opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e estaremos acompanhando o desenrolar dos procedimentos e tomando as providências cabíveis”.

Durante a tarde inteira e parte da noite desta terça-feira, o ac24horas tentou falar com Mauro Rocha por telefone, mas o aparelho do professor estava desligado. A reportagem enviou uma mensagem ao professor com o objetivo de ouvi-lo, porém até às 22h desta terça-feira não havia obtido resposta.

O Diretório Central dos Estudantes da Ufac também emitiu nota repudiando as afirmações do professor e disse que vai acompanhar o caso. 

Em um espaço de emancipação e troca de conhecimentos como o meio acadêmico, não podemos aceitar em hipótese alguma que qualquer discente se sinta repreendido, oprimido ou excluído dos meios em que frequenta, ainda mais a sua própria sala de aula”, diz a nota do DCE.


O reitor da Ufac, Minoru Kinpara, ficou sabendo do caso ao ser indagado por ac24horas. Ele disse, a priori, que a instituição repudia qualquer atitude de desrespeito no interior da instituição. Minoru afirmou que vai se “inteirar” do fato nesta quarta-feira para abrir um processo de investigação.

Universidade Federal do Acre. Foto: Divulgação.

20 de julho de 2017

A impressionante foto que mostra o impacto do Tour de France nas pernas de um ciclista


Uma espiadela na foto abaixo faz questionar se fazer exercício é algo que realmente só faz bem.

Mas é preciso dizer que as pernas do ciclista polonês Pawel Poljanski tinham pedalado 2.829 km em apenas 18 dias quando ele postou a foto delas no Instagram, pouco após completar a 16ª etapa do Tour de France, a mais tradicional prova do ciclismo, que ainda está em curso.

Da BBC - "Depois de 16 etapas, minhas pernas estão cansadas", disse ele na postagem, em um comentário que beirou o sarcasmo.

Seus seguidores, porém, estavam mais preocupados com sua saúde.

"Por favor, vá ao médico", pediu um deles.

Mas o que aconteceu com o polonês para que ele se parecesse, nas palavras de um seguidor, com uma "folha humana"?

'Normal'

O ex-ciclista britânico Rob Hayles, ex-campeão mundial, conta que o aspecto das pernas do polonês não é tão anormal assim.

"Já vi ciclistas parecendo daquele jeito até no inverno, mesmo sem treinar."

Hayles explica que, para esses atletas, a relação entre força e peso é crucial em uma competição marcada por provas de velocidade e resistência, com grandes aclives.

"Um ciclista de velocidade tem mais força, mas geralmente seu peso é maior, e por isso ele não acompanha o ritmo na subida. Daí, você precisa de equilíbrio entre força e peso", diz.

"A foto (de Poljanski) mostra que menor gordura corporal dá a um ciclista melhores chances de desempenho - apesar de não ser saudável."

O mais chocante é ver uma foto do estado normal as pernas do polonês, tirada durante as férias, há alguns meses. Praticamente não havia veias à mostra ou queimaduras de sol.

Inchadas e com queimaduras  de sol, as pernas de Poljanski não são uma propaganda saudável do ciclismo.
Foto: Instagram/Poljanski. 



Prefeito Dariomar Soares anuncia data em que Altaneira será contemplada com rodovia que liga ao Assaré


O prefeito de Altaneira, Dariomar Soares (PT), se reuniu na manhã desta quinta-feira, 20, em Fortaleza, com o secretário estadual da Casa Civil, Nelson Martins.

Conforme informações constantes no site do município, o encontro ocorreu na sede da Casa Civil e contou com a participação de Afonso Sampaio (PSD), prefeito de Nova Olinda. A reunião tinha como pauta a construção da rodovia que liga Altaneira a Assaré e, de acordo com Dariomar, ficou acordado um encontro para o dia 31 do corrente mês com o governador Camilo Santana (PT) e, na oportunidade, os munícipes serão contemplados com a pavimentação asfáltica de 24 km.

O valor da obra, ainda sem data definida para começar, está orçado em R$ 26 (vinte e seis) milhões.

No anúncio, o prefeito afirmou que um dos sonhos dos altaneirenses está muito próximo de se concretizar, ao passo que parabenizou aos munícipes e agradeceu ao Camilo Santana. 

Prefeito Dariomar Soares em reunião com o Secretário Estadual da Casa Civil, Nelson Martins. Foto: Divulgação.

MEC poderá pedir empréstimo ao Bird para reforma do ensino médio



O Ministério da Educação (MEC) poderá pedir um empréstimo de US$ 250 milhões ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para implementação da reforma do ensino médio nos estados. O empréstimo foi autorizado pelo Ministério do Planejamento.

Da Agência Brasil - Entre as principais ações previstas estão a formação de técnicos educacionais para adaptação dos currículos e elaboração dos itinerários formativos e o repasse de recursos para reprodução de material de apoio e para incentivar a implementação dos novos currículos. Também está previsto o apoio às secretarias para a transferência de recursos às escolas para implementação do tempo integral.

