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Ceará tem mais templos religiosos do que estabelecimentos em educação e saúde

 

(FOTO | Reprodução | O Povo).

Seguindo a tendência nacional, o Ceará tem mais estabelecimentos religiosos do que de saúde e de educação somados. Dados são do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O SUS sobreviverá à era Bolsonaro?


Multirão na Bahia. (Foto Públicas/Reprodução/CartaCapital).

Três décadas depois da sua criação, o Sistema Único de Saúde entra na fase mais crucial da sua história. Embora repleto de problemas, principalmente nos grandes centros urbanos, e historicamente subfinanciado, o SUS está entre os modelos mais abrangentes de atendimento no planeta. Cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente do serviço público e muitos tratamentos de alta complexidade só são oferecidos pela rede estatal.

O embate com Cuba no caso do programa Mais Médicos e a escolha do deputado Luiz Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde indicam, porém, um propósito de desmonte do SUS a partir de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro recebe a faixa presidencial de Michel Temer.
Apesar de ter prometido respeitar a Constituição, Bolsonaro não mede as consequências de suas diatribes ideológicas. O caso do Mais Médicos é sintomático. A partida dos cerca de 8 mil profissionais cubanos vai deixar, ao menos temporariamente, 2,8 mil municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas sem atenção básica de saúde, um dever do Estado, estabelece a Carta Magna.

O futuro ministro da Saúde, ortopedista e deputado federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul (não reeleito para o próximo quadriênio), não parece preocupado. Uma de suas primeiras declarações após o anúncio de sua indicação, na terça-feira (20), teve um alto teor político.

“Esse era um dos riscos de se fazer um convênio terceirizando uma mão de obra tão essencial. Os critérios, à época, me parecem que eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral. Mas sim uma ruptura”, disse Mandetta.

A indicação do deputado para o segundo ministério com maior orçamento em 2019, 128 bilhões de reais, contou com o apoio da Frente Parlamentar da Saúde, de entidades da área médica e dos hospitais filantrópicos, como as Santas Casas – após o atentado à faca, Bolsonaro foi operado emergencialmente na unidade de Juiz de Fora (MG), que acaba de receber o repasse de 2 milhões de reais via emenda parlamentar do ainda deputado e presidente eleito.


Ignorância de Bolsonaro pode levar Brasil a catástrofe sanitária, diz mestre em saúde pública


Cuba tem convênios para atendimento médico em mais de 60 países. Brasil está sendo o único a criar empecilhos. (Foto: Araquém Alcântara/Via Jornal Granma).

“O Brasil com certeza sofre com essa saída. Vamos ter de fato uma catástrofe sanitária”, disse o médico Thiago Henrique Silva sobre o fim da participação de Cuba no Programa Mais Médicos, criado em 2013. Integrante da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares e mestre em Saúde Pública, Thiago lembrou, em entrevista à TVT, que são em torno de 8 mil médicos cubanos atuando no Brasil e que devem sair até dezembro por conta de exigências do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que não fazem parte do contrato firmado com Cuba até o final de 2019.

O que ocorre é que o Brasil tem com Cuba uma parceria de cooperação. Os países que buscam essa parceria com a Empresa Estatal Cubana de Serviços Médicos buscam porque estão precisando de um força de trabalho extra porque a interna não dá conta de atender as pessoas", explica o especialista. Segundo ele, Cuba tem acordos de cooperação com mais de 60 países. "O único em que há esse debate da revalidação dos diplomas é o Brasil”, lamenta.

O médico relata que desde os anos 1960 Cuba prepara brigadas de solidariedade para atender catástrofes naturais e biológicas, como o ebola na África, os terremotos no Haiti, no Paquistão. “Quando outros países mandavam armas, Cuba mandava médicos para os países que estavam passando dificuldade. Cuba é referencia em saúde reconhecida inclusive pelos norte-americanos. Com o relaxamento das relações entre Cuba e EUA, muitos estão procurando Cuba para fazer tratamento médico.”

O profissional, que atua como médico da família e comunidade, critica os questionamentos de Bolsonaro sobre a qualificação dos médicos cubanos. “Ele está tentando mascarar uma questão ideológica para tentar combater a qualidade técnica dos médicos cubanos. Vieram aqui doutores em cardiologia, em oftalmologia, em gastrenterologia, em medicina de família e comunidade.”

