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(FOTO | Reprodução). |
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(FOTO | Reprodução). |
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(FOTO | Clarice Castro - Ascom/MDHC). |
Dois
dos ministros recém-empossados do governo Lula, Margareth Menezes (Cultura) e
Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania) já começaram a articular ações
conjuntas, em especial na área da memória. Os titulares das pastas defendem a
criação de memoriais da democracia e dos direitos humanos. Nesse sentido, a
ideia ganhou força após os ataques do último domingo (8) em Brasília.
“Nós entendemos que a relação entre
direitos humanos e cultura não pode deixar de ser feita, principalmente neste
momento do país”, afirmou Almeida. Segundo ele, após reunião
com a colega da Cultura, ficou decidido criar um grupo de trabalho
interministerial (GTI) para discutir detalhes das próximas ações.
“A cultura tem um papel importante para
sensibilizar e fazer com que as pessoas reconheçam sua humanidade”, afirmou
Margareth. “O grupo que estamos criando
tem justamente este viés: mostrar que os direitos humanos são uma conquista do
cidadão brasileiro e, como tal, deve ser preservada”, acrescentou.
Nesta
semana, a ministra percorreu o Palácio do Planalto ao lado da primeira-dama,
Janja da Silva, para ver os estragos causados pelos terroristas. O Supremo
Tribunal Federal (STF) também começou a realizar trabalhos de recuperação, após
a conclusão da perícia policial. Na sexta (13), recebeu de volta, do ministro
Flávio Dino, cópia da Constituição que havia sido roubada durante o ataque à
sede da Corte.
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Com informações da RBA.
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(FOTO | Divulgação). |
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , anunciou Silvio Almeida como titular do Ministério dos Direitos Humanos.
Almeida é professor, filósofo e advogado. Ele fez parte do grupo técnico de direitos humanos durante a transição de governo e é considerado um dos maiores especialistas em questão racial no país.
Como integrante do colegiado, ele foi um dos que recomendaram a Lula a revogação de indicações feitas pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para as comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos.
A Comissão de Anistia foi criada em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) , com o objetivo de oferecer reparação a vítimas ou familiares de vítimas de perseguição durante a ditadura militar (1964-1985).
Já a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos foi instituída em 1995, também na gestão FHC. O objetivo do grupo é reconhecer desaparecidos por atividades políticas entre 1961 e 1979, período que engloba parte da ditadura militar até o ano em que foi promulgada a Lei da Anistia.
Durante a transição, o agora futuro ministro defendeu ainda a criação de mecanismos estatais de proteção à vida das pessoas e o diálogo constante com organismos internacionais ligados ao tema.
Para 2023, Almeida deve contar com um reforço de R$ 250 milhões no Orçamento da pasta, espaço aberto com a aprovação da PEC da Transição.
Perfil
Silvio Luiz de Almeida, 46, nasceu em São Paulo. É bacharel em Direito pelo Mackenzie, doutor pela Universidade de São Paulo (USP), onde concluiu o pós-doutoramento. O novo ministro também é graduado em Filosofia pela USP.
Almeida é pesquisador do programa de pós-doutorado da Faculdade de Economia da USP, professor de graduação e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico da Faculdade de Direito do Mackenzie.
Além disso, é presidente do Instituto Luiz Gama, uma associação civil sem fins lucrativos formada por acadêmicos, juristas e militantes de movimentos sociais que atua na defesa das causas populares, com ênfase nas questões sobre negros, minorias e direitos humanos.
Ele também leciona na Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP) e na Escola de Direito de São Paulo da FGV. O ministro foi ainda professor visitante da Universidade de Columbia (EUA) e da Universidade de Duke (EUA).
Almeida é autor de uma série de livros e publicações, como "Racismo estrutural" (2019) e "O direito no jovem Lukács: A filosofia do direito em 'história e consciência de classe'" (2006).
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Com informações do G1.