O
Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre emitiu
nota de repúdio nesta terça-feira, 18, contra as declarações consideradas
homofóbicas proferidas em sala de aula no último dia 12 de julho pelo professor
de Sociologia da Comunicação, Mauro Rocha.
Do
AC24h - Aos alunos do 2º período do
curso de Comunicação Social, Mauro Rocha afirmou que “os homossexuais inventaram a AIDS”, “mulheres lésbicas são frutos de abusos dos pais”, “homossexualidade é uma anomalia genética”,
“gays não podem adotar” e finalizou
com “ser gay é uma opção”. A nota de
repúdio informa que ao ser questionado por um dos alunos presentes, o docente
respondeu: “eu não sabia que aqui nessa sala tinha essas coisas”, referindo-se
aos alunos homossexuais da sala como meros objetos.
Na
nota, o Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo diz que
“como jornalistas em processo de formação, aprendemos que é nosso dever ético opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e estaremos acompanhando o desenrolar dos procedimentos e tomando as providências cabíveis”.
Durante
a tarde inteira e parte da noite desta terça-feira, o ac24horas tentou falar
com Mauro Rocha por telefone, mas o aparelho do professor estava desligado. A
reportagem enviou uma mensagem ao professor com o objetivo de ouvi-lo, porém
até às 22h desta terça-feira não havia obtido resposta.
O
Diretório Central dos Estudantes da Ufac também emitiu nota repudiando as
afirmações do professor e disse que vai acompanhar o caso.
“Em um espaço de emancipação e troca de conhecimentos como o meio acadêmico, não podemos aceitar em hipótese alguma que qualquer discente se sinta repreendido, oprimido ou excluído dos meios em que frequenta, ainda mais a sua própria sala de aula”, diz a nota do DCE.
O
reitor da Ufac, Minoru Kinpara, ficou sabendo do caso ao ser indagado por
ac24horas. Ele disse, a priori, que a instituição repudia qualquer atitude de
desrespeito no interior da instituição. Minoru afirmou que vai se “inteirar” do fato nesta quarta-feira
para abrir um processo de investigação.
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Universidade Federal do Acre. Foto: Divulgação. |
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