Assim como no Brasil, ele explica, há médicos com pouca experiência também. “Vieram no total, desde o início, 14 mil médicos para cá. Quando você traz 14 mil  médicos vai ter médicos excelentes, medianos, médicos nem tanto. Isso acontece com a nossa força de trabalho no Brasil. Tanto é que algumas entidade médicas vêm voltando a discutir a questão do exame de ordem da Medicina. Temos um problema muito grande na formação dentro do Brasil.”

À parte qualquer possível deficiência, para ele a formação dos médicos cubanos é conceituada. “Se pegar o medico norte-americano e trazer para a realidade brasileira, colocar numa realidade como muitos cubanos estão atendendo hoje, comunidades ribeirinhas, por exemplo, não vai conseguir dar conta porque não conhece as outras complexidades. As formações são diferentes, só que a formação de Cuba é parecida com a nossa pela realidade que passou nos últimos 40 anos de avanço nos serviços de saúde. E são bem mais avançados que nós hoje em dia.”

Bravatas do presidente eleito

Em visita hoje (16) ao Comando do Primeiro Distrito Naval, no Rio de Janeiro, Bolsonaro voltou a defender o fim do contrato com Cuba. Afirmou que nunca viu uma autoridade ser atendida por um médico cubano e que esse atendimento não deveria ser relegado aos mais pobres.

Para Thiago, as manifestações de Bolsonaro que culminaram com o fim do contrato com Cuba tratam-se de mais uma bravata do presidente eleito que sabe que não vai recuperar a economia com a agenda do seu economista que quer combater a China, o maior parceiro comercial do Brasil.

Ele acabou de nomear um chanceler que diz que a China é maoísta e tem de ser combatida. Você está falando da segunda maior economia do mundo, que nem Trump (Donald Trump, presidente dos EUA) tem coragem de falar uma coisa dessas. E o chanceler do Bolsonaro fala isso", diz Thiago, sobre a indicação do diplomata Ernesto Henrique Araújo para comandar o Itamaraty. Araújo é alinhado com Donald Trump e já chegou a dizer que a preocupação com mudanças climáticas e aquecimento global é coisa de comunista.

Levantar uma cortina de fumaça ideológica é o que Bolsonaro quer fazer, na opinião de Thiago. “E é essa cortina que vai fazer com que 8 mil médicos saiam daqui e 30 milhões de brasileiros fiquem sem atendimento médico.”

Sem médicos as pessoas morrem

O mestre em Saúde Pública reforça que serão desassistidos os lugares mais pobres do Brasil. “Para ter ideia, 90% dos médicos que estão nas comunidades indígenas são cubanos.” E alerta: “Não tinha nada, absolutamente nada preparado para isso. Ele fez um esforço de que Cuba rompesse o acordo e para não ter que fazer isso em janeiro. E Cuba com razão e com integridade o fez antes de colocar seus médicos aqui a partir de janeiro em risco".

Thiago revela que o programa federal não pretendia continuar funcionando com médicos cubanos eternamente. “Tinha uma preparação de abrir vagas em faculdades de Medicina, em programas de residência médica, no interior, onde a gente pudesse fixar médicos. A programação era, em alguns anos, deixar de depender dos médicos estrangeiros e conseguir utilizar a própria forca de trabalho médica brasileira. Esse era o objetivo, sempre foi. Mas essa estratégia foi desmontada após o golpe de 2016 e Bolsonaro nem sonha em colocar algo parecido.”

Para ele, o Brasil precisa de programas como o Mais Médicos já que a categoria é a única que goza de pleno emprego. “Sou médico, mas não concordo com que tenhamos uma reserva de mercado e que a gente possa ficar chantageando prefeitos, diretores de hospitais, gestores: ah, se não fizer do jeito que eu quero eu saio do serviço” diz. “E acho um absurdo chantagear o serviço público de saúde porque quando isso acontece pessoas morrem. A gente tem de estar mais comprometido com a vida das pessoas do que com a chantagem para ter uma renda maior.”

Plano de governo privatista

Sobre o novo governo, Thiago não tem boas expectativas. “O que está colocado para o futuro do país na saúde é um avanço do setor privado de uma forma absolutamente desregulamentada. Essa é a agenda de saúde do Bolsonaro”, ressalta, lembrando que “os míseros quatro slides que estão colocados no programa de saúde dele, a gente percebe que a única coisa concreta é a desregulamentação”.

