Ministra da Agricultura acusa imprensa de crime de lesa-pátria no caso Amazônia


Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chamou, nesta segunda-feira (26), de “histeria” a divulgação do aumento de queimadas e desmatamento na Amazônia e culpou a imprensa brasileira pela repercussão mundial. Segundo ela, os jornalistas estão cometendo “crime de lesa-pátria” ao culpabilizar a política ambiental complacente do governo Bolsonaro com a devastação da Floresta Amazônica e crê que boicotes internacionais são possíveis.

Eu não posso descartar, não sou eu quem faz o boicote. Podem ser eles. Mas não existe nenhuma relação entre um problema na Amazônia, que acontece todos os anos, com o exagero que foi colocado nesse problema. Ele existe e o Brasil sabe disso, tem preocupação com as queimadas que acontecem todos os anos. Mas é um oportunismo dizer que tem relação com os produtos brasileiros”, declarou a ministra, uma das lideranças da Bancada Ruralista, em evento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

Ela criticou os países que condenaram o governo Bolsonaro, retiraram recursos e prometeram boicote. Segundo ela, o presidente francês, Emmanuel Macron, é um “oportunista”. “Os recursos que são enviados para o Brasil nem sempre dão para o que é necessário, que acho que é a fiscalização. Se querem preservar a Amazônia, coloquem mais dinheiro aqui para ajudar nessa preservação, mas não pode interferir na soberania do nosso país”, declarou.

Cristina ainda disse que é “muito difícil” ter o controle do que acontece na Amazônia. “Que país não tem problema no meio ambiente? Mas o Brasil, com essa Amazônia gigantesca, como se nós pudéssemos ter o controle absoluto. O Brasil olha sim, controla sim. Mas é muito difícil”, disse.

A ministra considera também que os dados precisam ser vistos com cautela. “Pegar um único mês e não fazer uma média é um exagero. Se você olhar na média de um ano, dá menos do que 15%. Ninguém está dizendo que isso é bom ou que o governo brasileiro tem complacência com as queimadas, mas este dado tem que ser comparado com anos anteriores e com a média”, ponderou.
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Com informações da Revista Fórum.

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