Além disso, os recursos servirão para capacitação de gestores e técnicos para o planejamento das mudanças. A assistência técnica apoiada pelo banco deverá oferecer serviços de consultoria especializados, de alto nível, para apoiar o MEC e as secretarias estaduais.

O projeto de reforma no ensino médio foi apresentado em março deste ano pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a representantes do Banco Mundial, em Washington. O valor total estimado pelo MEC para as ações a serem realizadas é de US$ 1,577 bilhão.

O novo ensino médio é uma mudança do sistema atual de ensino. Com a flexibilização da grade curricular, o novo modelo permitirá que o estudante escolha uma área de conhecimento para aprofundar seus estudos.

Mec poderá pedir empréstimo para custear reforma do ensino médio. Foto: Reprodução.

Livro terá análise de juristas sobre sentença de Moro que condenou Lula


Um grupo de especialistas da área jurídica vai reunir em um livro artigos analisando a sentença da ação penal que resultou na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Da RBA - "A ideia do livro surge de uma reação imediata de juristas, professores de Direito e advogados diante da longa sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro na semana passada. São 238 páginas, e na maior parte das vezes isso é muito complexo para o público em geral, e mesmo para as pessoas que lidam com Direito há uma série de aspectos que precisam ser analisados com calma", avalia Carol Proner, professora de Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integrante da Frente Brasil de Juristas pela Democracia e uma das organizadoras da obra, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, à Rádio Brasil Atual.

Segundo ela, foi boa a recepção no meio jurídico em relação à proposta de elaboração do livro. "Nos surpreendeu quando fizemos o convite que, em menos de 24 horas, 60 professores, nomes fortes do Direito brasileiro, se comprometeram a entregar um extrato sobre a sentença em um prazo curto que demos, de 10, 15 dias no máximo", conta. "Hoje somos mais de 120 autores lendo e analisando, com o respeito devido que deve ter uma sentença de um juiz monocrático, mas com o direito de analisar esse documento que define o juízo sobre um personagem da história brasileira, que foi presidente da República."

Entre os autores presentes na coletânea estão nomes como o do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, do professor titular da Unisinos (de São Leopoldo-RS) e Unesa (Estácio de Sá) Lênio Streck, do livre-docente em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Afrânio Silva Jardim, entre outros professores que, como lembra Carol Proner, deram aulas para juízes federais.

A professora cita alguns aspectos da sentença de Moro que chamam mais atenção à primeira vista. "Tem muitos elementos curiosos. O principal é sobre como se pode condenar um réu sem provas da propriedade do imóvel de que ele não pode, portanto, dispor. O tríplex não está no inventário da esposa do ex-presidente, não há como dispor desse bem", explica. "É uma expectativa de cometimento de crime, o que torna isso tudo muito frágil, porque não há prova nem da propriedade do imóvel e nem de transferência do dinheiro para conta alguma, o que traria uma dificuldade de comprovar o crime de lavagem de dinheiro e de corrupção passiva. Cito uma frase de Afrânio Silva Jardim: 'Lula foi condenado por receber o que não recebeu e por lavagem de dinheiro que não lhe foi dado'."

Outro ponto destacado por Carol é o fato de o magistrado usar boa parte do texto da sentença para se defender de possíveis abusos. "Quase 20% da sentença é um juiz que se defende das acusações, fica muito desagradável usar essa quantidade de laudas para refutar alegações de abusos processuais em relação aos excessos eventuais de condução coercitiva, interceptação telefônica, a forma de busca e apreensão e publicidade seletiva no andamento do processo", aponta.


A invisibilidade de depoimentos elencados pela defesa é outro fato destacado pela professora da UFRJ. "Houve 70 testemunhas de defesa que atestam a inocência do acusado; ignorar isso em uma decisão tem que ter uma razão de ser. Silenciar sobre essas testemunhas é algo no mínimo curioso", argumenta. "Não é possível fazer o chamado 'novo Direito Penal', que trabalha com uma linha de 'indevido processo legal'. Já estamos criando expressões que demonstram a escandalização da não observância de certos princípios do processo penal. Não é possível que possamos seguir assim porque as consequências de um juízo que não observa certas garantias processuais serão traumáticas para o país."

Segundo Carol Proner, foi boa a recepção no meio jurídico em relação à proposta da elaboração do livro. Foto: Reprodução.

19 de julho de 2017

Blog Negro Nicolau ultrapassa um milhão e meio de acessos


Há menos de um ano registrávamos que o Blog Negro Nicolau atingia uma marca histórica - um milhão de acessos. Na tarde desta quarta – feira, 19, o Blog superou mais uma marca importante. O contador de acessos ultrapassou um milhão e meio de acessos.

Blog Negro Nicolau ultrapassa os 14.000 acessos nesta quarta-feira. Imagem capturada do contador de acessos.