O médico relata que a proposta do presidente eleito é de 40 anos atrás. “É o cadastramento universal de médicos, como se fazia na época do Inamps. Significa cadastrar o médico que ele manda a conta para o setor público pagar depois a partir do atendimento no seu consultório privado. Isso aí era um mar de roubalheira, um mar de fraude. O Inamps caiu por conta dessas fraudes.” (Com informações da RBA).

Fotógrafo registra impacto do Mais Médicos no interior do Brasil


(Crédito: Araquém Alcântara).

Araquém Alcântara, natural de Florianópolis, é um dos mais importantes fotógrafos brasileiros da atualidade. Autor de 47 livros e vencedor de 35 prêmios nacionais e internacionais, desde 1970 dedica-se à documentação do povo e da natureza do Brasil.

Em 2015, Araquém percorreu 38 cidades de 20 estados para testemunhar o papel do programa Mais Médicos nas comunidades do interior.

O resultado é o livro Mais Médicos, da editora Terrabrasil com mais de 100 fotos dos doutores - brasileiros e estrangeiros - e seus pacientes nos povoados onde vivem e atuam.

Nesse percurso deu para perceber a mudança de paradigma que esse programa trouxe ao Brasil. Principalmente aos desassistidos que começaram a sentir o apoio, a presença do Estado”, disse o fotógrafo em entrevista à Organização Mundial da Saúde em 2016. (Com informações do Conversa Afiada).









(Crédito das Imagens: Araquém Alcântara).

Cuba se retira do Mais Médicos após declarações “ameaçadoras e depreciativas” de Bolsonaro


Cuba se retira do Mais Médico após declarações "ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro. (Foto: Reprodução).

O governo de Cuba comunicou nesta quarta-feira (14/11) que vai se retirar do programa Mais Médicos devido a declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que anunciou modificações “inaceitáveis” no projeto. As informações são da agência alemã Deutsche Welle.

Com a decisão, milhares de médicos cubanos que trabalham no Brasil devem voltar para a ilha. “Diante dessa realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’, anunciou o ministério cubano, que comunicou ter informado o governo brasileiro.

Segundo o governo cubano, Bolsonaro questionou a formação dos especialistas cubanos, condicionou sua permanência no programa à revalidação do diploma e impôs como único caminho a contratação individual.

O povo brasileiro, que fez do Programa Mais Médicos uma conquista social, que confiou desde o primeiro momento nos médicos cubanos, aprecia suas virtudes e agradece o respeito, sensibilidade e profissionalismo com que foi atendido, vai compreender sobre quem cai a responsabilidade de que nossos médicos não podem continuar prestando seu apoio solidário no país”, afirmou o Ministério da Saúde Pública de Cuba.


Projeto que torna estupro imprescritível é aprovado em segundo turno no senado


O primeiro passo para que o estupro se torne um crime imprescritível foi dado nesta quarta-feira, 9, pelo Senado. A Casa aprovou por unanimidade um projeto que retira o prazo de prescrição do crime de estupro.

Do CEERT - O texto é uma emenda à Constituição e foi aprovado em segundo turno recebendo 61 votos a favor e nenhum contra. O projeto será encaminhado agora para votação na Câmara.

Para o autor da proposta, o do senador Jorge Viana (PT-AC), a mudança na legislação vai ajudar a revelar casos mesmo após muitos anos. “Esta Proposta de Emenda a Constituição é uma resposta, é uma voz que vai se sobrepor ao silêncio que temos hoje desse quase meio milhão de crimes de estupro [por ano] que o Brasil vive e silencia”, afirmou o parlamentar.

A relatora do projeto, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), acredita que a retirada da prescrição será importante especialmente nos casos em que a vítima é criança e só tem condições de denunciar depois de adulta. "Com essa proposta, não cessa o direito de ação de a mulher, a qualquer momento, denunciar e exigir providências para a punição do seu agressor, o estuprador", comemorou à "Folha".

Na legislação atual, o estupro pode prescrever em até 20 anos, variando a cada caso. Quando a vítima é menor de 18 anos, por exemplo, o prazo de prescrição só é contado quando ela atinge a maioridade.

Diante da atual legislação, o estupro já é um crime inafiançável e hediondo. Se aprovado pela Câmara, o projeto vira lei e o estupro para a ser imprescritível como os crimes de racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e à democracia.

Senado aprova por 61 votos projeto que torna estupro um crime imprescritível. Foto: iStock - Airdone - Catraca Livre.

