Josyanne Gomes disponibiliza dissertação de mestrado "Acordos e colisões: família, sexualidade e lesbianidade". (FOTO/Reprodução/Facebook). |
Texto | Nicolau Neto
O
dia 29 de agosto foi instituído como o dia nacional da visibilidade lésbica e faz
referência à realização do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale)
realizado no Rio de Janeiro, em 1996, para tratar de temas relacionados à
violação de direitos das mulheres em razão da sua orientação sexual.
Aproveitando
a data a antropóloga altaneirense Josyanne Gomes divulgou e disponibilizou sua
dissertação de mestrado junto a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Hoje, 29 de agosto é dia da visibilidade
lésbica. Para quem não sabe a lesbianidade é uma orientação sexual,
independentemente da aceitação ou não da sociedade. Na minha pesquisa de
monografia e de mestrado eu discuti sobre essa temática, e tenho orgulho de
estar sempre aprendendo cada dia mais”, disse Josyanne em suas redes
sociais.
A dissertação
“Acordos e colisões: família, sexualidade e lesbianidade” versa sobre as
experiências e situações vivenciadas por mulheres que se autodenominam como
lésbicas, no estado do Rio Grande do Norte e teve o objetivo de compreender
como a (homo) sexualidade feminina, passa por um jogo entre ocultar e revelar
suas identidades lésbicas de acordo com a dinâmica que estão envolvidas. Desse
modo, suas biografias são construídas e organizadas em confluência com os
espaços de (homo) sociabilidades, pelos quais essas mulheres transitam cotidianamente.
Na
pesquisa o conceito de aceitação foi amplamente explorado para tentar analisar
e entender um estilo de vida diferente daquele adotado por outros membros do
núcleo familiar. Importante também foi compreender os processos de coming out,
como situações cotidianas e não eventos programados para acontecer. “A literatura Sociológica sobre segredo nos
ajudou a compreender os silêncios e tensões que perpassam a lesbianidade das
mulheres dessa pesquisa. Diferente do que se possa imaginar esse segredo nem sempre
figurou como um pânico moral, mas antes, susceptível de agenciamento e novas
interpretações”, destaca ela.
“Vamos
celebrar a diversidade e enaltecer o amor em suas múltiplas formas. Viva os
movimentos sociais e as lutas diárias. Vamos que vamos”, escreveu Josyanne.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!