Future-se coloca as universidades públicas do país sob domínio do capital privado, diz Ana Karolyne


Ana Karolyne durante ato em Juazeiro nesta sexta, 13.
(FOTO/Vitor Gabriel).

Texto | Nicolau Neto

Na manhã desta sexta-feira, 13, o país parou para protestar contra o desmonte da educação pública e em favor da manutenção dos direitos sociais e individuais adquiridos a duras penas, tendo como pano de fundo a famigerada reforma da previdência já aprovada nos dois turnos na Câmara Federal.

No cariri cearense, o polo foi Juazeiro do Norte que reuniu professores, estudante e movimentos sociais. No ato, os manifestantes também pediram o impeachment de Bolsonaro (PSL), conforme noticiado aqui.

O Blog Negro Nicolau entrou em contato com dois jovens de Nova Olinda que estiveram presentes na manifestação para saber o que representa essas mobilizações frente aos constantes ataques do governo federal, principalmente na área da educação. O estudante de Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri (URCA) e ativista do Coletivo Juntos, Alan Cordeiro, foi o primeiro a responder. Clique aqui e confira sua resposta.

Para a estudante de Jornalismo pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), Ana Kalonyne, “ter ido ás ruas nesse 13 de agosto significou está fortalecendo mais uma das muitas e grandiosas movimentações que vem tomando o país desde a entrada do novo governo”. Segunda ela, “estar ao lado de quem verdadeiramente se coloca insatisfeito com os caminhos pelos os quais as diferentes áreas de nossa sociedade estão sendo empurrada, é se comprometer seriamente com um novo projeto de sociedade, onde a educação, agora sob ataque do governo, não seja tratada com descaso”.

Korolyne também para falou sobre o “Future-se”, nova ação do Ministério da Educação sob a tutela do governo federal. Para a universitária, o future-se põe em risco a autonomia das universidades, além de expô-las ao capital, sendo uma forma de privatizar a educação.

Ontem, a educação pública esteve como umas das pautas centrais, tendo em vista os últimos ataques que o atual ministro de educação tem feito à educação brasileira, especialmente às universidades federais do país, ao apresentar rapidamente o Future-se, um projeto que em sua mínima atuação coloca as universidades públicas do país sob domínio do capital privado e perda de sua autonomia, além de sobretudo ser parte do conjunto dos planos de privatização e fim da educação pública brasileira”, destacou.

Karolyne também lembrou os ataques a classe trabalhadora e aos povos indígenas. “Não deixando de lado os também recentes e profundos ataques dirigidos à classe trabalhadora e aos povos indígenas, reivindicações também partiram dessas pautas. Todo esse calendário de atividades pretende demonstrar nossa não adequação aos mandos e desmandos do atual governo e por isso não vamos permitir nenhum retrocesso”, pontuou. 

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