Secretaria de Saúde de Altaneira realiza testes gratuitos de sífilis, hepatite e HIV


A Secretaria de Saúde de Altaneira aderiu a Campanha “Julho Amarelo” do Ministério da Saúde para a realização de testes gratuitos de sífilis, hepatite e HIV, conforme noticiou o site do governo municipal.

Segundo Elodie Hyppolito, médica hepatologista do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), as hepatites B e C, que são silenciosas, atacam um em cada 100 (cem) cearenses. Outros dados preocupantes vêm do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Levantamento feito pelo primeiro contatou que três milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o vírus.  Já a OMS estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica.

Ainda de acordo com dados destes órgãos, a falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste e no caso positivo, busquem o tratamento.

O site do município divulgou que a secretaria de saúde ao se basear neste panorama e visando prevenir essas doenças virais já que as unidades básicas, bem como o Hospital Euclides Nogueira Santana estará até a próxima sexta-feira, 28, acolhendo, realizando testes rápido de diagnóstico e vacinando os (as) altaneirenses.

As Hepatites B e C são transmitidas através de relações sexuais sem proteção e ao compartilhar materiais cortantes, como lâminas de barbear, escovas de dente e agulhas.

Hospital Municipal Euclides Nogueira Santana. Foto: Divulgação.

A impressionante foto que mostra o impacto do Tour de France nas pernas de um ciclista


Uma espiadela na foto abaixo faz questionar se fazer exercício é algo que realmente só faz bem.

Mas é preciso dizer que as pernas do ciclista polonês Pawel Poljanski tinham pedalado 2.829 km em apenas 18 dias quando ele postou a foto delas no Instagram, pouco após completar a 16ª etapa do Tour de France, a mais tradicional prova do ciclismo, que ainda está em curso.

Da BBC - "Depois de 16 etapas, minhas pernas estão cansadas", disse ele na postagem, em um comentário que beirou o sarcasmo.

Seus seguidores, porém, estavam mais preocupados com sua saúde.

"Por favor, vá ao médico", pediu um deles.

Mas o que aconteceu com o polonês para que ele se parecesse, nas palavras de um seguidor, com uma "folha humana"?

'Normal'

O ex-ciclista britânico Rob Hayles, ex-campeão mundial, conta que o aspecto das pernas do polonês não é tão anormal assim.

"Já vi ciclistas parecendo daquele jeito até no inverno, mesmo sem treinar."

Hayles explica que, para esses atletas, a relação entre força e peso é crucial em uma competição marcada por provas de velocidade e resistência, com grandes aclives.

"Um ciclista de velocidade tem mais força, mas geralmente seu peso é maior, e por isso ele não acompanha o ritmo na subida. Daí, você precisa de equilíbrio entre força e peso", diz.

"A foto (de Poljanski) mostra que menor gordura corporal dá a um ciclista melhores chances de desempenho - apesar de não ser saudável."

O mais chocante é ver uma foto do estado normal as pernas do polonês, tirada durante as férias, há alguns meses. Praticamente não havia veias à mostra ou queimaduras de sol.

Inchadas e com queimaduras  de sol, as pernas de Poljanski não são uma propaganda saudável do ciclismo.
Foto: Instagram/Poljanski. 



Prefeitura de Altaneira convoca aprovados e aprovadas em seleção pública



A administração do município de Altaneira, através da Secretaria de Saúde, divulgou na manhã desta sexta-feira, 14, em seu portal, a convocação para nomeação e posse de candidatas e candidatos aos cargos de Assistente Social, Educador Físico, Fisioterapeuta, Médico Plantonista, Nutricionista, Odontólogo, Veterinário e Técnico em Enfermagem aprovados (as) em seleção pública e que atuarão em caráter temporário junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A seleção é regida pelo Edital 001/SMS/2017 e os (as) candidatos (as) devem atender ao que apregoa o termo de convocação no que concerne a documentação exigida, bem como ao cronograma de entrega e lotação.

De acordo com o termo de convocação, os (as) aprovados (as) devem comparecer entre os dias 17 e 18 do mês corrente no Departamento de Recursos Humanos, na sede do Paço Municipal, situado à Rua Deputado Furtado Leite, N° 272, para apresentação e entrega de documentos.

O processo seletivo visava também formar cadastro de reservas para o cargo de Agente de Saúde.


Sede da Prefeitura de Altaneira. Foto: Nicolau Neto.



Prefeitura de Altaneira abre processo seletivo com vagas para nível médio e superior


A prefeitura de Altaneira, por intermédio da Secretaria de Saúde, tornou público o processo seletivo com vagas para nível médio e superior para vários cargos.

