Em
suas primeiras palavras como ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro pediu
a união de todos os setores da sociedade para o Brasil poder avançar no setor.
“Não só aos trabalhadores na educação, no
MEC e fora dele, aos dois milhões de professores, mas também aos 50 milhões de
alunos, a seus pais e familiares, aos cidadãos em geral, que deem o melhor de
si pela educação”, afirmou, na solenidade de transmissão de cargo,
realizada no Ministério da Educação, na tarde desta segunda-feira, 6. “Eduquem-se cada vez mais, nunca parem de
aprender. Eduquem os outros, eduquem a sociedade.”

Empolgado
com a nova missão de liderar a educação no país, o ministro classificou o setor
como instrumento decisivo para a justiça social e para uma cultura de paz. “Queremos que o Brasil seja um país de todos,
sem qualquer discriminação, com absoluta igualdade de oportunidades”,
destacou. “Não poderemos, evidentemente,
promover mudanças sem uma constante valorização do professor, em todos os
níveis de ensino.”
Para
Ribeiro, a inclusão social, por meio do programa Bolsa-Família e do aumento
real do salário mínimo, atendeu a uma necessidade urgente das pessoas que
viviam na miséria e na pobreza. Porém, a educação possibilita que essa inclusão
seja sustentável e definitiva. “A
educação se torna hoje o principal instrumento para ampliar e consolidar os
avanços sociais, que desde 2003 o povo brasileiro colocou no primeiro lugar de
nossa agenda política”, lembrou.
No
meio do discurso, o ministro apresentou um vídeo do literato Antonio Candido,
professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), como uma homenagem a
todos os mestres do Brasil. “Os melhores
professores são os que nos transmitem o valor da criação e da transmissão do
saber e, por que não dizer, também da sabedoria”, disse.
Autonomia
Mais
tarde, já em entrevista coletiva, o ministro afirmou que o apoio da União aos
estados e municípios não será apenas financeiro. “Não é só com dinheiro que se faz educação” salientou. “Temos um conhecimento extremamente vasto que
a União, até pela questão da escala, tem condições de sugerir modelos de
seleção. Seria uma forma de contribuir sem ferir a autonomia de cada ente
federado. Podemos também colocar dinheiro junto, mas o essencial é o
conhecimento.”
Momentos
antes do discurso de Janine Ribeiro, o secretário-executivo do Ministério da
Educação, que acumulava o cargo de ministro interino, Luiz Cláudio Costa,
reiterou a importância da escolha do nome de um professor. “Seu compromisso com a educação nos dá muita
segurança de que teremos tempos de deságio, mas que nos permite delinear o
futuro com tranquilidade”, afirmou.