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A imagem mostra um grupo de crianças na saída de uma escola. (FOTO | Marcelo Camargo | Agência Brasil). |
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, mais de 8 milhões de jovens de 14 a 29 anos não haviam completado o ensino médio no Brasil, seja por desistência ou por nunca terem frequentado uma sala de aula. Do total, cerca de 72,5% eram negros e 25,5% eram brancos.
O IBGE destaca que, os maiores percentuais de abandono foram observados a partir dos 16 anos. Entre os maiores motivos para a evasão escolar, a necessidade de trabalho foi registrada em 42% dos entrevistados.
Cerca de 53,6% dos homens de 14 a 29 anos abandonaram ou nunca frequentaram a escola por causa da necessidade de trabalhar. O desinteresse pelos estudos somou 26,9%. Para as mulheres, após a necessidade de trabalho (25,1%), a gravidez foi a segunda maior razão para o afastamento dos estudos (23,4%).
Além da parcela de jovens e mulheres desinteressadas pelos estudos (22,5%), outras 9% indicaram a realização de afazeres domésticos ou cuidados familiares como justificativa para a evasão. Para os homens, esse percentual foi de apenas 0,8%.
“Esses resultados evidenciam que, além da condição econômica, as responsabilidades reprodutivas e domésticas ainda estão entre os principais entraves para a permanência das mulheres jovens na escola. Para os homens, a atribuição do trabalho remunerado é o fator marcante para o abandono escolar”, declara o IBGE em nota.
O atraso escolar também foi mais perceptível entre as pessoas negras. Entre as pessoas brancas de 18 a 24 anos, 37,6% estavam estudando e 37,4% estavam na etapa ideal. Para as pessoas negras, a taxa de escolarização foi de 27,1%, com 20,6% na fase ideal.
A proporção de jovens negros que não frequentavam a escola ou não concluíram a etapa ideal foi de 70%. Entre os brancos, esse índice foi de 56,2%, uma diferença percentual de quase 14 pontos.
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Com informações da Alma Preta Jornalismo.
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