Regulado pelo Edital 001/SMS/2017, a seleção visa a contratação e formar cadastro de reservas de pessoal para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) por tempo determinado.

Do Site do Município - Serão 24 (vinte e quatro) vagas imediatas. Para os cargos de Assistente Social, Dentista, Educador Físico, Nutricionista e Veterinário serão ofertadas uma vaga. Fisioterapeuta, três e, Médico Plantonista, cinco. Para os de nível médio, as contratações foram centradas no cargo de Técnico de Enfermagem com 11 vagas.

Estão sendo ofertadas remunerações de R$ 1.039,00 e R$ 3.444,76, para o cumprimento de jornadas de trabalho de 20 a 40 horas por semana, de acordo com o cargo pretendido.

Os interessados podem se inscrever de forma gratuita entre os dias 08 e 09 de junho do ano em curso, das 8h00 às 11:30mim e das 13:30mim às 17h00, na Secretaria Municipal de Saúde situada na Avenida Santa Tereza, S/N.

A seleção constará de duas fases - análise de curriculum vitae ou Lattes e entrevista e ambas possuem caráter classificatório e eliminatório. A entrevista será realizada nos dias 26, 27 e 28 de junho de 2017. Já a documentação para análise de currículos deve ser entregue no ato da inscrição.

O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 04 de Julho de 2017, site do município www.altaneira.ce.gov.br, na fanpage do Governo Municipal e nos Murais do órgãos administrativos.


Sede da Secretaria de Saúde de Altaneira. Foto: Divulgação.



Diretrizes com orientações sobre parto cesariana é publicado pelo Ministério da Saúde



O Ministério da Saúde divulgou hoje (4) um protocolo com diretrizes para reduzir o número de cesarianas sem necessidade no país. O documento lista as situações nas quais o parto cesárea é indicado em detrimento do parto normal. A pasta considera que o país vive uma epidemia de cesarianas e que o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Cesariana pode reduzir as taxas destas cirurgias.

Em todo o país, 55% das crianças nascem por parto cirúrgico. Quando são levados em conta apenas os números da saúde privada, o percentual de cesarianas sobe para 84%. A taxa adequada de cesáreas seria até 30% do total de partos, segundo o ministério, com base em parâmetros da Organização Mundial da Saúde.

Ministério da Saúde quer reduzir números de cesáreas desnecessárias no país. Foto: Ana Nascimento/MDS/Portal Brasil.
O documento foi elaborado após meses de discussão e de consulta pública e estabelece um modelo de regulação do acesso assistencial, autorização, registro, indicação e ressarcimento dos procedimentos realizados.

O protocolo traz parâmetros a serem seguidos a partir de agora pelas secretarias de Saúde dos estados, municípios e do Distrito Federal. O objetivo é orientar os profissionais de saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias. Isso porque o procedimento, quando não indicado corretamente, traz riscos como aumento da probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e de morte materna e infantil.

A nova diretriz destaca, por exemplo, que a cesariana não é recomendada como forma de prevenção da transmissão de mãe para filho dos vírus da hepatite B e C; mas sim para prevenir a transmissão de HIV. Outros pontos do documento avalizam a recomendação de cesariana para a mulher que tenha apresentado infecção primária do vírus herpes simples durante o terceiro trimestre da gestação e para as que tiveram três ou mais cesarianas anteriores.

Na lista de recomendações do protocolo também está o aconselhamento para gestantes que já fizeram cesariana, que considere as preferências e prioridades da mulher e os riscos e benefícios de uma nova cirurgia e de um parto vaginal, incluindo o risco de uma operação cesariana não planejada.

Por que correr faz bem para o coração?



O coração é um órgão muscular e, por isso, o treinamento físico intenso e regular pode alterar suas características, como estrutura, tamanho e ritmo. Praticantes de exercícios aeróbicos, como a corrida, desenvolvem maiores cavidades cardíacas (átrios e ventrículos), responsáveis pela circulação sanguínea, gerando uma espécie de hipertro­fia.

