15 de junho de 2025

Deputada Dani Balbi lança livro sobre racismo estrutural e injustiça

 

A Deputada Dani Balbi (PCdoB - RJ). (FOTO | Octacilio Barbosa | Alerj).

Julgada, silenciada e criminalizada. A mãe que chora a perda do filho pelas mãos do Estado é a protagonista de “Mãe, preta, reincidente”, primeira obra literária ficcional da poetisa, professora, roteirista e deputada estadual Dani Balbi (PCdoB-RJ), lançada pela editora Oficina Raquel.

A obra é um alerta sobre como o sistema de justiça brasileiro, atravessado pelo racismo estrutural, perpetua a violência contra mulheres negras das favelas e periferias. O lançamento acontece no dia 17 de junho, às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, na Zona Sul da capital fluminense, com presença das atrizes Zezé Motta, Ayana Dias e Alice Morena.

Do livro para o palco

O texto, escrito em formato cênico, leva ao público personagens que espelham a realidade: a mãe preta, juiz, policiais, promotor, defensora e jurados. No centro da narrativa está uma mulher que perde o filho em uma operação policial e, anos depois, se vê no banco dos réus, vítima de um sistema judicial marcado por desigualdades, provas forjadas e silenciamento das vítimas. Com linguagem ácida, poética e incisiva, a peça convida à reflexão: “quem tem o direito de existir, errar, resistir?”.

A dramaturgia, escrita ao longo de uma década, ganhou fôlego novo graças ao encorajamento do professor e dramaturgo Sérgio de Carvalho, que assina o prefácio do livro. Diretor da Companhia do Latão, fundador do grupo Teatro da Universidade de São Paulo (TUSP) e do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Sérgio é reconhecido como uma das vozes mais importantes da dramaturgia contemporânea brasileira, com um trabalho que articula estética, política e história.

Seguiremos cada um dos movimentos da Mãe nesse processo estranho. E sua dor será a nossa, antes mesmo que tenhamos a compreensão mais completa de sua história”, escreve ele sobre a peça. A montagem do texto no teatro, prevista para 2026, será dirigida por Vera Lopes, com cenografia de Cachalote Matos.

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Com informações da Alma Preta Jornalismo.

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