Reiteremos aqui o que afirmamos quando atingimos um milhão de acessos. Ao longo desses seis anos de atuação constante na rede mundial de computadores, nunca usamos do sensacionalismo e do elitismo para adquirir acessos. O nosso único objetivo como bem demonstra o painel do blog é estar A SERVIÇO DA CIDADANIA, do EMPODERAMENTO e da DIVERSIDADE e, para tanto, sempre buscamos oportunizar os menos favorecidos, os que por algum motivo não tem voz através da comunicação. Esta (Comunicação) que consideramos uma das principais armas contra a homofobia, misoginia, racismo, conservadorismo, elitismo, enfim... contra as mais diversas formas que corroborem para perpetuar as desigualdades sociais. E é exatamente por pensar assim que além das nossas lutas diárias em vários espaços de poder, seja na escola ou na rádio, resolvemos ao longo desse período colocar esse portal como mais uma das ferramentas nessa luta de classe onde estamos do lado dos oprimidos na busca permanente por fazer com que cada vez mais pessoas se sintam parte e se sintam principalmente empoderadxs.

Por fim, queremos externar a gratidão aos nossos colaboradores (as), parceiros (as) e a cada um que dedica um pouco do seu tempo para nos acompanhar através do Blog Negro Nicolau.

Relato da professora Luana Tolentino foi um fenômeno de acessos no Blog Negro Nicolau. Imagens capturadas dos grupos "Historiadores Pela Democracia" e "Historiadores", no facebook.

A nossa pretensão era que essa marca só fosse atingida no dia 26 do corrente mês, mas fomos surpreendidos com os 14.323 acessos nesta quarta-feira (19). A matéria que impulsionou essa avalanche foi o relato da professora e historiadora Luana Tolentino que contou mais uma experiência de racismo que sofreu. O título do artigo reproduzido “Questionada se “faz faxina”, historiadora negra responde: “Não. Faço mestrado”. Sou professora” foi publicado em dois em quatro grupos na rede social facebook e em dois no whatsapp. Em dois no faceboo, o texto foi compartilhado 287 vezes até o fechamento desta matéria. No grupo “Historiadores Pela Democracia” foram 228 compartilhamentos e 59 no “Historiadores”. O texto foi visualizado 13.892 vezes, fazendo com que o nosso diário online chegasse aos 1.507.922 (um milhão, quinhentos e sete mil e novecentos e vinte e dois) acessos.

Questionada se “faz faxina”, historiadora negra responde: “Não. Faço mestrado. Sou professora”


Em contundente relato, a historiadora Luana Tolentino, que já foi babá e empregada doméstica e que recebeu a Medalha da Inconfidência de 2016, contou essa e outras experiências que passou ao longo de sua vida por conta do racismo institucional enraizado em nosso país.

Da Revista Fórum - “No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade”. 

Leia a íntegra e se emocione:

Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.

Altiva e segura, respondi:

– Não. Faço mestrado. Sou professora.

Da boca dela não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.

Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.

O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.

No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.

É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.

Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:

“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre. (…) Não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”

É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.

O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.

É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.

É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”

É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.

É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.

É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.

É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.

É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.

O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.

A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo.



18 de julho de 2017

Movimento Escola Sem Partido quer tirar direitos humanos da redação do ENEM



O Movimento Escola Sem Partido recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para retirar a parte sobre direitos humanos da Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Do Brasil Escola - Segundo o pedido, o texto que vigora no edital do exame e prevê que os "estudantes elaborem uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos" fere o art. 5º, VIII, da Constituição, que trata das liberdades de pensamento e opinião. O advogado Miguel Nagib, autor da petição, acredita que o item condiciona o estudante a um ponto de vista, que talvez não seja o seu, para obter uma boa nota na prova.

Inconstitucional

A ação diz que a subjetividade do tema pode ferir convicções religiosas, filosóficas ou políticas, obrigando o estudante a dizer o que não pensa para poder entrar em uma universidade. O texto da liminar ainda cita o art. 2018, V, da Constituição para dizer que o acesso aos níveis de ensino será obtido segundo a capacidade de cada um e não segundo convicções subjetivas.

O pedido cita, como exemplo de liberdade de expressão a partir de convicções pessoais, a redação de uma candidata feminista e de um candidato muçulmano sobre a violência contra a mulher. "Os dois possivelmente terão opiniões contrárias, mas consideradas politicamente corretas para as doutrinas praticadas", afirma o advogado. Segundo Miguel Nagib, o termo direitos humanos no edital do Enem por si só já fere os direitos humanos.

O candidato não é obrigado a concordar com a legislação brasileira, ele só não pode incitar ao crime”. (Miguel Nagib, Movimento Escola Sem Partido) 
Processo

O Movimento Escola Sem Partido entrou com uma ação no final de 2016. A ação ainda não foi julgada em primeira instância, mas o movimento entrou com uma tutela de urgência para que a competência 5 da redação do Enem seja excluída do edital do exame. Essa tutela foi negada, mas a organização recorreu e aguarda julgamento do recurso e da petição.

No entanto, Nagib sugere que, 

mesmo antes das provas, os candidatos podem entrar com um mandato de segurança preventivo para que não tenha a redação zerada, em caso de suposto desrespeito aos direitos humanos”.

Inep

O Brasil Escola tentou contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que respondeu que não irá se posicionar enquanto não for notificado sobre o assunto.