Este blogueiro em alguns momentos antes das tradicionais corridas de fim de tarde. Capa/Informações em Foco.
Um maratonista, que “exercita” o órgão por mais tempo, tem maior e­ficiência no bombeamento sanguíneo, sendo capaz de bombear mais sangue a cada batimento. Isso explica por que atletas apresentam diminuição dos batimentos quando estão em repouso. Mas esse ganho de e­ficiência e hipertrofia por conta do exercício não é uma descoberta recente. No século XIX, pesquisadores notaram que o coração de animais selvagens era maior que os de animais domésticos, por conta da maior frequência de atividade. Além disso, a avaliação de esquiadores cross country olímpicos da época revelou que estes apresentavam corações maiores que os da população em geral. A constatação de que a prática regular de exercício físico intenso, e por longo período, deixa o coração maior, gerou a necessidade de a comunidade médica diferenciar o chamado “coração de atleta” de um coração doente – dilatado por enfermidades, o que leva à insu­ficiência cardíaca. Essa diferença entre um órgão saudável ou não pode ser detectada por meio de exames como eletrocardiograma de repouso, radiografia do tórax, ecocardiograma e eletrocardiograma de esforço.

- A atividade física intensa e constante hipertrofi­a o coração. Como consequência, o órgão precisa de menos batimentos por minuto (menor frequência cardíaca) para bombear o sangue de que o corpo necessita, por conta das suas contrações mais e­ficientes.

- A corrida de longa distância estimula adaptações cardiovasculares benignas. Além de mudanças veri­ficadas em exames, como hipertro­fia ventricular esquerda, alteração de condução atrioventricular e repolarização ventricular precoce (alterações normais em atletas), os corredores possuem FC de repouso reduzida, que pode ser moderada (entre 40 e 50 bpm) ou severa (menor que 40 bpm). Vale ressaltar que a redução da FC de repouso, mesmo que abaixo de 40 bpm, não é, por si só, prejudicial à saúde do corredor.

- As quatro câmaras que formam o coração (átrios e ventrículos) são contraídas para impulsionar o sangue oxigenado dos pulmões para o corpo. Em corredores mais experientes e bem treinados, sobretudo maratonistas, essas câmaras são maiores e mais e­ficientes.

- A e­ficiência cardíaca adquirida com o exercício faz com que o coração seja capaz de ejetar maior quantidade de sangue. Um corredor de elite chega a bombear 115 ml de sangue com uma frequência cardíaca de 45 bpm. Um atleta amador, 86 ml com FC de 60 bpm e um sedentário, perto de 65 ml com uma FC de 80 bpm.

Exames vitais

Todo corredor deve fazer uma consulta clínica. As avaliações cardiológicas podem detectar doenças preexistentes e até então desconhecidas pelo corredor. As informações clínicas são fundamentais, porque, apesar do baixo risco cardíaco em atletas (um para cada 300 mil/ano), o desconhecimento de uma doença cardiovascular eleva em cem vezes a chance de algum problema.

Drauzio Varella: 'Aborto já é livre no Brasil. Proibir é punir quem não tem dinheiro'



Médico mais popular do Brasil, conhecido por quadros na televisão, vídeos em redes sociais e best-sellers como Estação Carandiru, Drauzio Varella é categórico quando o assunto é a interrupção de gestações. "O aborto já é livre no Brasil. É só ter dinheiro para fazer em condições até razoáveis. Todo o resto é falsidade. Todo o resto é hipocrisia."

Em entrevista por telefone, Varella critica qualquer enfoque religioso sobre o tema - que voltou ao noticiário junto à epidemia de zika vírus e aos recordes em notificações de microcefalia - e afirma que o cerne da discussão não está na moralidade, mas na desigualdade brasileira.

O médico Drauzio Varella, em imagem capturada do youtube.
"Ninguém pode se considerar dono da palavra de Deus, intermediário entre deuses e seres humanos, para dizer o que todos devem fazer", diz. "Muitos religiosos pregam que o aborto não é certo. Se não está de acordo, não faça, mas não imponha sua vontade aos outros."

Como a BBC Brasil revelou na última quinta-feira, uma ação que pede a descriminalização do aborto em casos comprovados desta má-formação deve chegar ao Supremo Tribunal Federal, nos próximos dois meses. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma brasileira morre a cada dois dias por conta de procedimentos mal feitos e um milhão de abortos clandestinos seriam feitos no país todos os anos.

"A mulher rica faz normalmente e nunca acontece nada. Já viu alguma ser presa por isso? Agora, a mulher pobre, a mulher da favela, essa engrossa estatísticas. Essa morre."

"Proibir o aborto é punir quem não tem dinheiro", prossegue Varella, que não acredita que uma eventual descriminalização possa estimular que mulheres busquem o procedimento.

"Não sou defensor do aborto e ninguém é. Qual é a mulher que quer fazer o aborto? É uma experiência absurdamente traumatizante, uma tragédia. A questão não é essa."

Também segundo a OMS, cerca de 25 países já registram casos de zika. Apenas Brasil e Polinésia Francesa, entretanto, têm dados comprovando o aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos.

Varella diz não ter opinião formada sobre o aborto neste caso específico. "Na microcefalia, o diagnóstico definitivo é feito em geral próximo ao 3º trimestre. Você pega um feto aos sete meses e ele está quase nascendo", diz. "Mas é lógico que eu respeito (qualquer decisão)."

"O importante é dar liberdade aos que pensam diferente", afirma o médico. "Essa é a questão fundamental do aborto."

Varella então levanta a pergunta: se a doação de órgãos em caso de inatividade cerebral tem aceitação popular, por que a retirada de um feto igualmente sem atividade cerebral é criticada?

Ele dá o exemplo de uma menina que sofre um acidente de moto e tem morte cerebral. "Ela pode, por lei, ter fígado, coração e rins retirados para doação, porque seu sistema nervoso central não está mais funcionando. O sistema nervoso central é o que determina a vida. Mas até o 3º trimestre de gravidez, não há nenhuma possibilidade de arranjo do sistema nervoso que se possa qualificar como atividade cerebral em qualquer nível, a não ser neurônios tentando se conectar."

Drauzio continua: "Muitos consideram que a vida humana começa no instante da fecundação. Mas, por esse raciocínio, a então vida começa antes, porque o espermatozoide é vivo e o óvulo também."

Religiosos e políticos

O médico faz críticas duras a quem argumenta contra o aborto a partir de princípios religiosos.

"O poder das igrejas católicas e evangélicas é absurdo", diz. "Mas não está certo a maioria impor sua vontade. Respeitar opiniões das minorias é parte da democracia. Tem que respeitar os outros, o modo dos outros de ver a vida."

À reportagem, Varella diz que discorda dos que culpam exclusivamente o governo pela epidemia.

"O estado brasileiro falha em muitos níveis. Mas não dá pra colocar a culpa toda no Estado, essa é uma visão muito passiva. Larga-se o pneu com água armazenada, deixa-se a água acumular na calha... Esta culpa é compartilhada, a sociedade tem uma fração importante nessa luta."

Do Outras Palavras - Aborto: o moralismo é impotente; porém, mata


Eis um fato que deveria ser conhecido por todos os que debatem o aborto: não há relação direta entre sua legalidade e sua incidência. Em outras palavras, proibir o aborto não detém sua prática; só o torna mais perigoso.



O debate sobre o aborto é apresentado como um conflito entre direitos dos embriões e direitos das mulheres. Reforce um – ambos os lados parecem às vezes concordar –, e você suprime o outro. Mas, uma vez que você compreenda que legalizar os direitos reprodutivos das mulheres não aumenta a incidência de abortos induzidos, resta apenas uma questão a ser debatida. Estes abortos devem ser legais e seguros ou ilegais e arriscados? Pergunta difícil…
Pode não haver relações causais entre direitos reprodutivos e incidência do aborto; mas há, sim, uma forte correlação: uma correlação inversa. Como afirma pesquisa publicada na revista Lancet, a mais recente sobre tendências e taxas globais, “A taxa de aborto é mais baixa … onde mais mulheres vivem sob leis liberais sobre o aborto”.

Por quê? Porque leis que restringem o aborto tendem a prevalecer em lugares onde é difícil de ter acesso à contracepção e à educação sexual abrangente, e nos quais sexo e gravidez fora do casamento são considerados uma maldição. Acontece que os jovens fazem sexo, não importa o que digam os mais velhos. Sempre fizeram e sempre farão. Quem tem menos informação e menor acesso a métodos contraceptivos muito provavelmente será mais suscetível a gravidez indesejada. E há maior incentivo para interromper gravidez do que uma cultura em que a reprodução fora do casamento é considerada pecado mortal?

Quantos séculos mais de sofrimento, mutilação e mortalidade serão necessários antes de compreendermos que as mulheres – jovens ou de meia idade, dentro ou fora do casamento – que não desejam um filho podem ir até extremos para por fim a uma gravidez indesejada? Quanta evidência precisamos mais de que, na ausência de procedimentos seguros, legais, serão utilizados instrumentos cirúrgicos sofisticados, como cabides de arame, agulhas de tricô, água sanitária e terebintina? Quantos mais ventres perfurados e rompimentos de útero serão necessários para reconhecermos que proibição e persuasão moral não irão derrotar a necessidade das mulheres de possuir suas vidas?

A mais recente meta-análise sobre tendências globais, publicada em 2012, descobriu que a taxa de abortos, após forte declínio entre 1995 e 2003, pouco mudou nos cinco anos seguintes. Mas a proporção dos abortos inseguros (o que, genericamente, significa ilegais), aumentou de 44% para 49%.

A maior parte dessa mudança deveu-se ao forte aumento dos abortos inseguros no oeste da 

Ásia (o que inclui Oriente Médio), onde ressurge o conservadorismo islâmico. Nas regiões em que a doutrina cristã tem maior influência na legislação – oeste e centro da África e América Central e do Sul – não houve aumento. Mas isso somente porque a proporção de abortos ilegais e inseguros já chegou a 100%.

Quanto às taxas globais de aborto induzido, os números contam uma história interessante. A Europa Ocidental tem a taxa mais baixa de interrupção da gravidez: 12 anuais para cada 1000 mulheres em idade reprodutiva. A América do Norte, mais religiosa, aborta 19 embriões para cada 1000 mulheres. Na América do Sul, onde (quando dados eram coletados) a prática era banida em todo lugar, a taxa era de 32. No Leste da África, onde leis ferozes e imposições religiosas poderiam – segundo teoria conservadora – ter exterminado a prática há muito tempo, era de 38.

O estranho valor discrepante está na Europa Oriental, onde se encontram as taxas de aborto mais altas do mundo. Sob o comunismo, o aborto era a única forma acessível de controle da natalidade com ajuda médica. A taxa caiu entre 1990 e 1995, à medida em que a contracepção ficou mais acessível, mas ainda há longo caminho a percorrer.

Mas de que servem os fatos? Nos estados republicanos dos EUA, os legisladores têm aprovado leis que tornam impossível gerir clínicas de aborto, ao mesmo tempo em que negam educação sexual efetiva às crianças. No Texas, graças a novas normas restritivas, mais da metade das clínicas fecharam desde 2013. Mas as mulheres ainda são obrigadas a visitá-las três vezes, antes de receber tratamento: em alguns casos, isso significa viajar mais de 1.500 quilômetros. Não por coincidência, 7% daquelas que buscam ajuda médica já tentaram suas próprias soluções.

A única razão pela qual isso não causou uma epidemia de trauma abdominal é a disponibilidade ampla de drogas abortivas (embora com venda não autorizada) tais como misoprostol [no Brasil, Cytotec] e mifepristone. Elas são inseguras quando usadas sem indicação profissional, mas não tão arriscadas como objetos perfurantes e soluções químicas domésticas.

Em junho, a Suprema Corte dos EUA irá julgar a constitucionalidade do ultimo atentado do Texas contra a interrupção legal da gravidez, a norma conhecida como HB2. Se o estado do Texas vencer, isso significa, de fato, o fim da decisão Roe versus Wade, que julgou o aborto um direito fundamental nos Estados Unidos.

Na Irlanda do Norte, a nova primeira ministra, Arlene Foster, que acaba de assumir, assegurou que a lei sobre aborto, de 1967, que incide sobre o resto do Reino Unido, não se aplicará a seu país. As mulheres, lá, continuarão a comprar drogas (e correr o risco de tê-las confiscadas) ou viajar para a Inglaterra, ao custo de despesa e trauma. Esqueça a sentença de um juiz da Suprema Corte: “não há evidência diante desta corte de que a lei na Irlanda do Norte tenha resultado em qualquer redução do número de abortos”. Aquece o coração ver fundamentalistas protestantes e católicos pondo de lado as diferenças para garantir que os corpos das mulheres permaneçam como propriedade do Estado.

Como eles, considero a vida preciosa. Como eles, quero ver a redução do número de abortos. 
De modo que clamo aos estados para fazer o oposto do que prescrevem. Se você deseja menos abortos induzidos, deve apoiar uma educação que encoraje as crianças a falar sobre sexo sem embaraço ou segredo; contracepção livremente disponível para todos; e acabar com o estigma em torno de sexo e gravidez fora do casamento.

Os religiosos conservadores que se opõem a essas medidas têm sangue nas mãos. São responsáveis pelas altas taxas de aborto. São responsáveis por lesões e morte de mulheres. E suas faces nem coram ao falar da santidade da vida.